Acordo? Que Acordo?

Lula comemora com Ahmadinejad acordo entre Irã, Turquia e Brasil.

É muito cedo para comemorar esse "acordo" celebrado com a intermediação do nosso pop presidente entre Irã e Turquia.

Evidentemente -- e não poderia se esperar outra conduta -- que o Sr. Luiz Inácio - de olho na eleição - tenta capitalizar o assunto, ainda mais porque Dilma, dizem, passou Serra na última pesquisa do Vox Populi.

Mas esse "acordo" é meio estranho, porque envolve apenas dois países que vão trocar urânio enriquecido, com a supervisão apenas de inspetores do Irã e da Turquia.

O acordo prevê que o Irã envie à Turquia 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento (3,5%). Em troca, receberá o material enriquecido a 20% para ser usado em pesquisas médicas em Teerã, depois de até um ano. Nesse período, haverá supervisão de inspetores turcos e iranianos, segundo o UOL.

Como disse o ministro das relações exteriores da França:

"O acordo alcançado entre Irã, Brasil e Turquia não soluciona o problema de fundo do programa nuclear iraniano e o fato de que Irã segue enriquecendo urânio."

E a Agência da ONU - AIEA- responsável pelo controle e fiscalização de energia atômica  fica de fora do acordo.Christoph Steegman, porta-voz adjunto do governo alemão disse:
"Segue sendo importante que o Irã e a AIEA cheguem a um acordo. Isso não pode ser trocado por um acordo com outros países."

Herman Van Rompuy, presidente permanente da UE disse: 
O Irã deve responder à AIEA. O principal problema não é carregar de combustível o reator experimental de Teerã, mas o programa nuclerar em si mesmo. A AIEA apresentou propostas razoáveis sobre o combustível para o reator mas o Irã não tem respondido posivivamente.