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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Ladainha Bolivariana"


Sou assinante da Folha, porque gosto da linha editorial do Jornal.

A Folha assume implicitamente de que lado está. E isso já basta.

O editorial de hoje vai direto no ponto. Chama-se "Ladainha Bolivariana" e critica esse discurso antiamericanista que a esquerda latino americana, anacronicamente, resolveu adotar.

Agora os líderes da nossa esquerda, dizem que o Lula entrou nessa, querem boicotear a cúpula de países da União Europeia e da América Latina em Madri, na Espanha, nos próximos dias 17 e 18 de maio.

Talvez Chávez não queira se encontrar com o rei da Espanha.

É o fim da picada. Mais um motivo para não se votar na candidatura oficial.

Editorial completo da Folha abaixo.



Ladainha bolivariana



Governo Lula recusa-se a reconhecer eleições de Honduras e aposta na Unasul, mais uma sigla de ocasião no continente


O PRESIDENTE de Honduras, Porfírio Lobo, chamou de "arrogantes e prepotentes" os dirigentes sul-americanos que ameaçam boicotar a cúpula de países da União Europeia e da América Latina em Madri, na Espanha, nos próximos dias 17 e 18. Referia-se, sobretudo, ao venezuelano Hugo Chávez, à argentina Cristina Kirchner e ao brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.


A restrição à participação de Honduras manifestou-se na semana passada, quando o presidente do Equador, Rafael Correa, na presidência rotativa da Unasul (a União das Nações Sul-Americanas), mencionou o "mal-estar majoritário" com o convite da Espanha a Honduras.


Como se sabe, instalara-se uma crise institucional em Honduras desde junho de 2009, quando o então presidente Manuel Zelaya foi expulso do país pelos militares, ao desamparo da lei, após tentativa de aprovar uma Constituinte por plebiscito, ato considerado ilegal pelo Congresso e pela Corte Suprema.


A partir de setembro, a embaixada brasileira em Tegucigalpa hospedou Zelaya por quatro meses. A ideia de forçar sua recondução ao cargo fracassou -e o Brasil chegou muito perto de romper o tradicional princípio da não ingerência em assuntos internos de outras nações.


O papel de mediador da crise acabou exercido pelos EUA, que costuraram o acordo para as eleições -a saída mais legítima e aceitável para o longo impasse.


Ao apegar-se a uma posição demasiado formalista contra o pleito e ao negar-se, ainda hoje, a reconhecer o governo eleito, o Brasil prolonga sua desastrada atuação no episódio. E reforça a ideia de que almeja se credenciar a qualquer preço como liderança alternativa à dos EUA na América Latina.


Quanto à Unasul, o governo brasileiro parece acreditar que deva rivalizar com a OEA (a Organização dos Estados Americanos), que tem nos EUA a principal liderança.


Criada há apenas dois anos, a entidade acaba de eleger o ex-presidente argentino Néstor Kirchner como seu primeiro secretário-geral. Em 2004, quando foi idealizada, Kirchner a boicotou com ironia, chamando-a de "criação do Brasil".


Até aqui a Unasul não passa de uma sigla de ocasião, mais um fórum para amplificar a ladainha bolivariana e antiamericanista a que se reduziu o discurso de esquerda no continente.



4 comentários:

charlie foxtrot disse...

Temo que a sra. Dilma sinta mais afinidade com os "viva la revolución" do que o Lula.

ZEPOVO disse...

A esquerda, qualquer uma, é antes de tudo insatisfeita com a organização do planeta.
Não acreditamos que uma vida melhor não possa existir num mundo que tudo tem e pode dar para todos; Basta dividir melhor!
Vamos combinar que a civilização que conhecemos até hoje é um desastre e visa basicamente excluir milhões para beneficiar poucos...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Discordo Zé, a quem interessa a pobreza?

Anônimo disse...

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