Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Racismo Contra os Brancos


Não existe nada mais nojento, asqueroso e medieval do que o racismo. Questionar, julgar e colocar em dúvida a conduta, a inteligência, as habilidades e a moralidade de uma pessoa por causa de sua cor - qualquer cor - é conduta inadmissível, é barbárie. Mas racismo não é uma via de mão única. Infelizmente, se convencionou que racismo é apenas contra os negros, contra os índios, contras os oprimidos, contra os explorados, contra os tadinhos do mundo.

Não se pode nunca esquecer que qualquer manifestação contra qualquer raça é racismo.

Em diversos blogs alternativos de esquerda se culpa os problemas do Brasil por conta de uma elite branca 'bem nascida', sendo essa a exclusiva responsável pelo atraso brasileiro de 508 anos. A culpa é da elite branca e ponto final, porque esse é o que manda e determina o pensamento politicamente correto. Esse racismo contra os brancos já gerou grandes barbáries, sobretudo na África.

Recentemente conheci uma Angolana branca que morava com sua família em Luanda até meados da década de 70 e que me contou que foi obrigada a deixar Angola, quando ela se tornou independente de Portugal em 1975. Mas ela não era portuguesa, ela se considera angolana, mas teve de sair do país, porque sua cor é branca. E teve de sair do país porque morar em Angola sendo branco era completamente inseguro, pois alguns negros angolanos começaram a matar os brancos - qualquer branco, apenas por se branco - nas ruas das cidades. Essa mulher nunca mais voltou a Angola. Isso também não é uma forma de racismo?

Aliás, pesquisando a internet, através de seus blogs e páginas, se verifica que um dos principais problemas dos países africanos é o racismo contra os brancos como se verifica aqui.

Esse discurso recheado de ódio que se vê por ai contra a chamada elite branca não deixa, também, de ser racista, medieval, hipócrita e bárbaro. Até mesmo porque os problemas do Brasil, assim como os problemas da Àfrica não são causados apenas por um determinado grupo social, como se essa elite branca fosse completamente monolítica, uniforme e tivesse nos gens um componente genético explorador. Dividir a sociedade entre coitadinhos e malvados, explorados e exploradores é a forma mais simplória e infantil de discussão e que apenas alimentas ações equivocadas como essa de criticar e se expressar de forma violenta contra o outro apenas porque é negro, índio, amarelo ou branco.

Isso tem que acabar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Há uma grave falha histórica neste discurso de "elite branca". Meus antepassados vieram como imigrantes pobres, nunca tiveram escravos, nunca compraram escravos. Só trabalharam.

Quem foi escravagista, era - realmente - uma elite. Elite de poucas pessoas, como o próprio nome diz, que mandavam no país naquela época e usavam de todos os expedientes possíveis para ficarem mais ricos e mais poderosos. Nada a ver com a cor da pele, pois alguns brancos também trabalhavam como escravos, sem nenhum tipo de segurança. Os alemães na minha região por exemplo, sofreram muito na segunda guerra mundial. Foram discriminados, tiveram seus bens roubados, alguns chegaram a ser torturados e mortos. Alguém aí ouviu falar em "reparação histórica"?

Discriminação é a pior coisa que pode acontecer a qualquer pessoa. É arrasador e condenável por todos. Em todos os sentidos.

Carlos Eduardo da Maia disse...

VAleu, Pampa....