Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Impressionante Custo Brasil



Quanto custa um empregado?

Um empregado no Brasil custa ao seu empregador 156% do seu salário, sem contar o custo das férias anuais.

Em outras palavras, cada R$ 1,00 pago a um empregado custa ao empregador R$ 1,56 aproximadamente.

Cada R$ 1,00 pago pelo empregador ao empregado, se acresce R$ 0,32 para o INSS, R$ 0,13 para o FGTS, R$ 0,03 que represente 1/3 de férias e R$ 0,08, que representa o 13º salário.

Em outras palavras, grande parte desses valores pago pelo empregador em face do contrato de trabalho com o empregado vão para o governo, como é o caso do INSS e do FGTS - este último só reverte ao empregado em caso de demissão, mas ainda assim apenas uma parte e não integralmente.

No site http://www.bls.gov/ do departamento de trabalho do governo americano, pode-se verificar os percentuais pagos pelos empregadores e que vão diretamente para o bolso dos empregados nos seguintes países:

EUA -- 79,4%
México -- 89,3%
Itália -- 70,4%
Bélgica -- 70,9%
Tailândia -- 90,9%
Brasil -- 59,0%.

Isso significa que o empregado brasileiro recebe uma parcela menor -- e o empregador paga ao governo uma parcela maior -- do que outros trabalhadores nos países relacionados.

No mesmo site http://www.bls.gov/ há a indicaçaõ de quanto do custo total de um empregado corresponde aos impostos, benefícios obrigatórios e não obrigatórios:

EUA - 26,05%
México - 11,74%
Itália -- 41,03%
Bélgica  - 43,75%
Tailândia - 9,98%
Brasil - 69,84%

Resumo da ópera, o caráter protecionista e tutelar do direito do trabalho acaba por resultar em prejuízo significativo para o empregado. Não seria melhor o empregador dar ao empregado o dinheiro para este definir de forma livre as suas prioridades.? Esse dinheiro que vai para o governo, no fundo, no fundo não traz grandes benefícios ao empregado. Ou será que traz?

4 comentários:

charlie foxtrot disse...

Se é verdade que o risco Brasil está caindo, o custo só faz aumentar. Vejamos até onde ele o país consegue chegar antes de atolar e começar a afundar.

E como dizem, ninguém melhor do que você mesmo para determinar o que é melhor para você. Infelizmente viver sob um estado previdenciário é abdicar de importantes liberdades (e viver sob um estado previdenciário ineficiente e ineficaz é abdicar de liberdades e a um alto custo financeiro).

Terráqueo disse...

Conhecendo os empresários brasileiros duvido que eles repassassem esses reais pagos ao governo, e recolhidos para benefício dos empregados, aos trabalhadores. As leis trabalhistas tem mais é que serem mantidas. Aliás, em países como o Canadá os empregadores sequer podem demitir sem ser por justa causa. Na França e Suiça os trabalhadores não trabalham um minuto a mais do que a sua jornada. No Brasil sem as horas extras, seria trabalho escravo mesmo. Não é esse o problema do Brasil.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Charlie e terráqueo, acho que deveria haver mais flexibilização na relação trabalhista, até mesmo para acabar o emprego informal. E a melhor forma de fazer isso é diminuir os custos que incidem sobre o trabalho. Já se viu que esses custos, no Brasil, são bem superiores ao de outros países.

charlie foxtrot disse...

Terráqueo, é uma questão de objetivos: se a idéia é manter o número atual de empregados, e proteger esta parcela específica da população, que se mantenha a atual política trabalhista. Mas se o objetivo for diminuir o desemprego e diminuir o custo de um empreendimento no país, e com isso gerar riqueza então a lei trabalhista deve ser totalmente reformulada.

Tudo uma questão sobre quais objetivos a serem perseguidos. E sim, manter um empregado é caro, caro demais. Eu que o diga...