Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Na Colômbia - Apoio de Chávez Tira Votos de Mockus

Faltou pouco, muito pouco, para Juan Manuel se eleger.

Nas eleições na Colômbia de ontem, por pouco não deu o candidato do partido de Álvaro Uribe, Juan Manuel Santos,  ele teve 46,16% dos votos.

O candidato opositor, do partido verde, Antana Mockus, teve apenas 21,5% dos votos.

As pesquisas indicavam empate entre Mockus e Santos e, pois, erraram feio.

Uma coisa parece ser certa, quando Chávez anunciou o seu apoio para Mockus (que não apoia Chávez, diga-se de passagem) os votos de Mockus foram parar nas urnas de Santos.

Impressionante, viu senadora Piedad Córdoba, como o povo colombiano adora o Chávez.

Aqui no Brasil, Chávez apoia Dilma.

Frota da Paz?

Do Blog do Mr X as impressionantes imagens  sobre o fato marcante do dia. Os soldados israelenses se soltam das cordas e são sumariamente agredidos pela "frota da paz".


Tudo Absurdamente Errado

O ataque insensato de Israel era tudo o que os radicais queriam.

A Porção Neandertal da Humanidade

Israel bloqueia Gaza por conta dos radicais do Hamas que foram eleitos pelo povo da Palestina.

Os radicais lançam foguetes contra Israel.

Israel ingressa em Gaza a procura dos radicais.

Isso ocorreu no início de 2009.

O bloqueio ainda persiste.

Na manhã desta segunda-feira, navios  de ajuda humanitária denominados "Frota da Liberdade" ingressa, sem autorização,  na área do bloqueio.

Israel decide atacar. Dez ou mais pessoas morrem.

Uma cineastra brasileira, Iara Lee está desaparecida.

Ontem ela colocou a seguinte mensagem no facebook:

"Normalmente eu consideraria uma missão de boa vontade como esta completamente inócua. Mas agora estamos diante de uma crise que afeta os cidadãos palestinos criada pela política internacional. É resultado da atitude de Israel de cercar Gaza em pleno desafio à lei internacional. Embora o presidente Lula tenha tomado algumas medidas para promover a paz no Oriente Médio, mais ação civil é necessária para sensibilizar as pessoas sobre o grave abuso de direitos humanos em Gaza",
"[...] Eu me envolvo porque creio que ações resolutamente não violentas, que chamam atenção ao bloqueio, são indispensáveis esclarecer o público sobre o que está de fato ocorrendo. Simplesmente não há justificativa para impedir que cargas de ajuda humanitária alcancem um povo em crise".

As Fotos do Imperador


Imperador faz o CV do Comando Vermelho.

Matéria "do Dia" de hoje:

Com viagem marcada para o dia 6 rumo à paradisíaca Sardenha, no Mar Mediterrâneo, onde ficará uma semana de férias antes de se apresentar ao seu novo clube, a Roma, o ex-atacante do Flamengo Adriano tem um compromisso na agenda hoje, às 14h.


O craque foi intimado a dar explicações na 38ª DP (Brás de Pina) sobre supostas transações financeiras com homens ligados à quadrilha de Fabiano Atanásio da Silva, o FB, chefe do tráfico da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. E mais: a Polícia Civil investiga duas fotos em que Imperador posa de atirador e mostra com as mãos o sinal de uma facção criminosa.

Apontado como o mentor da execução do ex-diretor de Bangu 3, José Roberto do Amaral Lourenço, em outubro de 2008, o criminoso FB também comandou o ataque ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em 17 de outubro de 2009, que resultou na derrubada do helicóptero da PM, matando três policiais.

Adriano costuma chamar de 'spa' o Complexo da Penha, onde vai com frequencia encontrar os amigos


Será a segunda vez em menos de três meses que o craque é chamado a uma delegacia para esclarecer suas relações com traficantes da favela onde nasceu. Em abril, após denúncia de O DIA, Adriano contratou dois advogados para tentar explicar na 22ª DP (Penha) como uma das duas motos Hornett 600 cilindradas, avaliada em R$ 35 mil, compradas por ele, foi parar em nome da mãe de Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, chefe do tráfico dos morros da Chatuba, Fé, Sereno, Caracol e Caixa D’Água, também na Penha.


Adriano foi convocado pela 38ª DP porque seu nome aparece em inquérito que apura o tráfico de drogas na região, que se transformou numa espécie de quartel-general do Comando Vermelho. O jogador costuma se referir ao local como ‘spa’.

A convocação para depor teria perturbado o atacante. Semana passada, após tomar conhecimento da intimação, o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, confessou à presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, durante reunião na Gávea, que não havia mais como Adriano permanecer no clube, já que uma nova bomba “estava prestes a estourar”.


No inquérito da 22ª DP, o jogador negou ter dado a moto para Mica, a quem admitiu conhecer desde criança e encontrar sempre que visita a comunidade. A mãe do criminoso também falou sobre a relação dos dois, mas disse não saber se o craque famoso havia dado a motocicleta a seu filho, contra quem há oito mandados de prisão, sendo dois por homicídio.


O caso ainda não foi encerrado. Contradições nos depoimentos de Adriano e de um de seus amigos, Marcos José de Oliveira, o Marquinhos — que teria feito a compra na loja da Honda, em Vicente de Carvalho —, fizeram o delegado Jader Amaral pedir prazo maior ao Ministério Público Estadual para concluir o inquérito. Haverá novas diligências, e uma acareação entre Adriano e Marcos não está descartada.

Craque em fotos polêmicas

Na semana passada, fotografias que já circulavam pela cidade pararam nas mãos da Polícia Civil. Na mais impactante delas, Adriano — bem mais magro do que atualmente, indicando que a imagem já foi feita há algum tempo — aparece em posição de atirador. Procurada por O DIA, a assessoria de imprensa do craque informou que a arma na realidade é uma réplica usada para jogos de paintball.

sábado, 29 de maio de 2010

Da Coluna da Fernanda Torres


Fernanda Torres  é a nova colunista da Folha. Ela vai escrever sobre eleições.

