Uma coisa que o PT é competente em fazer é oposição e enfraquecer um governo. Aconteceu no governo Collares e Britto, no RS, no segundo mandato de FHC e está acontecendo agora com o governo Yeda. E quando o governante vacila e dá motivos para suspeitas, o PT é o primeiro a pedir CPI que, via de regra, vira palanque eleitoral. E 2.010 é no ano que vem. Este Blog há muito tempo suspeita que dinheiro de sobra de campanha pode ter caido na conta particular da governadora Yeda que comprou uma casa em zona nobre de Porto Alegre. Dizem que ela utilizou R$ 400 mil de doações de empresas fumageiras da região de Santa Cruz do Sul. Era o que faltava para complementar a compra da casa. Trata-se, evidentemente, de crime eleitoral. O PT que hoje coloca a boca no trombone e força uma CPI se calou quando o presidente Lula, na época do mensalão, pediu desculpa ao povo brasileiro, porque dinheiro do Caixa 2 foi utilizado para abastecer o valerioduto. Naquela época, os blogs petistas e de certa esquerda acusavam de golpistas qualquer movimento do tipo Fora Lula. Ontem em horário nobre da TV, o CPERS dizia que a Veja desta semana trazia a prova da corrupção no governo Yeda e que o povo fosse às ruas pedir o Fora Yeda. O CPERS, como bem se sabe, defende com unhas e dentes um plano de cargo e salários que engessa qualquer gestão na educação e impede o governo (qualquer governo) de fazer as necessárias mexidas no serviço público. O melhor caminho para que essas medidas não sejam tomadas é convocar o "Fora Yeda". Na verdade, a revista Veja não trouxe nenhum fato novo. Ela apenas ouviu a "moça", a namorada ou esposa do Marcelo Cavalcante, ex assessor do governo em Brasília que foi encontrado morto, em circunstâncias misteriosas no lago Paranoá em Brasília, que comentou acerca de uma fita que ainda não apareceu, que teria sido gravada por Lair Ferst numa conversa de botequim, na qual se ventilou que dinheiro de sobra de campanha teria abastecido o marido da governadora, Carlos Crusius. Mas onde está essa gravação? Por que ela não aparece? Uma coisa é certa, CPI para averiguar se houve ou não crime eleitoral só vai acontecer se ocorrer fato novo. O PT ontem conseguiu apenas 10 assinaturas para a instalação da CPI. São necessárias 19. Se a fita surgir, o PDT, o fiel da balança, pode assinar o pedido de CPI e ser acompanhado pelos Democratas do vice Paulo Feijó, que tem interesse no impeachment da governadora. O Rio Grande vive um rolo, mas a vida continua.
3 comentários:
Onde houver suspeita de crime, que denunciem e investiguem. Simples. O que não pode é ficar gerando desgaste em torno de polêmicas do tipo "e se" ou "será que". Só alimenta o descrédito dessa famigerada categoria, os políticos. Investiguem logo essa porcaria e esclareçam os fatos.
Que a oposição queira capitalizar sobre isto, é natural. Explorar as fraquezas do oponente é coisa natural da política. E a Yoda tem fraquezas de sobra. O orgulho é a principal delas.
Sempre fui contra o "Fora Lula", mesmo com o tal do mensalão. Agora, sou contra o "Fora Yeda", baseado nas mesmas idéias de que não se pode desestabilizar um governo, sem que hajam provas muito contundentes. O que não existe neste caso presente. O que falta, é o governo Yeda partir para o ataque e deixar de ficar somente na defensiva. Se dá para defender, que se defenda, exija as tais fitas na justiça e que se faça auditoria técnica nas mesmas para ver o que e quem está nelas.
O "fora Lula" sempre foi meio suspeito, já que nunca conseguiram, concretamente, traçar uma linha reta entre o Lula em pessoa e o festival de corrupção promovido pela sua administração. Mas os que foram envolvidos deveriam ter caído (o que na prática teria levado embora boa parte do Cogresso).
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