Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
quarta-feira, 6 de maio de 2009
E o Capitalismo Não Morreu (II)
Helicóptero carregando a estátua de Lenin em Berlim Oriental na antiga DDR, cena do grande filme Adeus Lenin.
Pois a crise parece que está minguando e o capitalismo continua vivo. Diz o Delfim Netto que capitalismo é processo. Na verdade, capitalismo é mercado e mercado é fato social. Em 1989 caiu o muro de Berlim e com ele a derrocada do império soviético e o artificial mercado do monopólio estatal das economias socialistas. O mercado do socialismo real foi, na verdade, um mercado forçado e fingido, porque assim funcionava o sistema -- baseado nas metas e diretrizes impostas pelos burocratas do partido único que desprezavam a lei da oferta e da procura. Ninguém tinha a liberdade de iniciativa para montar um empreendimento, uma pequena sociedade de prestação de serviços, uma fábrica, uma indústria. O mercado é monopólio do Estado e as regras são rígidas e impostas de cima para baixo. E esse mercado artificial e fake não teve a mínima condições de competir com o mercado natural regido pela lei da oferta e da procura, o mercado capitalista. O filme alemão "Adeus Lenin" nos mostrou a complicada transição que ocorreu na Alemanha com o fim da DDR. O mercado estatal sucumbiu em dias. Até mesmo os bons pepinos enlatados vendidos pela indústria estatal não podiam ser mais encontrados nas prateleiras dos armazéns. Eles não tinham a mínima condição de competir com os produtos do mercado capitalista.
Quando eclodiu a crise de 2008 muita gente comemorou que aquela crise representava o muro de Berlim do capitalismo e do neoliberalismo. O que se verifica, nesse curto espaço de tempo, é que a economia mundial continua capitalista e a sociedade de consumo continua reinando. O que talvez mude, daqui para a frente, é o controle, a fiscalização e a regulação do Estado e dos organismos mundiais sobre os mercados. Mas o processo do capitalismo continua vivo. E muito vivo.
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