Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Agapan Luta Pela Preservação do Capim e da Erva Daninha


Leio no Diario Gauche de hoje:

Agapan faz campanha pela preservação da orla do Guaíba
A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural reforça a campanha pela preservação da orla do lago Guaíba, em Porto Alegre. A entidade está divulgando uma lista de e-mails dos vereadores que subscrevem o projeto Pontal do Estaleiro (ver abaixo), em Porto Alegre para que as pessoas se manifestem e enviem seus repúdio à aprovação do projeto por correio eletrônico. A informação é da
Agência Chasque.
O acesso público à orla do Guaíba estará comprometido com a aprovação do projeto, que está tramitando na Câmara de Vereadores, e conta com o apoio de todos os aliados do prefeito José Fogaça (PMDB) e outros, inclusive um vereador petista.


Há de fato, uma grande excitação na cidade motivada por esse projeto de apropriação privada da orla do lago Guaíba. Não tem semana que o jornal ZH - porta-voz dos interesses dos especuladores do solo urbano - não estampe duas ou três matérias sobre a orla, seja sobre essa área do antigo estaleiro Só (denominado Ponta do Melo), seja sobre um certo projeto estadual na área do cais da Mauá (da Rodoviária à usina do Gasômetro).
A ordem surda e expressa é a apropriação privada de tudo isso e a posterior edificação de enormes torres que irão seqüestrar não só a Natureza do lago, quanto o regime de ventos, o ar, o espaço público e a própria estética urbana destes locais. A contrapartida ficaria por conta de alguns bares e genéricos espaços de cultura, sem nenhuma garantia da efetiva participação pública nestes empreendimentos.
Fica ainda uma interrogação: esses projetos todos não deveriam estar subordinados às regras e imposições acordados e ajustados em um consistente e participativo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano?
A resposta objetiva é sim. Mas o PIG local e seus vereadores de ocasião querem precisamente passar por cima do PDDU (que tramita há meses na Câmara e atualmente está engavetado) e fazer de cada caso um caso. Ou seja, Porto Alegre, com 1,4 milhão de habitantes, não tem um Plano Diretor que defina as grandes diretrizes presentes e futuras da cidade.
Seria o caso de verificar as possíveis infrações que a municipalidade está cometendo contra o Estatuto das Cidades, faltas essas passíveis de responsabilizações penais e mesmo perda de regalias e vantagens advindas da área federal.
Afinal, o PDDU é apenas objeto de decoração na mesa do alcaide da vez?


Meu comentário:


Quem diz que está havendo privatização do espaço público diz por má fé ou por desinformação. Não ocorre nenhuma privatização de espaço público, porque o local, o terreno onde vão ser construídos os edifícios é privado e a orla é pública. O projeto prevè o acesso da população a orla, por calçadão ou por avenida a ser construída. E a AGAPAN vem com essa pérola: convida a população a debater o projeto, mas repudia o projeto. Talvez sejam os mesmos que tiveram a má fé de impedir a construção da av.Beira Rio, no governo Collares. Eu não quero que esse projeto seja analisado por minorias participativas. Não acredito em minorias participativas. Acho que o projeto é bom, é justo, vai melhorar a qualidade de vida da cidade, vai incorporar aquele local onde hoje existe capim alto e erva daninha ao contexto do novo shopping e do museu Ibere.
Além do mais, toda a obra pública e privada será custeada pelos empreendedores. Não existe argumento razoável, a não ser a burrice e a cegueira ideológica para ir contra a esse projeto.

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