FERNANDA TORRES

Eleições: o dom de iludir

O candidato é um ator em eterno teste; uma condição vexatória e desconfortável


O QUE LEVA alguém a se candidatar à Presidência? A ser tão bisbilhotado, ofendido, pesquisado e aviltado? Que papel grandioso é esse cujo ensaio, estreia e temporada custam o fígado do próprio intérprete?
A política é um palco letal, o Coliseu romano da atualidade. Um lugar de ódios milenares, mágoas irreparáveis, conciliações imperdoáveis e, também, do temível ridículo. Eu seria incapaz de atuar sob tamanha pressão.
Não se trata apenas de dar conta de Rei Lear: tem que voar no jatinho, fazer a carreata, comer dobradinha, andar de mula e enfrentar a tempestade do Crato ao Pampa gritando "Uiva vento!" pelos palanques.
Tem que ter sangue de barata, paciência de Jó, cara de pau e vontade de elefante.
Outro dia me mandaram um link na internet onde a Dilma Rousseff se embananava toda para responder a uma simples questão: "Que livro a senhora está lendo?"
Qualquer um que cultive o prazer de ler sabe que um ser humano que está em plena campanha presidencial não tem cabeça nem tempo para se dedicar à leitura.
Talvez a "Arte da Guerra", de Sun Tzu, entre um programa do Ratinho e outro, seja o único exemplar que resista ao tranco, por seu conteúdo bélico de autoajuda milenar.
Mas admitir que não está lendo porcaria nenhuma é encarar as manchetes do dia seguinte afirmando que fulano, ou fulana de tal, é um energúmeno, um(a) ignorante não afeito às letras.
Por isso Dilma se contorce, tentando se lembrar do último livro que leu, o que só consegue com a ajuda dos assessores. A duras penas acerta o título e a mais duras ainda arrisca um resumo dele. A pergunta corriqueira, quem diria, a colocou em um mato sem cachorro.
Se a tivessem arguido a respeito da política de juros, da dívida pública ou até mesmo de um espinhoso tema como o aborto, ela estaria apta a responder. Bastou uma perguntinha pessoal para que Dilma se afastasse brechtianamente da ciranda da candidata e caísse em si mesma, perdendo o fio do personagem.
O candidato é um ator em eterno teste. Uma condição vexatória e terrivelmente desconfortável.
José Serra escolheu o perfil do conciliador boa-praça, se manteve bem no personagem até que perdeu a paciência na rádio CBN diante da prensa de Míriam Leitão. Míriam, aliás, tem sido dos ossos mais duros de roer para os que estão na corrida presidencial.
Serra soltou um desabafo irritado a respeito do que pensava da relação entre a Presidência e o Banco Central. Depois, teve que remar forte para recuperar a imagem que passou semanas construindo, justificando de forma sincera que o horário matutino lhe havia puxado o tapete.
Qualquer razão idiota, como pular da cama cedo, pode colocar tudo a perder; da mesma forma que um celular que toca no meio de um espetáculo pode fazer Macbeth desencarnar de vez da alma de um ator.
A verdade e a franqueza são armas de destruição em massa na política, é necessário saber ocultá-las com desenvoltura e, muitíssimas vezes, mentir com convicção.
Marina Silva não titubeia, ela é a terceira via, pode dizer o que pensa. Apesar de ter sido ministra, ela não passa pelo comprometimento político dos dois outros adversários, pertencentes a partidos que já ocuparam o Planalto e fizeram alianças muitas vezes incompreensíveis para poder governar.
Marina está dentro e fora do jogo, uma posição importante e confortável.
Glorinha Beautmüller, fonoaudióloga e preparadora vocal de inúmeros atores e políticos, é uma figura lendária, dona de intuição aguçada, métodos nada ortodoxos e técnica que visa ancorar a palavra ao corpo e aos sentidos do palestrante.
Profissional ímpar, ela já botou de quatro modelos com ambições a atriz, para que perdessem a pose enquanto recitavam um texto, e aconselhou com veemência que Cláudia Jimenez falasse pela vagina na sua estreia no teatro profissional como uma das prostitutas de "A Ópera do Malandro". Ao que Claudia, com seu talento e humor de sempre, respondeu, aplicada: "Eu estou tentando, Glorinha, estou tentando!"
Uma vez, a maga foi chamada às pressas a Brasília para atender um político repentinamente afônico e necessitado de discursar. Segura, não pestanejou no diagnóstico: "Meu filho, você está rouco desse jeito porque você mente demais!"
Hoje, o político ideal deve reunir o carisma de Sílvio Santos, a classe de Paulo Autran, a astúcia de Alexandre, o Grande, a retórica de Ruy Barbosa, o empreendedorismo de Antônio Ermírio, a responsabilidade do doutor Paulo Niemeyer, o desapego de Buda, a razão de Confúcio, a bondade de Cristo e ainda sair vivo da arena quando soltarem os leões famintos atrás da sua carne. Essa pessoa não existe. O político, portanto, tem que ter o dom de iludir.

Faculdade ou Obrigação?


 Bem interessante o resultado dessa pesquisa do Datafolha, publicada hoje,  que apontou;

A) 48% dos entrevistados são favoráveis e 48% são contrários à obrigatoriedade de votar..

B) Apenas 30 países mantêm hoje em dia voto obrigatório nas eleições nacionais.
 

C)  Se o voto não fosse obrigatório no Brasil, 55% dos entrevistados afirmam que votariam, contra 44% que optariam por não votar.
 
D) Os mais ricos (62% acima de dez salários mínimos e 66% entre cinco e dez) e os mais escolarizados (65%) são os que mais iriam às urnas se o voto fosse facultativo, e os mais pobres (52%) e os menos escolarizados (52%) são os que menos votariam.
 
