É interessante os comentários daqueles que são contra o projeto Pontal do Estaleiro a ser construído em uma área privada que hoje tem apenas capim e erva daninha.
Uns dizem que a área seria privatizada. Ora, a área é privada, mas terá acesso público pelo calçadão e pelos restaurantes e cafés. Todas as pessoas do mundo poderão frequentar o local, caminhando, correndo, andando de bike, passeando com o cachorro ou com o papagaio.
Outros dizem que os prédios de 12 andares na beira do lago Guaíba fariam uma barreira artificial impedindo a circulação do vento e a luz do sol para o bairro. Besteira pura, porque ali perto não existe nada. A sombra que vai formar vai ser apenas naquele local. E quanto ao vento, também, não existe nenhum motivo razoável para impedir o projeto.
É birra pura.
Abaixo matéria da ZH de hoje sobre o caso.
Empresa propõe obra na área do Estaleiro Só
O futuro do muro da Avenida Mauá, no centro da Capital, não é a única polêmica capaz de dividir os porto-alegrenses quanto à relação da cidade com o Guaíba. Na Zona Sul, o motivo da discórdia é a possibilidade de construção de empreendimentos imobiliários e comerciais em terrenos à beira do rio.No centro do debate, está o plano da BMPar Empreendimentos de investir até R$ 150 milhões para erguer um complexo de 60 mil metros quadrados na área do antigo Estaleiro Só. Um esboço do projeto, chamado Pontal do Estaleiro, prevê a construção de prédios de apartamentos de até 12 andares, edifícios comerciais, bares e restaurantes, além da urbanização da orla e da construção de um sistema de proteção contra cheias.A autorização para a obra depende da aprovação da Câmara Municipal, uma vez que atualmente é proibido construir prédios residenciais na área. A votação na Câmara estava prevista para o próximo dia 10 – mas, como o projeto não tramita mais em regime de urgência, a tendência é que o assunto seja avaliado depois das eleições.As restrições ao empreendimento vêm principalmente de moradores da região e ambientalistas. Nestor Nadruz, sócio do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vilas Conceição e Assunção (CCD), diz que o projeto traria problemas para o trânsito pela Avenida Padre Cacique, que já terá o fluxo de automóveis incrementado pelo BarraShoppingSul a partir de outubro.Outro argumento contrário seria a suposta privatização da área, que seria mais freqüentada por moradores dos empreendimentos e clientes de bares ou restaurantes instalados ali. A presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Edi Xavier Fonseca, vê também questões ambientais.– As construções formariam uma barreira artificial impedindo a passagem de ventos e da luz do sol para os bairros – acrescenta Edi.Na margem oposta da polêmica, o diretor da BMPar Empreendimentos, Rui Pizzato, diz que a proximidade com o rio é um forte atrativo para a comercialização. A construção de marinas, bares e restaurantes ainda é apontada como ferramenta para o turismo, segundo o presidente do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia (Sindpoa), Daniel Antoniolli:– Dá para ter hotéis e centros de convenções para receber eventos, que trazem dinheiro para a cidade.Há também moradores da vizinhança que aprovam a proposta. Para o comerciante Newton Freitas, novos empreendimentos como o BarraShoppingSul e o Pontal do Estaleiro, assim como a sede da Fundação Iberê Camargo, inaugurada em maio, podem contribuir para “mudar a cara” da região:– Além de trazer mais movimento para o comércio, isso obrigaria o governo a dar uma olhada para o bairro. Temos um problema social por aqui, as vilas estão crescendo.O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS Rogério Malinsky defende que o município tenha um plano diretor específico para a orla. Ele desaconselha a construção de prédios altos, que teriam impacto sobre o clima dos quarteirões mais próximos.– Tem de explorar lazer e recreação, que é vocação de qualquer orla no mundo – salienta Malinsky.O governo do Estado apresentou proposta para outra área polêmica: o cais entre a Rodoviária e o Gasômetro. Uma licitação deverá escolher no ano que vem a empresa para revitalizar e explorar a área. O projeto prevê, entre outros itens, um shopping e um hotel.
