Um fulano chamado Mario Rangel me chamou de metido, energúmeno e o escambau. Eu fiquei - a priori - muito irado. A gente estava debatendo, nos posts de um blog da vida, a ponte que tem o nome do dono da Folha de S. Paulo, Octávio Frias, recém construída em São Paulo, sobre a Marginal Pinheiros. Essa ponte foi projetada na administração da Marta Suplicy e ficou muito bonita. Lá pelas tantas o Rangel pergunta: Não seria mais sensato, fazer simplesmente uma ponte?
Por que Não Uma Simples Ponte?
Ora, caramba, que se dane a arquitetura, a arte, o belo, o bonito, vamos fazer apenas uma ponte. Uma simples e simplória ponte, nada mais além disso. Para quê cartões postais, turistas japoneses com suas magníficas filmadoras digitais? O importante é a utilidade da ponte. Ponte é ponte nada mais que ponte e sempre vai ser uma ponte. Para quê uma ponte bela e ostentosa se uma ponte tem a mesma utilidade? Para quê comprar um sofá novo se o velho tem a mesma utilidade? Para quê mudar de apartamento na Assis Brasil se outro novo muito mais espaçoso e confortável tem a mesma utilidade? Bentham nos ensinou que refutar a justeza do princípio da utilidade com argumentos é tarefa impossível. Já Kant tentou mostrar que o belo realmente existe. Entre Kant e Bentham fico com o prussiano de Königsberg. Eu acredito no belo, na estética, na arquitetura e na boa arte. E por isso eu detesto as músicas do baile funk.
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