Um cartaz do candidato democrata à presidência americana, senador Barack Obama, é colocado em uma festa que comemorou a independência mexicana, em Denver, no Colorado. O partido mira os votos dos latinos para vencer as eleições .
Hillary Clinton descreveu muitos de seus principais eleitores como "americanos que trabalham arduamente, americanos brancos". A declaração parecia alegar -sem fazê-lo diretamente- uma vantagem sobre Obama, e uma vantagem devida à raça. Mas precisamos saber mais. Podemos compreender que o fato de alguém ser um agricultor, um operador de mercado financeiro ou um colecionador de armas influencie seu voto. E podemos entender os motivos para que os americanos negros desejem ver uma pessoa de sua raça na Casa Branca. Mas o que exatamente faria com que um eleitor, por ser branco, se inclinasse por um candidato em vez de outro? Hillary Clinton deu a entender que essa identidade era saliente para alguns eleitores e que ela poderia atrai-los. Pesquisas demonstram que entre 15% e 20% dos eleitores brancos na Pensilvânia, em Ohio e na Virgínia Ocidental afirmam que "raça" é um dos fatores que definem seu voto, e ficamos sem saber qual é a importância desse fato e que proporção dos eleitores teria dito a mesma coisa se todos fossem igualmente francos. As pessoas se sentem incomodadas ao falar sobre raça, mas persiste o sentimento de que essa parte da herança de Obama possa virar a eleição contra ele em 4 de novembro.
Hillary Clinton descreveu muitos de seus principais eleitores como "americanos que trabalham arduamente, americanos brancos". A declaração parecia alegar -sem fazê-lo diretamente- uma vantagem sobre Obama, e uma vantagem devida à raça. Mas precisamos saber mais. Podemos compreender que o fato de alguém ser um agricultor, um operador de mercado financeiro ou um colecionador de armas influencie seu voto. E podemos entender os motivos para que os americanos negros desejem ver uma pessoa de sua raça na Casa Branca. Mas o que exatamente faria com que um eleitor, por ser branco, se inclinasse por um candidato em vez de outro? Hillary Clinton deu a entender que essa identidade era saliente para alguns eleitores e que ela poderia atrai-los. Pesquisas demonstram que entre 15% e 20% dos eleitores brancos na Pensilvânia, em Ohio e na Virgínia Ocidental afirmam que "raça" é um dos fatores que definem seu voto, e ficamos sem saber qual é a importância desse fato e que proporção dos eleitores teria dito a mesma coisa se todos fossem igualmente francos. As pessoas se sentem incomodadas ao falar sobre raça, mas persiste o sentimento de que essa parte da herança de Obama possa virar a eleição contra ele em 4 de novembro.
Barack Obama só poderá se tornar presidente caso inspire um comparecimento de eleitores às urnas em número superior ao dos votos que ele não obterá. Isso bem pode significar que um número maior de americanos negros terá de ir às urnas do que em qualquer eleição do passado, no mínimo porque o eleitorado é predominantemente branco e não se sabe para onde irá o voto branco. Os obstáculos ao voto negro sempre foram formidáveis, mas neste ano haverá barreiras que campanhas anteriores não enfrentaram. Já há muito tempo, o ímpeto político vinha sendo na direção do voto universal. As qualificações patrimoniais foram abolidas; o imposto a ser pago pelos eleitores foi eliminado; a idade do voto foi reduzida a 18 anos. Mas agora há forças significativas em ação para reduzir o eleitorado, ostensivamente a fim de combater fraudes e remover do registro eleitoral votantes desqualificados por algum motivo. Mas o efeito real dessas medidas é que dificultam o voto para muitos negros, em larga medida porque eles são mais vulneráveis a essa forma de barreira do que outras partes da população.
NA FOLHA ONLINEwww.folha.com.br/082562 leia a íntegra deste artigo
ANDREW HACKER é cientista político, professor emérito do Queens College (Nova York) e autor de "Two Nations: Black and White, Separate, Hostile, Unequal" (Duas nações: branca e negra, separadas, hostis, desiguais)"NEW YORK REVIEW OF BOOKS" EM MAIO
ANDREW HACKER é cientista político, professor emérito do Queens College (Nova York) e autor de "Two Nations: Black and White, Separate, Hostile, Unequal" (Duas nações: branca e negra, separadas, hostis, desiguais)"NEW YORK REVIEW OF BOOKS" EM MAIO
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