O Diário Gauche continua sendo minha grande fonte de inspiração filosófica. Cada vez que leio uma postagem do DG, meus dedos (eu penso com os dedos) ficam ansiosos para digitar alguma coisa. Eu brigo com eles, mas eles não me obedecem.
Hoje entrei no DG e vi o Serra com uma arma e o seguinte post. Depois meus dedos ficaram enlouquecidos e começaram a digitar o lado crítico da vida....
Hoje entrei no DG e vi o Serra com uma arma e o seguinte post. Depois meus dedos ficaram enlouquecidos e começaram a digitar o lado crítico da vida....
A guerra dos brancos ainda nem começou
A CPI da Assembléia guasca foi congelada por expectativas fisiológicas de três deputados pedetistas que ainda aguardam farelos que possam cair da mesa do Piratini. Ledo (Ivo) engano.Mas dona Yeda não perde por esperar, seu companheiro partidário, governador José Serra (foto), pode usar novamente o instrumento “Veja” de excomunhão completa do ninho tucano.O complexo bélico Serra/Veja, por enquanto está usando munição para matar passarinho. Mas pode usar armamento de grosso calibre como a gravação “não me levanto desta cadeira por menos de cem mil” e outras mais letais.Quem é bem pretinho (como eu), assiste a guerra dos brancos da Casa-Grande, esfregando as mãos.
Depois que li o post do gauche, meus dedos, enfim, escreveram a seguinte mensagem. Foi tudo muito rápido e imediato:
O DG pensa e acredita piamente que os movimentos do mundo difuso, da complexidade e da diversidade que estamos embutidos é exatamente igual ao que havia no século XIX, da época de Marx, como se os movimentos fossem monolítico e existissem apenas duas classes bem definidas. E a história já está determinada. De um lado, os bandidos, os homens brancos, os capitalistas, os exploradores, os homens da casa branca; de outro os pretinhos, o pessoal da senzala, os explorados. De um lado está o malvado do Serra (que aparece na imagem acima com uma arma, mas ele foi a favor do desarmamento no plebiscito realizado faz pouco) que se alia aos grandes grupos econômicos, à grande mídia e de outro lado está quem? Os bonzinhos do DG, do MST, do PT etc. Trata-se de um reducionismo infantil e medíocre de dar dó. Os movimentos da atualidade não são monolíticos. Eles são difusos, eles se transformam de acordo com o pluralismo e com a diversidade. De acordo com o momento e com a vida prática. Está ai o chamado lulismo de resultados. Está ai o Chávez alimentando o capitalismo de Estado. Marx foi um grande crítico, mas um péssimo conselheiro e vidente. Não previu em seus tratados religiosos o surgimento de uma grande e maciça classe média que não para de crescer e alimenta a cidade moderna com uma nova ideologia, que consome e não consome, que é cidadã e não é cidadã, que protesta e não protesta, que fica em silêncio e abre a boca, que participa e não participa. Essa é a grande novidade do mundo que estamos embutidos, mas o DG continua com suas idéias de século XIX.
Um comentário:
Dividir o mundo em branco e preto, nós e eles facilita o entendimento para criaturas com capacidade intelectual reduzida.
Postar um comentário