Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Os Simplórios da Agressão
Impressionante como certa esquerda brasileira não consegue se aprofundar além da superfície. O limite é a superficialidade. É ali que eles conseguem navegar. Se tiver algum argumento mais profundo que vá além do chavão ideológico, eles se atrapalham, não respondem e, então, agridem.
Vejam o caso de um post no Diário Gauche que dizia: Grécia Insurgente, o povo grego está reagindo. Isso até deu um post aqui no depósito : "Chamem o FHC para resolver o problema da Grécia", onde afirmo e agora reafirmo que essa crise grega tem a ver, sobretudo, com a irresponsabilidade fiscal. A Grécia recebeu dinheiro de outros, externos, aplicou mal os recursos, gastou muito mais do que deveria -- porque gerenciou com irresponsabilidade fiscal -- e agora enfrenta uma crise que pode levar à bancarrota. Fui duro, mas não acredito que isso vá acontecer no berço da cultura ocidental. Acho que a Grécia vai se salvar e tudo continuará como sempre está.
Pois escrevi mais ou menos o que disse acima num post do Diário Gauche e arrematei com a seguinte frase:
A Grécia deveria chamar o FHC para fazer lá uma lei de responsabilidade fiscal.
Vejam as respostas:
cazé disse...
O Brasil do teu amado FHC quebrou três vezes em oito anos, amorzinho!
Três vezes quebrado, baby!
Abu Jamal disse...
Meia, teu mundo tá vindo abaixo.
Chora fdp!!!!!!!
Leonel santos disse...
Esse tal maia é mesmo um grande cretino. Porque o teu queridinho fhc é rejeitado até pelos próprios correligionários? Pq ele não substitui o serra na disputa com a Dilma? Só mesmo os grandes imbecis ainda confiam no maior charlatão da história do Brasil.Um embuste que quase levou o Brasil para o abismo.Esses mesmos imbecis que não viram o capitalismo(de países como EUA,Alemanha,Inglaterra...) ser salvo pela vigorosa intervenção do estado na economia. E não só em 2008 mas principalmente na década de 1930 e no pos guerra qdo o sistema capitalista teve sua chamada época dourada justamente por rejeitar o desastroso liberalismo econômico.
Anôimo disse...
Gostei da idéia do Maia: vamos mandar o FHC pra lá! O Farol de Alexandria, que é sabidamente um intelectual de escol, inclusive ia se sentir bem por lá. Ele só ia lamentar ter chegado um pouco atrasado e não ter condições de conversar com os grandes filósofos. Ele ia se sentir tão bem que talvez até fizesse uns filhos pra reconhecer daqui a 18 anos!
Jordi disse...
O rapaz tem razão, a Grécia quebrou, como sempre disseram os neoliberais sobre tudo o que não funcionou (Rússia, a mais mal-educada), porque não fez o 'dever de casa', gazeou aula, fumou maconha no banheiro, olhava revistas pornográficas e ainda atrasou a mensalidade do colégio. A única solução é a palmatória.
Anônimo disse...
Batatas para o "Maia"... rsss
Nelson disse...
Isso, isso, isso! Como diria o Chávez. O Salvador da Pátria, a solução para a Grécia, seria o FHC.
Ao iniciar o Plano Real, em julho de 1994, com a economia do país já sob o comando de FHC, a dívida interna brasileira era de R$ 48 bilhões.
Durante o seu mandato, FHC privatizou – doou, seria o termo mais adequado –praticamente 70% do patrimônio pertencente ao povo brasileiro. Detalhe: o fez “democraticamente”, sem qualquer consulta para saber se o povo queria isso mesmo.
FHC arrecadou em torno de R$ 100 bilhões com a privatização, que teriam sido destinados à amortização da dívida.
Pois, oito anos e meio depois, ao passar a faixa presidencial a Lula, FHC repassava também uma dívida 14 vezes maior, de R$ 687 bilhões.
Como vemos, FHC foi um grande administrador. Um administrador fenomenal!
A Grécia estaria muito bem servida... se quisesse receber, de uma vez por todas, sua extrema unção.
Anônimo disse...
Maia, lança a Yeda de vice do Serra.
Cria coragem homi !!!
