Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Será que o Frei Boff - que fez voto de Castidade - Vai pedir para as pessoas fazerem sexo apenas para procriar?


Leio no Diario Gauche de hoje mais um artigo do Frei Leonardo Boff contra a sociedade de consumo. Até concordo que o consumo exagerado é danoso, mas o consumo, por outro lado, gera emprego, gera renda, faz circular capital, gera imposto para o Estado investir na saúde e na educação. E o chamado fetiche da mercadoria também serve para a classe média - que cada vez aumenta mais - acobertar suas neuroses. Teve um dia estressado, vivente? Vá pro shopping fazer compras!!! E o frei que fez votos de pobreza quer que as pessoas não consumam. Será que o frei - que fez voto de castidade - também vai pedir que as pessoas façam sexo apenas para procriar? A igreja católica já fez tanto mal ao Brasil, impondo seus pecados e chantagens continua impondo sua moral medieval.


O imperativo categórico do frei Boff é que as pessoas parem de consumir, que não consumam o excesso e o supérfluo. Eis ai um dado perigoso. Ninguém, nem um Estado, nem um Frei franciscano ou beneditino pode impor a vontade de apontar e dizer que isso ou aquilo é excesso ou supérfluo. Este foi o grande erro, o grande vício, o grande totalitarismo das sociedades dos socialismo real. Em Cuba os particulares não podem acessar a internet de casa (existe uma lei de 2004 impedindo isso), sob o argumento de que isso não é prioridade. É supérfluo.... Será????

O imperativo categórico do Frei Boff é uma imensa asneira.


E mais, o que tem a ver consumo com fome no mundo? Como se fossem idéias excludentes!!! Isso é que é irritante no pensamento de certa esquerda que reduz tudo à discussão caduca do explorado e do explorador. Que troquem o disco.


Abaixo o artigo do Frei Boff:


Quatro ‘erres’ contra o consumismo


A fome é uma constante em todas as sociedades históricas. Hoje, entretanto, ela assume dimensões vergonhosas e simplesmente cruéis. Revela uma humanidade que perdeu a compaixão e a piedade. Erradicar a fome é um imperativo humanístico, ético, social e ambiental. Uma pré-condição mais imediata e possível de ser posta logo em prática é um novo padrão de consumo.
A sociedade dominante é notoriamente consumista. Dá centralidade ao consumo privado, sem autolimite, como objetivo da própria sociedade e da vida das pessoas. Consome não apenas o necessário, o que é justificável, mas o supérfluo, o que questionável. Esse consumismo só é possível porque as políticas econômicas que produzem os bens supérfluos são continuamente alimentadas, apoiadas e justificadas.
Grande parte da produção se destina a gerar o que, na realidade, não precisamos para viver decentemente.Como se trata do supérfluo, recorrem-se a mecanismos de propaganda, de marketing e de persuasão para induzir as pessoas a consumir e a fazê-las crer que o supérfluo é necessário e fonte secreta da felicidade.
O fundamental para esse tipo de marketing é criar hábitos nos consumidores a tal ponto que se crie neles uma cultura consumista e a necessidade imperiosa de consumir. Mais e mais se suscitam necessidades artificiais e em função delas se monta a engrenagem da produção e da distribuição. As necessidades são ilimitadas, por estarem ancoradas no desejo que, por natureza, é ilimitado. Em razão disso, a produção tende a ser também ilimitada.
Surge então uma sociedade, já denunciada por Marx, marcada por fetiches, abarrotada de bens supérfluos, pontilhada de shoppings, verdadeiros santuários do consumo, com altares cheios de ídolos milagreiros, mas ídolos, e, no termo, uma sociedade insatisfeita e vazia porque nada a sacia. Por isso, o consumo é crescente e nervoso, sem sabermos até quando a Terra finita aguentará essa exploração infinita de seus recursos.
Não causa espanto o fato de o presidente Bush conclamar a população para consumir mais e mais e assim salvar a economia em crise, lógico, à custa da sustentabilidade do planeta e de seus ecossistemas. Contra isso, cabe recordar as palavras de Robert Kennedy, em 18 de março de 1968: "Não encontraremos um ideal para a nação nem uma satisfação pessoal na mera acumulação e no mero consumo de bens materiais. O PIB não contempla a beleza de nossa poesia, nem a solidez dos valores familiares, não mede nossa argúcia, nem a nossa coragem, nem a nossa compaixão, nem a nossa devoção à pátria. Mede tudo menos aquilo que torna a vida verdadeiramente digna de ser vivida". Três meses depois foi assassinado.
Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anticultura vigente. Há que se incorporar na vida cotidiana os quatro "erres" principais: reduzir os objetos de consumo, reutilizar os que já temos usado, reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente rejeitar o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido.
Sem esse espírito de rebeldia conseqüente contra todo tipo de manipulação do desejo e com a vontade de seguir outros caminhos ditados pela moderação, pela justa medida e pelo consumo responsável e solidário, corremos o risco de cairmos nas insídias do consumismo, aumentando o número de famintos e empobrecendo o planeta já devastado.
Artigo do teólogo católico Leonardo Boff, publicado hoje no Jornal do Brasil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo, consumismo exagerado só enriquece os mais ricos. O problema dos homens é que ignoram a Deus. Homem acha que não precisa mais de Deus. Ou pensam que Deus é só para servir e dar sorte. Outros ainda pensam que Deus é apenas uma energia. Os homens preferem seguir teorias vagas e mentirosas dos homens do que seguir a palavra de Deus (Bíblia) que é o testemunho ungido pelo Espírito Santo dos que viveram com Jesus Cristo que é a promessa de nosso Pai do Céu a Abraão. O Sexo como é exposto hoje está adoecendo físicamente, espiritualmente e psicológicamente a população. Pobre de nossas crianças e jovens. As pessoas gostam de se utilizar de erros de homens (pecadores e fracos) da igreja para condenar e anular Deus de suas vidas. Isso é um erro terrível. Hoje em dia ninguém mais reza em família. Pois nosso Senhor Jesus Cristo disse: "Orai e Vigiai a Carne é Fraca". Pobre da família que não reza. Mas a "misericórdia de Deus é infinita". Fica aqui um pouco da minha tristeza mediante um mundo que não aceita mais Deus em suas vidas e ainda querem impor condições, viver somente aquilo que agrada e o que não agrada descarta. As pessoas estão descartando a "PALAVRA DE DEUS" .E não são palavras de homens. Deus não é nosso escravo para apenas fazer a nossa vontade, Ele é nosso Deus (Rei, Pai e Senhor). Que o Espírito Santo os proteja. marcosalann@gmail.com