E) Os mais ricos (59%) e os mais escolarizados (59%) são os mais favoráveis ao voto facultativo, e os mais pobres (52%) e os menos escolarizados (52%) são os mais favoráveis à obrigatoriedade de votar.

F) Se o voto não fosse obrigatório, o eleitor de Dilma Rousseff (PT) é o que mais compareceria às urnas: 64%, contra 53% dos eleitores de José Serra (PSDB) e 53% dos de Marina Silva (PV).
Os petistas também são os que mais apoiam a obrigatoriedade de votar: 55%, contra 48% entre os tucanos, 46% entre os verdes e 50% entre os peemedebistas.
 
O editor deste Blog é a favor do voto facultativo.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

No Brasil da Era Lula Procuro o Filho de Bach



Infelizmente o Brasil corre o risco de eleger uma 'capitalista de estado' que nunca foi síndica de prédio. E o cabra que foi professor, prefeito, governador e ministro é considerado incompetente. Este é o Brasil da era Lula.


Meu pitaco no Blog Pensador Selvagem do Milton Ribeiro. Fui lá colher dicas de música erudita. Estou à procura de um disco antigo de vinil que ouvia quando guri.

Vinhos e Merdas




É muito melhor beber vinho e dizer umas merdas, do que beber umas merdas e não dizer nada.

Postagem de MFC no Blog Coletivo Mínimo Ajuste.

Por falar em vinho, esse do Alentejo que está ai em cima, Porta da Ravessa é um bom custo benefício. Recomendo.

Serra disse apenas o óbvio. Mas, no Brasil, o óbvio se reduz ao nada.


Segundo o  tio Rei, meia tonelada de cocaina (isso é pó para não botar defeito)  foram apreendidas pela Polícia Federal  no Mato Grosso do Sul ontem de noite.  A droga vinha da Bolívia.
Evo Morales é cocaleiro. Quem compra dos cocaleiros? Ora, os traficantes.
Existe interesse dos cocaleiros em reprimir o tráfico?
É evidente que não.
Há, por acaso,  interesse de Evo em reprimir o tráfico de drogas prejudicando seus companheiros cocaleiros?
Serra disse o que tem de ser dito.
Mas infelizmente, no Brasil de hoje, esse tipo de crítica à hipocrisia reinante parece não surtir nenhum efeito.
Lembro de Alckmin perguntando para Lula no debate, por quê motivos  ele nunca sabe de nada.
E o povo brasileiro -- em sua maioria -- deu razão ao pop presidente que acabou sendo reeleito.
Por isso eu faço todo o dia a mesma pergunta: a quem interessa manter o povo brasileiro na ignorância e na alienação?
A quem interessa?

Está Dificil


Pois está difícil para o Serra conseguir um vice com densidade eleitoral. A vice perfeita é Marina Silva, que é canditada a presidente.
E o que sobra?
Apenas sobras.
A candidatura Serra vive momentos difíceis. Está para ser ultrapassada pela Dilma e isso pode significar para a candidata oficial uma vasta rede de alianças (PMDB e talvez PP).
Já estive mais otimista.
Mas como dizia Renato Russo, ainda é cedo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sobre Aloprados e Parasitas


Certa esquerda tem a  mania de explicar tudo pela via da luta de classes. O mundo em movimento, em total estado de contradição e dialética. E lá pelas tantas há uma pequena insurgência -- como ocorreu na Grécia -- quando desperta o clamor de que algo novo está no ar, pois como disse Marx, na célebre frase:  tudo que é sólido se desmancha no ar.

Os grandes problemas são sempre econômicos e fiscais.  E é impressionante como essa certa esquerda tem dificuldade em navegar e entender os mecanismos, as engrenagens das ciências econômicas e financeiras. Talvez falte estudo, vivência, informação, pois as explicações e conclusões são sempre simplórias, reducionistas e genéricas. É tudo na base do chutômetro ideológico e se pegar pegou.

E o Brasil, já há vários anos, vem adotando uma politica de superavit primário, sendo que o último resultado, de abril, foi de R$ 19,7 bilhões.

E com os olhos adulterados pela religião da ideologia o diário gauche de hoje lança a seguinte notícia bombástica. Continuo meu pitaco depois.


Poupança para honrar compromissos com parasitas foi de R$ 19,7 bilhões em abril
É o famigerado "superavit primário"
O setor público economizou R$ 19,789 bilhões no mês de abril para honrar compromissos financeiros, inclusive o pagamento de juros [leia-se, parasitas], contra R$ 11,950 bilhões no mesmo período de 2009, informou hoje (27) o Banco Central (BC). Essa informação é da Agência Brasil.
O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. No mês passado, os gastos com juros nominais somaram R$ 14,485 bilhões, contra os R$ 12,890 bilhões registrados em abril de 2009.
Segundo relatório do BC, o aumento da arrecadação do governo federal contribuiu para o resultado.
“Destaca-se, no mês, o desempenho observado na arrecadação de tributos federais, que apresentou crescimento de 22,9%, comparativamente a abril de 2009”, diz o relatório.
Se forem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal, que no mês foi superavitário em R$ 5,304 bilhões. Em abril de 2009, o setor público havia registrado déficit nominal de R$ 940 milhões.
De janeiro a abril, o superávit primário é de R$ 36,617 bilhões, resultado que corresponde a 3,41% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país. No mesmo período de 2009, o setor público o superávit primário foi de R$ 30,760 bilhões. Nos 12 meses encerrados em abril (resultado anualizado), o superávit primário corresponde a 2,17% do PIB (R$ 70,375 bilhões).
No primeiro quadrimestre, o Governo Central ( Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) contribuiu com R$ 25,453 bilhões para o superávit primário. Os governos regionais (estados e municípios) apresentaram primário de R$ 12,790 bilhões, enquanto as empresas estatais tiveram déficit primário de R$ 1,626 bilhão.
Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 59,464 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, contra R$ 52,838 bilhões observados no mesmo período de 2009.
De janeiro a abril, houve deficit nominal de R$ 22,847 bilhões , contra R$ 22,078 bilhões registrados em igual período do ano passado.
.............................
Quando há deficit, vocês podem observar, quem primeiro grita, esperneia, protesta furibundo, são alguns jornalistas da chamada área econômica. Claro, são os porta-vozes (fartamente remunerados) dos banqueiros e rentistas.
São a voz dos seus donos - os eternos parasitas deste País.

