Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O Caixa 2 da Democracia Socialista


A DS, a Democracia Socialista, grupo mais à esquerda do PT se vê numa situação curiosa. Existe uma ação judicial de um ex assessor do partido contra o PT, Raul Pont e Elvino Bohn Gass.


Dados do processo:

16ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de Porto AlegreNota de Expediente Nº 2604/2008 001/1.08.0196557-1 - Paulo Roberto Salazar da Silveira (pp. Celsom Costa Junior) X Partido dos Trabalhadores, Elvino Bohn Gass e Raul Jorge Anglada Pont (sem representação nos autos).


Paulo Roberto Salazar da Silveira deu uma entrevista a Revista Veja desta semana, mas ele contesta dois pontos dessa entrevista:: os valores não são os mesmos e ele não carregava malas de dinheiro. Ah, então tá.


Matéria da ZH On Line:


O ex-assessor do PT Paulo Roberto Salazar da Silveira negou hoje ter dito tudo o que foi publicado na última edição da revista Veja.


Segundo a reportagem, Salazar teria sido funcionário-fantasma dos deputados Bohn Gass e Raul Pont entre 1998 e 2005, período durante o qual sacava seu salário e o repassava ao partido. Ao mesmo tempo, Salazar trabalharia na Associação em Tempo, onde administraria o suposto caixa 2 destinado a financiar candidaturas da Democracia Socialista (DS).


Houve alteração da entrevista que eu dei. Tanto em relação a valores, quanto sobre o fato de que eu andava com malas de dinheiro — disse.




Salazar informou que se reunirá com seu advogado nesta manhã e, à tarde, enviará e-mail à imprensa detalhando o que teria sido modificado na matéria da Veja. O ex-militante também afirmou que pedirá reparação à revista.


Entenda as suspeitas
As denúncias feitas por Paulo Salazar conforme reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja:

Funcionário-fantasma – Segundo a reportagem, Paulo Salazar afirma ter sido funcionário-fantasma na Assembléia nos gabinetes de Elvino Bohn Gass e Raul Pont. Salazar diz que sacava o salário de R$ 4 mil e o devolvia ao partido.
Provas da suposta irregularidade: Salazar, segundo Veja, diz ter extratos bancários que comprovam os saques.

Caixa 2 – Salazar declara ter recolhido dinheiro não-declarado de empresas, sindicatos e escritórios de advocacia na eleição de 2000, num total de R$ 250 mil.
Provas da suposta irregularidade: a reportagem não informa.


Financiamento estatal – Segundo a reportagem, Salazar afirma que em 2002, no governo Olívio Dutra, a Secretaria do Trabalho teria alugado 10 carros e 40 celulares para uso em campanhas.
Provas da suposta irregularidade: não são mencionadas na reportagem.

Revenda de selos – Salazar afirma que o então vereador Carlos Pestana (PT) teria lhe cedido a cota de selos a que tinha direito na época. Salazar teria revendido os selos a um agência franqueada dos Correios por metade do valor.

Provas da suposta irregularidade: O ex-assessor diz ter extratos bancários comprovando que R$ 400 mil passaram por suas mãos naquela campanha.


Notas fiscais frias – Salazar disse à Veja que uma de suas incumbências era conseguir notas para as empresas que teriam contribuído com o suposto caixa 2.
Provas da suposta irregularidade: a reportagem não informa.


Quem investigará as denúncias?
O subprocurador-geral do Ministério Público Estadual, Eduardo de Lima Veiga, deverá se inteirar das denúncias e analisá-las para determinar se há consistência ou não para abertura de investigação.

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