Dos professores de quinta a oitava série do país, 26,6% não têm a habilitação legal exigida para dar aulas nesse nível, que é diploma de ensino superior com licenciatura. Do total de docentes desse nível, 21,3% não têm nenhuma graduação e 5,3% têm diploma superior, mas sem a licenciatura.O retrato é do censo da educação básica de 2007 feito pelo Inep, o instituto de pesquisas ligado ao MEC. Pela primeira vez, foram identificados dados individuais do universo de 1,8 milhão de docentes de escolas públicas e particulares do país. (Folha de hoje)
O Brasil só vai para a frente se investir -- e investir bem -- em educação que forme para a cidadania e para o mercado de trabalho. Existem dois empecilhos para que isso ocorra. O primeiro é que o professor é mal remunerado. Segundo a Folha de hoje:
O salário médio de um professor de ensino médio com nível superior no Brasil era de R$ 1.335 em 2007. Isso representa dois terços dos rendimentos de um enfermeiro diplomado (R$ 2.022), metade do que ganham jornalistas (R$ 2.767) e 27% do obtido por médicos (R$ 4.865).
Outro empecilho é que o sistema é desorganizado. Não existe gestão administrativa, mas política. Muito professor atua fora da sala de aula, em função administrativa. E há o interesse corporativista, dos CPERS da vida, em manter o status quo do Plano de Cargos e Salários de 1974 que engessa qualquer tipo de gestão.
O problema do Brasil é que os dados chegam na nossa cara, como esse do Censo da educação divulgado pelo MEC, e nós, os brasileiros, não fazemos nada além de discutir, discutir e discutir. É muito blá, blá, blá e pouca ação.
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