Meu pitaco:
A discussão não é tão simplista e genérica assim. É importante para o Brasil ter renda. E essa renda relacionada ao superavit é financeira, não se trata aqui valores do mercado de ações. Elas servem para remunerar  as aplicações do próprio mercado financeiro: os chamados fundos que, na verdade, são aplicações conservadoras. O dinheiro que o banco empresta ao  cidadão, ao agricultor, ao  pequeno e médio  empresário, ao consumidor é o mesmo que é arrecadado pelas aplicações nos fundos e que é guardado, via depósito compulsório, no Bacen que controla e administra tudo isso e determina o valor da taxa de juros mínimos a ser aplicada nas operações interbancárias (Selic).


E estão certos os jornalistas (remunerados ou não) que protestam contra os déficits, porque se o estado arrecada da população (sobretudo a de baixa renda que paga mais impostos) os tributos deve, da mesma forma, conter, equilibrar os gastos públicos. Isso se chama responsabilidade fiscal. A Grécia explodiu exatamente pela falta de responsabilidade fiscal e o pior, grande parte do dinheiro nem era interno, mas dos outros.

Vejam na notícia da agência brasil, o valor do déficit primário  relacionado com as estatais, 1,626 bilhão. Essa herança do atual governo um dia vai explodir.

E, ao mesmo tempo, nesse jogo de equilíbrio, deve o estado dar, sobretudo, à população de baixa renda um razoável serviço público, o que não acontece no Brasil de nossos dias. Nem hoje e nem ontem.

Recursos existem, falta organização, coragem e comprometimento.

A popularidade do nosso pop presidente está diretamente associada à política econômica imposta, controle e responsabilidade fiscal, metas de inflação, câmbio flutuante e "superavit primário".

E certa esquerda que apoia o Lula reclama exatamente do que efetivamente está dando certo em seu governo. Haja contradição.

388 Pessoas Foram Executadas no Irã em 2009


Ahmadinejad gosta muito de tapar os olhos de seus cúmplices

Lembram das  manifestações que ocorreram em junho de 2009, aqueles protestos  contra a reeleição de Ahmadinejad?  43 pessoas morreram e por conta daqueles atos até hoje estão bloqueados o Facebook e o Skype.

Entre agosto e dezembro de 2009, autoridades iranianas prenderam 5.000 indivíduos, entre políticos opositores, jornalistas, acadêmicos, estudantes, advogados, ativistas de direitos humanos e oficiais do Exército. Pessoas que  apenas acompanhavam os protestos a pé, sem gritar slogans, foram baleadas e presas..


Em algumas prisões, indivíduos tinham de ficar em contêineres cujos únicos buracos tinham sido feitos a bala. Um deles  chegou a ter 75 pessoas,  que tinham de ficar de pé, lado a lado, sem banheiro, com dejetos até os calcanhares. Os feridos tinham de se sentar ou se deitar.

Além disso, o Irã é um dos países que faz execução com a pena capital. São os chamados "julgamentos espetaculosos em massa" e de execuções, realizados por diferentes crimes. Só entre a eleição e a posse de Ahmadinejad, em 5 de agosto, foram 112 execuções. Em todo o ano de 2009 , foram 388, sendo ao menos 14 em público.

Quem diz isso não é este Blogueiro, mas a própria Anistia Internacional (leia abaixo) que vem dizendo:


A questão de direitos humanos no Irã é tão urgente quanto a nuclear. Em artigo publicado ontem na Folha.com.

Que Bom que o Serra é o 'Exterminador da Política Externa'


Marco Aurélio - toc toc - Garcia disse hoje que o candidato tucano José Serra é o "o exterminador do futuro da política externa" do país. , segundo o Uol.


Ontem, Serra disse que o governo boliviano, do esquerdista Evo Morales, "é cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil.

Serra disse que: "É um problema de bom senso. Você acha que poderia entrar toda essa cocaína no Brasil sem que o governo boliviano fizesse, pelo menos, corpo mole? Eu acho que não", disse Serra, que definiu a afirmação sobre a suposta conivência do governo do presidente Evo Morales com o tráfico de drogas como "uma análise": "Eu não fiz uma acusação". A cocaína vem de 80% a 90% da Bolívia, que é um governo amigo, não é? Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disso. Quem tem que enfrentar esta questão? O governo federal."

Toc toc Garcia rebateu:  "O presidente Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa. Ele quis destruir o Mercosul. Agora, quer destruir nossa relação com a Bolívia. O Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. Eu acho que talvez ele esteja pensando, na política de corte de despesas, em fechar umas 20 ou 30 embaixadas nos países nos quais ele está insultando neste momento", disse Garcia.


Não sei se Serra vai ganhar ponto com o eleitorado dizendo essas grandes verdades, mas comigo ele ganhou.
E vejam o nome do ministro da Presidência da Bolívia que reagiu às declarações de Serra:  Oscar Coca que disse: "Ele não tem nada que falar. Se possui provas, que as mostre, senão o cúmplice é ele", afirmou.

E a Colunista da Folha Eliane Castanhêde disse que essa declaração foi calculada por Serra. Não foi gafe, mas ato consciente e calculado. Abaixo.

Marco Aurélio é Toc Toc Garcia por isso aqui.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pelados Anônimos


Outro dia um cabra baixou o google earth no seu micro e foi verificar a imagem de sua residência, como todo mundo faz.  Feliz da vida ele foi aumentando o zoom até que viu um cara pelado na sua própria cobertura. Era ele tomando banho de sol num domingo de verão. E processou o google  por violação da privacidade. Se levou ou não levou eu não sei, mas que essa história (verdadeira) é esquisita, ela é.

