Governos de todo o mundo promoveram empresários amigos. Desde o de George W. Bush até alguns europeus, e desde o de Hugo Chávez com seus "boliburgueses" até o dos Kirchner com os chamados empresários "K". Na Argentina da década passada, com o governo de Carlos Menem e suas privatizações, consolidaram-se empresários argentinos, assim como grupos espanhóis, italianos e franceses. Nestes últimos seis anos, com os governos dos Kirchner e as contratações públicas, cresceu o que eles chamaram de "burguesia nacional".
"Há empresários pequenos ou gente que não era empresária, como o ex-motorista de Néstor Kirchner, Rudy Ulloa Ígor, que a partir de relações com o ex-presidente passaram à altura de grandes empresários", relata o deputado Fernández Sánchez, da Coalizão Cívica (CC, integrante do Acordo Cívico e Social, a segunda força política, atrás do peronismo). "Há outras empresas médias, como a Electroingeniería, que passou a ser a construtora mais importante de infraestrutura energética da Argentina e comprou a Radio del Plata e a Transener (a maior transportadora elétrica)", diz o legislador da CC, força que denunciou na Justiça cinco empresários "K" por suposta associação ilícita com Kirchner e sua sucessora, Cristina Fernández de Kirchner. O governo argentino não respondeu às perguntas do "El País" a respeito.
Os cinco denunciados são Ulloa, Lázaro Báez, Cristóbal López, Gerardo Ferreyra (Electroingeniería) e Juan Carlos Relats. Segundo a denúncia de Elisa Carrió e outros 11 dirigentes da CC, Ulloa começou como estagiário do escritório de advogados de Kirchner, foi arrecadador da campanha eleitoral presidencial em 2003 e agora possui meios de comunicação em Santa Cruz que recebem um "importante" volume de publicidade governamental. Em uma entrevista ao jornal "Clarín", Ulloa esclareceu que não é "milionário".
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