O trânsito em Brasília está um caos. Em qualquer parte, em qualquer lugar existe congestionamento . E não é apenas um pequeno congestionamento. E haja paciência. Qual é o melhor caminho, doutor? Perguntou o taxista. É onde não se pega congestionamento, respondi de bate-pronto. Sinto muito, esse caminho não existe.
Como Brasília não tem um centro propriamente dito, para se passar o tempo geralmente se vai ao shopping. E quando cheguei na cidade fui para o Park Center onde tem uma loja da FNAC. A vantagem desse shopping é que fica perto do aeroporto, dez minutos de taxi. Mas o governo do Distrito Federal resolveu fazer uma obra exatamente na avenida, na via bem em frente ao shopping. O que antes durava dez minutos, agora leva uma hora. Disse o taxista que me conduzia que essa obra iniciou em novembro de 2007 e continua mais ou menos no mesmo estágio. Passei pelo local numa segunda-feira pelas onze da manhã e não consegui enxergar nenhum trabalhador, nenhum trator, trabalhando no local. Depois, no final da tarde, passei pelo mesmo local e também não consegui ver ninguém trabalhando no local. Se essa obra ocorresse num país socialmente desenvolvido, como os países europeus e EUA, as pessoas estariam trabalhando no local full time, o tempo inteiro, de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Mas como é no nosso Brasilsão, a bagunça é generalizada. E viva o politicamente correto.
Mas nem tudo é terrível. Duas boas novidades. A primeira é que a revista Piaui é genial. No meu vapt e vupt de ontem, onde fiquei cinco horas sentado numa cadeira de avião, me diverti muito lendo a revista Piaui. É muito bem escrita, extremamente original e ela toca, com muita ironia e senso de humor, nos contrastes brasileiros. Recomendo, o corredor que de tanto correr virou pobre. A opinião dos moradores da Rua Sérgio Fleury, numa cidade do interior paulista, sobre a homenagem que a cidade fez ao Delegado que chefiava a tortura na época da ditadura. Uma resposta é notável: se isso não vai prejudicar o fim do inventário dos bens deixados pela minha mãe, sou a favor. E também uma matéria muito boa e engraçada sobre o mercado imobiliário da nata da sociedade paulistana. A matéria nos ensina a diferença entre "lindinhos " e "privates".
A segunda boa notícia é o retorno da Varig. Pois é, voltei ontem de Varig, a nova Varig, a Varig da Gol. A Varig está surpreendente. O avião é um 737-800, da última geração, o atendimento é muiiiiito melhor que o da Gol e a nova Varig-Gol não serve barra de cereais, ela serve comidas típicas brasileiras. No jantar de ontem a companhia serviu carne de sol com purê de mandioquinha. Porção minúscula, vem numa caixinha e dá para comer de colher, mas melhor, muito melhor do que barra de cereais.
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