200 Anos de Argentina



Por favor, não falem mal dos nossos 'hermanos', porque sou fã deles. Buenos Aires é um dos "charming places" da humanidade. Gosto da terra, gosto das calles, gosto das plazas, gosto da música, gosto dos parques, gosto do  vinho malbec, gosto da comida. E gosto, também, da maneira como eles jogam futebol. Não tem bola perdida.

As fotos da "fiesta hermosa na 9 de julio" são do Boston Globe.

Do Pessoa



O poeta português aos dez anos, em foto tirada em estúdio de Durban

" A decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração, se pudesse pensar, pararia. "

do Livro do Desassossego, pág.45, Cia das L:etras

Pescado de um post do Paulo Amaral no Mínimo Ajuste.

Aécio Não Será Vice de Serra

Notinhas na Coluna da Monica Bêrgamo, na Folha de hoje:

TAMANHO REAL

A decisão de Aécio Neves (PSDB-MG) de não ser o vice de José Serra (PSDB-SP) foi tomada "com base em análises, e não como vontade pessoal", diz pessoa da mais absoluta confiança do mineiro. Pesquisas do Vox Populi para o grupo do tucano mostram que só 4% dos que hoje votam em outros candidatos poderiam mudar para Serra caso Aécio fosse vice. Ou 0,4% do eleitorado do país.

DE IGUAL PARA IGUAL
As sondagens mostram que outros 14% podem mudar o voto (que hoje declaram em outros) caso Serra seja só apoiado por Aécio. "Nas pesquisas qualitativas, nosso eleitor diz preferir que ele esteja ao lado de Serra, como senador." E 40% declaram voto no tucano independentemente da decisão de Aécio.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Previously On Lost

A Turma de Lost, uns já morreram, outros vão morrer, quem vai sobreviver?

Hoje termina Lost. É o fim da sexta temporada e o fim de tudo. Hoje saberemos o que significa aquela ilha energética, onde as pessoas conseguem viver vidas paralelas. Dizem que a física quântica explica, mas é tudo muito complicado. A primeira e a segunda temporada são muito boas. Primeiro porque o fato da queda de um avião numa ilha deserta torna a história interessante. E depois quando se descobre que os passageiros do Oceanic não são os únicos seres vivos na ilha, que existem os "Outros", que ali existiu o pessoal do "projeto Dharma", a história começa a tomar outros contornos. Depois da terceira temporada,  o inverossímel começa a tomar conta. Existem outros tempos, para trás e para frente, viagem no tempo, outras dimensões, outras histórias, histórias paralelas, mas, apesar de tudo isso, Lost sempre conseguiu prender o espectador, sempre conseguiu cativar a curiosidade acerca do próximo capítulo que sempre começa assim: "previously on Lost."

A partir de amanhã tudo será diferente, porque não haverá mais "previously on Lost".

Chamem o "Super Cara" Para Resolver os Problemas das Coréias

Exército sul coreano realizou hoje operações militares perto de Seul.

Mais um Serviço para o "Super Cara"

Acabei de ler no Fala Ai do Pablo Vilarnovo detalhes interessantes sobre esse impasse envolvendo as duas Coréias. 

Tudo começou com o acidente envolvendo a Corveta Cheonan, da Coréia do Sul,  causando 46 mortes. Tudo está a indicar que a corveta foi atingida por um torpedo lançado de um minisubmarino norte coreano.

E o presidente sul coreano  Lee Myung-bak, conforme anota o Pablo Vilarnovo: sempre foi muito crítico e até mesmo hostil ao país irmão, porém tem tratado o assunto com maestria. Logo após o incidente não fez acusações, indicando que somente após as investigações algo poderia ser feito. Chamou especialistas de outros países para analisar os fragmentos encontrados no local do ataque e mesmo após as descobertas tem se mostrado pragmático e sem arroubos populistas.

Mas quem deu a ordem para execução dessa operação? Talvez, segundo o Fala Ai, não tenha sido o ditador Kim Jong II, mas  militares de altas patentes insatisfeitos com as últimas decisões do governo norte coreano.

Segundo o Fala Aí:

A intenção seria colocar o governo de Kim Jong Il em uma situação onde os privilégios dos militares seriam garantidos por uma situação de quase guerra. As mobilizações militares já começaram em ambos os países. Outro motivo seria um alerta dado pelos militares a Kim Jong Il de que quem realmente comanda o país são os militares. Isso demonstraria que o governo é apenas uma marionete dos militares em postos chaves na política e na economia norte coreana. Visaria também dizer para Kim Jong Il que se ele quiser que seu filho se torne o próximo ditador do país, ele tem que se comportar.

Inegavelmente, está mais do que na hora do nosso pop presidente entrar em ação. Ele é o "cara" indicado para resolver esses conflitos. Celso Amorim deveria agendar para ontem uma reunião urgente urgentíssima entre o "cara" e  Kim Jong II e, se possível,  os militares das altas patentes. A partir daí é só barbada, se formata um documento se atravessa a fronteira se discute com os líderes sul coreanos e o acordo está fechado. E será mais uma significativa vitória diplomática do grande negociador, o "super cara".

200 Anos de Uma Argentina Dividida

Reinauguração do Teatro Colón em Buenos Aires sem a presença de Cristina K.

E Tem Gente Que Aposta na Divisão

A Argentina foi a grande potência latino americana do início do século XX. Apesar de toda a crise Buenos Aires continua sendo uma grande cidade.

Hoje a Argentina se encontra dividida. De um lado o casal K. e de outro o prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, candidato a presidente em 1011 e o vice presidente Julio Cobos.

Na Folha de hoje:

Ontem à noite, Cristina Kirchner faltou à reinauguração do histórico teatro Colón devido à briga com o prefeito. Na semana passada, enviou carta ao prefeito dizendo que não participaria de situação "cínica" e "hipócrita".
Hoje, a presidente encerra as comemorações do Bicentenário com um jantar de gala na Casa Rosada, onde recebe 200 convidados, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os atritos internos, no entanto, deixarão de fora da festa o vice-presidente argentino, Julio Cobos, que está rompido com o casal Kirchner desde 2008.
O governo disse não ver motivos para convidá-lo.