O futuro do muro da Avenida Mauá, no centro da Capital, não é a única polêmica capaz de dividir os porto-alegrenses quanto à relação da cidade com o Guaíba. Na Zona Sul, o motivo da discórdia é a possibilidade de construção de empreendimentos imobiliários e comerciais em terrenos à beira do rio.No centro do debate, está o plano da BMPar Empreendimentos de investir até R$ 150 milhões para erguer um complexo de 60 mil metros quadrados na área do antigo Estaleiro Só. Um esboço do projeto, chamado Pontal do Estaleiro, prevê a construção de prédios de apartamentos de até 12 andares, edifícios comerciais, bares e restaurantes, além da urbanização da orla e da construção de um sistema de proteção contra cheias.A autorização para a obra depende da aprovação da Câmara Municipal, uma vez que atualmente é proibido construir prédios residenciais na área. A votação na Câmara estava prevista para o próximo dia 10 – mas, como o projeto não tramita mais em regime de urgência, a tendência é que o assunto seja avaliado depois das eleições.As restrições ao empreendimento vêm principalmente de moradores da região e ambientalistas. Nestor Nadruz, sócio do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vilas Conceição e Assunção (CCD), diz que o projeto traria problemas para o trânsito pela Avenida Padre Cacique, que já terá o fluxo de automóveis incrementado pelo BarraShoppingSul a partir de outubro.Outro argumento contrário seria a suposta privatização da área, que seria mais freqüentada por moradores dos empreendimentos e clientes de bares ou restaurantes instalados ali. A presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Edi Xavier Fonseca, vê também questões ambientais.– As construções formariam uma barreira artificial impedindo a passagem de ventos e da luz do sol para os bairros – acrescenta Edi.Na margem oposta da polêmica, o diretor da BMPar Empreendimentos, Rui Pizzato, diz que a proximidade com o rio é um forte atrativo para a comercialização. A construção de marinas, bares e restaurantes ainda é apontada como ferramenta para o turismo, segundo o presidente do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia (Sindpoa), Daniel Antoniolli:– Dá para ter hotéis e centros de convenções para receber eventos, que trazem dinheiro para a cidade.Há também moradores da vizinhança que aprovam a proposta. Para o comerciante Newton Freitas, novos empreendimentos como o BarraShoppingSul e o Pontal do Estaleiro, assim como a sede da Fundação Iberê Camargo, inaugurada em maio, podem contribuir para “mudar a cara” da região:– Além de trazer mais movimento para o comércio, isso obrigaria o governo a dar uma olhada para o bairro. Temos um problema social por aqui, as vilas estão crescendo.O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS Rogério Malinsky defende que o município tenha um plano diretor específico para a orla. Ele desaconselha a construção de prédios altos, que teriam impacto sobre o clima dos quarteirões mais próximos.– Tem de explorar lazer e recreação, que é vocação de qualquer orla no mundo – salienta Malinsky.O governo do Estado apresentou proposta para outra área polêmica: o cais entre a Rodoviária e o Gasômetro. Uma licitação deverá escolher no ano que vem a empresa para revitalizar e explorar a área. O projeto prevê, entre outros itens, um shopping e um hotel.
O empreendimento terá:
Quatro prédios residenciais, com um total de 216 apartamentos
Dois edifícios comerciais, com lojas, restaurantes e cafés nos térreos
Área utilizada pelo empreendimento: 27,8 mil metros quadrados
Área total: 60 mil metros quadrados
Investimento: até R$ 150 milhões
Os prédios seriam construídos a uma distância mínima de 60 metros do Guaíba
Dois edifícios comerciais, com lojas, restaurantes e cafés nos térreos
Área utilizada pelo empreendimento: 27,8 mil metros quadrados
Área total: 60 mil metros quadrados
Investimento: até R$ 150 milhões
Os prédios seriam construídos a uma distância mínima de 60 metros do Guaíba
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