E vai pará Grécia depois.
Até que apareceu nosso bravo amigo Pablo Vilarnovo que lançou a seguinte mensagem em verde:
"O curioso é que a Grécia quebrou por ter seguido à risca o receituário neoliberal"
Nossa... quanto conhecimento econômico. Vamos ver se alguém consegue me mostrar algum estudo acadêmico, paper científico, alguma entrevista de algum economista liberal, ou do próprio FMI no qual eles advogam que: a) um país deve gastar mais do que arrecada; b) um país deve fraudar sua contabilidade para mostrar que está melhor fiscalmente do que está; c) um país deve "garantir" dezenas de "benefícios" a grupos específicos "notadamente funcionários públicos" sem ter como honrar; d) um país deve pedir empréstimos acima de sua capacidade de pagamento justamente para honrar esses "benefícios"; e) um país deve ter total descontrole de seus gastos.
Caso alguém aí consiga mostrar isso eu mudo minha opinião.
E dei meu pitaco final:
Interessante, lendo os comentários ao post, o que se vê são apenas agressões. Nenhum, a não ser o do Pablo Vilarnovo, foi capaz de dizer, alegar, provar e comprovar que a Grécia está onde está por seguiu o receituário neoliberal. Nenhum. É que quanto aos fatos concretos não existem argumentos, apenas agressões daqueles que adoram conviver com as simplorices ideológicas.
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6 comentários:
Maia, teu saco é titânico.
Que gente mal educada.
Diante da mesopotânica tarefa (como diria José Simão) de tentar levar luzes às trevas, acho que não estás tendo muito sucesso... é que as trevas não querem a luz!
Perai, Maia, só descobriste agora a existência de trolls na internet?
Uma dica - trolls não tem nada a ver com "certa esquerda brasileira" (que piada!). Estão por toda a parte. Nós é que somos exceções.
Dá uma chegada no blog do Reinaldo Azevedo - além de ele censurar os posts que são contraditórios, o nível lá é baixíssimo. Nada a ver com "certa esquerda brasileira".
Dia desses tava vendo uma notícia do Grêmio no site do Terra. Abaixo da notícia, comentários: além dos "gremistas FDP" e etcs., tinha uma criatura chamando a Dilma de terrorista... nos comentários de um resultado do jogo do Grêmio!
Gente mal educada na internet é a maioria. E "esquerda" ou "direita" não tem ligação nenhuma com "os simplórios da agressão".
Já fiz posts com o mesmo resultado... tem gente que não consegue olhar pouco adiante do nariz, é um dos aspctos ruins da democratização do acesso à internet: idiotas acham que podem ofender como quiserem!
Alfredo Zaiat destaca, no Página 12, como o humor pode colaborar para compreender a crise na Grécia e crises anteriores. Com ironia, o humorista gráfico espanhol, conhecido como El Roto, fez uma ilustração na qual um banqueiro diz: “A operação foi um sucesso: fizemos parecer uma crise o que não passou de um saque”. O desastre das receitas do FMI para a Argentina, que desembocaram na crise de 2001, lembra o articulista, parece já ter sido esquecido. O mesmo “remédio” é agora empurrado goela abaixo da população grega. “Recessão, destruição de empregos, protestos populares e mortes, aumento de impostos regressivos e redução de salários e aposentadorias, que conformam um quadro de profunda deterioração social são considerados danos menores”, diz Zaiat em um artigo intitulado “Bancos sin mitos”.
O próximo momento da crise grega se mostra tão previsível, observa ainda o analista argentino, que a resposta dos líderes mundiais e organismos multilaterais provoca uma certa incredulidade. Afinal, não é a primeira vez que as medidas de “arrocho fiscal” são recomendadas a um país em crise. Zaiat resume: “A débâcle argentina de 2001 é tão recente que parece que não aconteceu, para seguirmos nos persuadindo na insistência na receita do fracasso, com o FMI relegitimado pelas potências como auditor e polícia do ajuste. Embora substancial nas decisões, esse comportamento não se deve apenas a uma concepção ortodoxa de abordagem da questão econômica. O aspecto central é a hegemonia das finanças na fase atual do capitalismo global, que orienta o sentido das medidas do ajuste”.
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