Quanto Vale um Petista no Maranhão?

Quem diria, uma nova oPTante..

Na Revista Veja desta semana:

Diz-se nas ruas e no do interior do Maranhão que a família Sarney é dona do estado. O clã tem sociedade em tudo. Se algo está no Maranhão, pertence aos Sarney. Eles detêm participações em TVs, rádios, jornais, fazendas, mansões, ilhas, ONGs, fundações, holdings...



Nos últimos meses, na esperança de conquistar a única mercadoria que talvez ainda lhe escape, a família expandiu agressivamente os negócios. Passou a investir em petistas. Petistas? Sim, petistas – e no varejo. No mercado eleitoral do Maranhão, petistas aparentemente têm um preço.


Os mais caros podem custar 40 000 reais. Na promoção, alguns saem pela metade desse valor: 20 000 reais. Esta, ao menos, é a cotação estabelecida pelos Sarney. Nas últimas semanas, operadores da família procuraram integrantes da direção do PT maranhense para fechar negócio.

O produto a ser comerciado, no caso, é apoio político. A governadora Roseana Sarney, do PMDB, candidata à eleição, precisa desesperadamente assegurar a aliança com o PT, que chegou a declarar apoio ao candidato concorrente, do PCdoB.

A Professora Rejane Aposta Sempre na Divergência


Juro que não consigo entender porquê motivos os professores da rede estadual do RS elegeram uma pessoa como a professora Rejane Oliveira para presidente do sindicato CPERS. Ela é  raivosa, ela não é construtiva, não é convergente, ela é bsurdamente corporativista e não está minimamente interessada em melhorar as condições do ensino público. É claro, é evidente, é óbvio que para melhorar o ensino público é necessário que os professores recebam salários dignos. Mas não é só isso. É preciso mais. A Dilma, recentemente, deu sinais de que pretende implantar a meritocracia no serviço público caso for eleita, tal como tentou fazer a Yeda Crusius no RS e não conseguiu por causa do CPERS.  A Rejane Oliveira sempre foi contra essas inovações  e carrega consigo as sinetas barulhentas das raivosas minorias participativas.

Ontem o Ministério da Educação comunicou que vai realizar avaliações dos professores do ensino fundamental. Essa é uma proposta que deveria ter sido implementada faz muito tempo. Mas a Rejane Oliveira já declarou que é contra pelos seguintes motivos:

– Isso é um equívoco do governo federal. Já fazemos uma prova, quando realizamos o concurso público. Esta nova proposta do MEC faz com que haja uma padronização nacional. Não respeita as características regionais ou a realidade das escolas públicas brasileiras.

Este é o grande problema do serviço público, o servidor faz concurso para ingressar no serviço público e nenhum outro exame é feito posteriormente. Não há exigência, não há comprometimento, não há nada. E o que é mais preocupante é que os líderes sindicais no Brasil defendem o caminho do atraso, do status quo e do conservadorismo. Uma pena.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ingênuos Devaneios Esquerdistas ou Esse Pessoal Continua o Mesmo

Copio e colo (infelizmente, hoje estou sem tempo para dar pitacos maiores) do Diário Gauche o seguinte post que, na verdade, é uma declaração do economista Reinaldo Gonçalves, professor titular de Economia Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em entrevista concedida ao portal IHU/Unisinos, hoje.

Ser de esquerda é:


"Antes de mais nada precisamos escapar das fortes limitações das visões das 'raparigas em flor do keynesianismo' e dos 'heróis em sangue do marxismo'.
Penso que as escolhas e os caminhos são, sem dúvida, pela esquerda.
Insisto que este caminho significa reconhecer que o capitalismo é um sistema irracional que inibe a capacidade do ser humano de dar sentido à vida, ou seja, viver com dignidade, felicidade e liberdade.
Ser de esquerda é o combate permanente por um projeto de orientação socialista. É ignorância imaginar que ser de esquerda se restringe a defender bandeiras como progresso econômico, reforma social, democracia, integração regional e interesses nacionais. O centro e a direita também defendem estas bandeiras, de uma forma ou de outra. É má-fé imaginar que a distinção entre esquerda e direita se restringe ao ideário econômico via a armadilha binária “Estado versus mercado”. Defender um Estado que é capturado por grupos dirigentes corruptos não é ser de esquerda.
Ser de esquerda implica combater implacavelmente estes grupos dirigentes e os setores dominantes retrógrados.
Ser de esquerda implica compromisso com distribuição de riqueza (maior igualdade possível na distribuição de riqueza, renda e conhecimento), controle social do Estado (combater a apropriação do Estado por grupos dirigentes e grupos econômicos) e uso social do excedente econômico (tributação, planejamento e propriedade pública dos principais meios de produção).
Ser de esquerda implica rejeitar tanto a política externa do “vira-lata” como a do “camaleão falante” baseada em um antiimperialismo retórico, ocasional e superficial.
Ser de esquerda é contrariar o agronegócio e procurar o fortalecimento do padrão de comércio e a rejeição da reprimarização do comércio via commodities.
Ser de esquerda é contrariar o capital internacional e ter uma política seletiva e criteriosa em relação aos investimentos de empresas estrangeiras e não estimular e financiar com recursos públicos todo e qualquer tipo de investimento externo direto.
Ser de esquerda é reduzir as transferências de recursos para os rentistas da dívida pública e procurar investir pesadamente na maior capacitação tecnológica com saltos quantitativos e qualitativos na educação e no sistema nacional de inovações.
Ser de esquerda é contrariar os bancos nacionais e os estrangeiros e controlar os fluxos financeiros internacionais e não dar tratamento especial a estes fluxos.
Ser de esquerda é não fazer aliança com países avançados, como os EUA, para fechar rodadas de negociação da OMC somente para favorecer o agronegócio.
Ser de esquerda é não aceitar o pagamento de pedágio para participar de fóruns internacionais de eficácia duvidosa, como o G-20 financeiro.
Ser de esquerda é rejeitar reforçar o capital de instituições financeiras multilaterais como FMI e o Banco Mundial, cujas políticas tendem a submeter países frágeis a práticas que atendem, principalmente, aos interesses do capital internacional.
Ser de esquerda é entender que os principais adversários das transformações estruturais e de modelo estão dentro do próprio país.
Ser de esquerda é reconhecer que há um enorme hiato entre o poder potencial e o poder efetivo do Brasil na arena internacional.
Ser de esquerda é saber que, com as escolhas certas e as transformações estruturais, o país só terá peso efetivamente relevante no cenário internacional quando reduzir sua enorme vulnerabilidade externa estrutural e suas extraordinárias fragilidades internas, inclusive, as sociais e institucionais".

