Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 29 de setembro de 2009

Conta Outra, Amorim




"O retorno do presidente Zelaya a Honduras antes de um acordo foi irresponsável e tolo". "Os que facilitaram sua volta nas atuais condições têm responsabilidade especial de prevenir a violência e zelar pelo bem-estar do povo hondurenho"
Nota divulgada ontem pela OEA

Irresponsável e Tolo

Foi tenso o diálogo entre EUA e Brasil na reunião extraordinária da OEA, em Washington, convocada para discutir a crise em Honduras. Não houve consenso na hora da elaboração do texto da reunião, sobretudo em relação ao presidente deposto Manuel Zelaya e, portanto, foi divulgado apenas um documento assinado pelo presidente do Conselho, Pedro Oyarce, e pelo secretário-geral, José Miguel Insulza que diz exatametne aquilo que está ali em cima. E mais ainda o que segue:

"Em várias ocasiões, pedimos ao presidente Zelaya que não voltasse a Honduras antes de que um acordo político fosse atingido", disse Amselem. "Estávamos preocupados precisamente com os distúrbios que estão acontecendo agora. Tendo escolhido, com ajuda externa, retornar em seus próprios termos, ele e aqueles que facilitaram seu retorno são particularmente responsáveis pelas ações de seus seguidores."

Além de tudo isso, há suspeita nos meios diplomáticos de que o Brasil sabia de antemão dos planos do deposto. (As informações são da Folha).

Hoje o Ministro Celso Amorim desementiu que soubesse dessa estratégia de Zelaya voltar a Honduras. Ele disse que ficou sabendo do pedido de Zelaya meia hora antes dele chegar à embaixada brasileira, conforme informações do terra.

Ora, tudo isso não fecha. Primeiro, Chávez é o pivô do golpe. Zelaya foi deposto por causa de sua aproximação com Chávez. Ficaria muito estranho ele pedir pouso na embaixada venezuleana, boliviana ou equatorenha. O plano estratégico idealizado por Chávez, Zelaya e Amorim (será que Lula continua não sabendo de nada?) foi no sentido de que a melhor estratégia é se abrigar num país "mais neutro" como o Brasil. Além disso, ninguém entra clandestino em um país sem saber o destino, onde ficar, sem ter um "porto seguro".

Zelaya tomou um avião emprestado por Chávez e na fronteira ingressou num automóvel e fez uma grande aventura até chegar onde ele queria chegar: a embaixada brasileira em Tegucigalpa. E agora vem o Amorim dizer que ficou sabendo da pretensão de Zelaya meia hora antes dele chegar na embaixada! Sinto muito, Amorim, mas essa alegação não fecha!

É claro, é evidente, é cristalino que o Amorim e o Lula sabiam muito bem dos planos idealizados por Chávez e Zelaya. O governo brasileiro é co-partícipe desse plano. É questão de lógica. O Brasil não foi escolhido na sorte, foi escolhido porque é um país menos agressivo diplomaticamente do que a Venezuela. E agora está colhendo os frutos de ser um títere de um bufão chamado Hugo.

4 comentários:

Carlos Arruda disse...

E o que dizer da "liberdade de expressão" agora. Quando o Chaves fechou uma emissora de televisão que tentou derrubar um governo eleito democraticamente foi duramente criticado. Por que ninguém clama pela tão propalada "liberdade de expressão" agora que o governo golpista está fechando rádios?

charlie disse...

Mentiroso. Mas, bom, onde está a surpresa?

Arruda, não creio que o Maia tenha apoiado ou apoie o fechamento das emissoras. Eu certamente não apoio. Medida extremamente estúpida.

E aí?

Anônimo disse...

Peço ao amigo a abertura de espaço e a possibilidade de propagandear meu novo conjunto de enquetes versando sobre Honduras, cujas perguntas são:

A deposição de Zelaya foi um golpe de estado?

O governo petista apoiou a entrada de Zelaya em Honduras?

Você concorda com o homizio (esconderijo) de Zelaya na embaixada brasileira em Tegucicalpa?

Lula da Silva merece o impeachment por seu comprometimento com a causa de Zelaya?

Por todas as ações já tornadas a efeito no foro de São Paulo, quem você acha que é o chefão?

Passem lá e votem, mas votem logo antes que minha embaixada seja invadida... grande abraço

http://novoblogdoclausewitz.blogspot.com

Carlos Eduardo da Maia disse...

Concordo Carlos Arruda. TEmos sim que denunciar a falta de liberdade de expressão em Honduras. Este Blog nunca foi a favor do Golpe. Aliás, palavra que deveria ser extinta na América Latina. Mas a questão é que Zelaya também não é santo e ele também não era tão popular assim. E o que fazer quando parte significativa da população é a favor do golpe?