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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Advogando para Yeda




Yeda está procurando advogado em Brasília, porque agora ela pretende atacar. É uma boa estratégia. A melhor defesa é sempre o ataque. Yeda quer processar o pessoal do PSOL, Luciana Genro e Pedro Ruas e talvez fazer uma interpelação à Revista Veja. A oposição conseguiu até o momento apenas 10 assinaturas do pedido de CPI. São necessárias 19. Já disse que o PDT é o fiel da balança. O PDT está aguardando novos fatos. Lendo o pedido de CPI se verifica que a principal denúncia contra a governadora Yeda é de improbidade administrativa. Ora, a Lei da Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), como está dito no seu preâmbulo: dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional a dá outras providências.

Os fatos relatados e que estão sendo verificados dizem respeito a suposto crime eleitoral, a utilização de caixa 2 ou sobra de campanha no período eleitoral. Fatos que aconteceram no ano de 2006, antes da posse da governadora em 01 de janeiro de 2007.

Da mesma forma que não há como aplicar a lei penal aos menores de idade não há como imputar à governadora a lei da improbidade administrativa em relação a atos ocorridos antes da posse. O pedido de CPI, portanto, está equivocado, porque Yeda não estava exercendo o cargo de governadora quando os fatos ocorreram.

Além do mais, como bem se sabe, os prazos prescricionais da Justiça eleitoral são muito pequenos. Não há como, pois, processar eleitoralmente a governadora pela utilização de dinheiro de sobra de campanha ou mesmo de caixa 2. Está tudo prescrito.

Vê-se, portanto, que o advogado de Yeda tem a faca e o queijo na mão para fazer uma boa defesa. O problema é que todas as informações vêm a conta gota. O interesse do PT e da oposição é de que o governo Yeda sangre até a morte. E a morte seria no meio da campanha de 2.010.

E a campanha de 2.010 já está começando, como se percebe. Existem articulações para que Yeda desista de concorrer à reeleição e apoie o candidato do PMDB, Fogaça (que faz, repito, um governo pífio, medroso e refém da oposição em Porto Alegre) e Rigotto (que fez um governo para lá de morno).

É o velho PMDB de sempre, o partido que fica sempre em cima do muro, que vai voltar a governar o RS. Podem apostar.

2 comentários:

Charlie disse...

Situação triste. Ainda que a administração da Yoda não tenha sido ruim falta carisma na velha, e nesse país (e acho que em qualquer outro) um político infelizmente depende tanto de carisma quanto de conhecimento técnico em administração. Falta unir estas qualidades em uma única cabeça.

A Yoda está ficando cada vez mais isolada, mesmo sem ter nada muito concreto contra sua administração. A oposição trabalha bem o massacre calculado, mas ela ajuda bastante.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Ela ajuda sim, Charlie. E como ajuda. Ela não tem jogo de cintura, não tem carisma. O povo do Rs não votou na Yeda, mas votou contra o Olívio.