Meu pequeno pitaco:

Curioso, fui pesquisar esse professor da UFRJ e achei na web uma interessante entrevista que ele concedeu ao JB on Line em 2005 depois que ele escreveu uma carta pedindo desfiliação do PT e  ter rasgado e devolvido ao PT sua carteira de filiação. Ele disse, em 2005, o que discutimos hoje: o sucesso de Lula é sua política econômica que é continuação piorada do governo FHC. Quem diz isso não é este Blogueiro, mas um intelectual respeitado pelos próprios petistas.

- Na economia, Lula segue, de fato, a política de Fernando Henrique?

- Político geralmente não gosta de economia. Ninguém aprecia gerenciar passivos e há o problema da tecnicalidade. Como bom político, Fernando Henrique tinha um grupo de formulação estratégica. E era de primeiro nível. Não quero dizer com isso que a estratégia era correta. Mas havia essa visão. Havia rumo e prumo. Os economistas que exerciam as funções principais no governo eram excelentes. Tinham projeto e concepção estratégica. Quando surgia um problema econômico sério, o presidente os chamava, eles montavam o cenário e sugeriam políticas associadas, consistentes.

- E como é no atual governo?
- A política econômica, na minha avaliação, é uma tragédia, uma catástrofe. Os resultados são absolutamente medíocres. Você tem que descontar a conjuntura internacional extraordinariamente favorável dos últimos dois anos. Se a a conjuntura piorar, vai haver uma degringolada geral da economia brasileira.

"Congelando" Nixon


Fiquei impressionado com o filme Frost/Nixon.
Bem melhor do que imaginava.
Primeiro, porque o filme inicia com a renúncia de Nixon e aborda sua vida após os anos de glória no poder.
Segundo, porque não conhecia David Frost que arrumou  500 mil dólares para entrevistar o ex presidente.
As grandes redes americanas não se interessaram pelo assunto.
E foram 8 horas de entrevistas em 4 dias de duas horas.
Um contrato regulou o assunto.
Apenas 25% do tempo Nixon iria falar sobre o caso Watergate.
E a entrevista se transformou numa luta de estratégia.
Quem vai ganhar, quem vai sofrer o "knock down", o entrevistado ou o entrevistador?
E, no final das contas, a entrevista foi bombástica.
Alguém ganhou e alguém perdeu.

Tanto Nixon como Frost estão muito bem interpretados.
Frank Nangella e Michael Sheen estão ótimos.
O filme tem a direção de Ron Howard.
Recomendo.

Abaixo cenas da entrevista real que ocorreu em 1977.



Trailer do filme:

Cumplicidade Irresponsável


Volto ao bombástico assunto.

O  Irã vai continuar enriquecendo urânio, reprimindo a oposição e minorias, impondo rígida censura e  violando os direitos humanos  e, por agir assim, é um país que está  isolado, no cenário geopolítico internacional.

O 'acordo' realizado semana passada entre Brasil, Turquia e Irã serviu para tirar o Irã do isolamento, pois conta hoje com dois importantes atores e companheiros no tabuleiro do jogo geopolitico.

A Turquia faz fronteira com o Irã e é ator fundamental  para a região, é o elo de ligação entre a Europa, os EUA (existem bases americanas por lá)  e o país persa. Absolutamente normal que participe de algum tipo de acordo.

E o Brasil, afinal,  o que é?

De quem foi a brilhante idéia do Brasil atuar como mediador em terras distantes?
Aposto uma caixa de "pinot noir" :  foi a mesma cabeça que bolou que o Brasil deveria hospedar Manoel Zelaya.

sábado, 22 de maio de 2010

Quanto Custa a Traição?


Uma é jovem e seus olhos são fulminantes.
A outra está na crise da meia idade.
E os homens da história são apenas atores coadjuvantes.
Elas se aproximam.
E compartilham suas inseguranças.
Tudo é pago com dinheiro.
E, no final das contas,
foi apenas uma fase.

Essa é a curta síntese de Chloe. No Brasil tem um título  para chamar platéia --  'O preço da traição'.

E a  Julianne Moore continua charmosa, o Liam Neeson está botoxado  e a Amanda Seyfried é bonitinha, mas ordinária.

Direção do Atom Egoyan.

Saudade do Cinema de Rua


Cara, impressionante como o tempo passa!
Está fazendo 30 anos do lançamento do Império Contra-Ataca, segundo filme da série Star Wars.
Lembro de entrar numa enorme fila no centro de Porto Alegre, onde hoje praticamente não existem mais cinemas.
A vida passa e a gente tem de aproveitar.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cadê a Vitória, Cara Pálida ?

Nosso chanceler gosta de rezar vitórias.


Artigo do famoso e cultuado Jornalista Andres Oppenheimer publicado no Miami Herald e na Folha de hoje que pode ser sintetizado com a seguinte frase: o Brasil é um anão diplomático em sua própria região e tentar ser um gigante longe de casa.


