Minorias participativas são contra ao Projeto que liga Porto Alegre ao Lago Guaíba
Porto Alegre patina e como patina. Tenho viajado constantemente ao Rio de Janeiro. Vejo aquela cidade maravilhosa, aquela orla, as pessoas caminhando de um lado para o outro, frequentando os bons e aprazíveis lugares nos calçadões do Burle Marx. Faço minhas corridas por ali, do Leme ao Leblon, a volta na Lagoa Rodrigo de Freitas. E o que vejo ali, parcerias saudáveis entre o poder público e a iniciativa privada que tem a grana para construir coisas boas para o povo em geral. Os quiosques de toda a orla carioca são privados e são muito bons. Os restaurantes e bares da Lagoa da Freitas são privados e todo mundo frequenta. Mas Porto Alegre patina. O muro da Mauá está ali erguido, feio como o de Berlim, que já caiu. E quando as boas e inovadoras idéias surgem, uma minoria participativa vem logo protestar. Dizem eles, de forma bem organizada: "É crime contra o meio ambiente, é um absurdo construir espigões na beira do lago Guaíba, o que acontecerá com os ventos? O que acontecerá com o sol? Querem construir espaços para a burguesia da cidade circular com suas camisetas e tênis da nike. O trânsito vai virar puro engarrafamento". Tudo que é desculpa esfarrapada e carregada de preconceito serve como argumento. Porto Alegre é uma cidade que cresceu de costas para o lago e quando a cidade, finalmente, quer integrar a cidade ao lago, qualquer tipo de projeto é questionado. É impossível agradar a gregos e troianos e por isso é fundamental deixar os dogmas e preconceitos de lado para que o razoável, o sensato e o justo predomine. A região do Estaleiro Só hoje é um depósito de ferro velho, cheio de capim alto e erva daninha. Ninguém tem acesso ao local que tem condições de integrar um imenso calçadão que inicia no gasômetro, passa pelo museu Iberé e liga ao barrashopping sul que está sendo construído. Esse calçadão e ciclovia poderá ir até a Vila Assunção. O local é privado e foi comprado por investidores que fizeram um projeto do arquiteto Jorge Debiagi para integrar aquele pontal definitivamente na cidade com a construção de ciclovias, calçadões e avenida que contorna a área privada, com edifícios comerciais e residenciais. Na parte comercial, junto ao calçadão e ciclovia terá bares, restaurantes e uma marina. Ontem na Câmara Municipal de Porto Alegre, houve uma reunião entre os defensores e os opositores do projeto. Os animos estão acirrados. A AGAPAN e entidades de bairro distantes são contra, porque movidos pela gasolina da insensatez. No final das contas, ficou esclarecido que somente 23% da área total do terreno terá construções, e que o restante será de livre acesso à população. E tem gente que é contra.
2 comentários:
É isso aí, Maia
A foto diz tudo: alguns adolescentes impressionáveis e um grupinho de ecoidosos ongueiros, os mesmos que não fazem nada a não ser protestar, reclamar e se colocar como acima de todos. Produzir, criar, desenvolver não é com eles. Como disseste dias atrás, querem deixar o lugar pro capim e a macumba.
ZeMario
ZéMario, não sei o que esses caras pensam da vida. Só pode ser preconceito contra o capital. Eles têm o quê na cabeça? Interessante é que no RS Urgente o pessoal debateu esse tema e os posts favoráveis ao projeto deram de goleada. Isso no RS Urgente, que é um blog de petistas.
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