O tropeço do Brasil no Irã


A autovitória diplomática do Brasil no Irã no início da semana levou comentaristas a afirmar que o país teria se convertido num novo protagonista da diplomacia mundial. Mas é provável que tenham se enganado, ou, no mínimo, falado antes da hora.


Em vez disso, o anúncio feito na segunda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que Brasil e Turquia tinham mediado um acordo com o Irã para resolver a crise internacional em torno do programa nuclear iraniano pode ficar na história como caso típico de megalomania diplomática.


O anúncio pode também levantar perguntas crescentes sobre o porquê de Lula estar tentando resolver sozinho os maiores problemas do mundo -como o programa nuclear iraniano ou, semanas antes, o conflito israelo-palestino- ao mesmo tempo em que praticamente não move uma palha para tentar mediar disputas que estão muito mais perto de casa, na própria América Latina.


Após firmar o acordo entre os três países durante sua visita ao Irã, Lula, enlevado, ergueu suas mãos com o homem-forte iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan e proclamou que o acordo foi "uma vitória da diplomacia".


Pelo pacto, o Irã concordou em enviar 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido à Turquia. Em troca, receberia mais ou menos um ano mais tarde 120 quilos de urânio enriquecido da Rússia e da França. O acordo é semelhante ao proposto em outubro por EUA, Rússia, China e Europa, que o Irã chegou a sinalizar que aceitaria para depois recuar.


Defensores do esforço de mediação brasileiro-turco observam que o Irã fez concessões importantes no novo acordo: até agora, Teerã vinha rejeitando a ideia de armazenar seu urânio no exterior e exigia que qualquer troca fosse feita de maneira simultânea.


Sanções


Contudo, horas apenas depois de Lula ter declarado vitória, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, anunciou que o governo Obama tinha fechado um acordo com Rússia, China, França e Reino Unido para impor sanções ao Irã.


Em outras palavras, as potências mundiais viram o trato feito pelo Irã com o Brasil e a Turquia como mais uma tentativa de Teerã de ganhar tempo enquanto continua a construir armas nucleares em segredo. Especialistas em proliferação nuclear dizem que o pacto Brasil-Turquia-Irã para reativar o plano de outubro foi falho porque as circunstâncias mudaram significativamente desde então: o Irã continuou a enriquecer urânio a todo vapor nos últimos sete meses.


Isso significa que o acordo prevê a troca de uma porcentagem muito menor do estoque de urânio iraniano do que previa o plano anterior. "Não acho que tenha sido uma vitória diplomática", diz Sharon Squassoni, especialista em proliferação nuclear do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington. "Foi, na verdade, uma iniciativa preventiva da parte do Irã para evitar novas sanções. Como tal, fracassou."

Vizinhos


Minha opinião: não há nada de errado em uma potência emergente como o Brasil tentar resolver grandes crises internacionais, apesar de Lula ter um histórico lamentável de sempre partir para o resgate de alguns dos ditadores mais implacáveis do mundo. Eu gostaria muito de ver o Brasil assumindo riscos para apoiar a democracia e os direitos humanos.


Mas por que o Brasil não tenta mediar o conflito entre Venezuela e Colômbia em torno das Farc? Ou a disputa prolongada entre Argentina e Uruguai em torno de uma fábrica de celulose na fronteira entre os países? Ou a disputa territorial entre Chile e Peru? Ou o conflito entre Equador e Colômbia suscitado pelo ataque de 2008 contra uma base da guerrilha colombiana no Equador?


O Brasil provavelmente considera que as disputas latino-americanas não fazem jus a sua estatura internacional. É possível que tema que exercer um papel pacificador maior na região seja acompanhado de responsabilidades econômicas que não deseja assumir.


Mas não é possível ser um anão diplomático em sua própria região e tentar ser um gigante longe de casa. Se o Brasil quiser ser um ator construtivo nos assuntos internacionais, poderia começar por comportar-se como tal em casa.

Tradução de CLARA ALLAIN

Nossos Amigos Pigs

Crack ou Grécia?

Campanha da RBS, no RS, contra o consumo do crack.

Nosso amigo Pobre Pampa faz uma interessante observação:

O que é mais importante auxiliar o crack ou auxiliar a Grécia?

A julgar pelos valores liberados pelo governo federal, ajudar a Grécia é mais importante. Afinal, lá foram US$ 286 milhões (aproximadamente R$ 500 milhões), enquanto para o combate ao crack, estão sendo prometidos R$ 410 milhões. Afinal, qual é o maior problema brasileiro: a crise grega ou a crise do crack?.

Meu pitaco:

O problema do crack é grave. Estive em Salvador,  Bahia, em fevereiro e perguntei a um motorista de taxi sobre a violência. Ele me disse, nunca tivemos esse problema por aqui. O baiano é paz e amor, mas com o crack tudo isso está mudando.

Como Fazer Justiça Fiscal?


O pessoal da Receita Federal no Rio Grande do Sul lançou um Blog (já adicionado ao Blog roll do depósito) sobre Justiça Fiscal.

Em um dos posts é apresentado o seguinte gráfico demonstrando  a carga tributária sobre a renda das famílias brasileiras.



Resumo da ópera, a população de baixa renda paga mais imposto do que as pessoas de maior renda. E em um país com grave desigualdade social isso é sim uma anomalia.

Mas não é aumentando imposto -- e a receita do estado brasileiro vem se avolumando significativamente nos últimos anos -- que se vai consertar este problema.

É que quem ganha menos sempre vai pagar mais imposto. A forma mais razoável de se corrigir essa "anomalia"  é aumentar a renda de quem ganha menos e para que isso ocorra é necessário melhorar a qualidade do serviço público para dar a população mais carente melhores condições de educação e formação profissional. E quem deve fazer isso é um estado organizado e bem formatado. Não é o caso do estado brasileiro que todos nós conhecemos.

Leia abaixo o post "Demistificando o Dia da Liberdade Impostos do Auditor Fiscal no Rs, Marcelo Ramos Oliveira.