Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

13% do território nacional nas mãos de 0,41% dos brasileiros


Pesquei do Blog do Reinaldo Azevedo. A gravura acima é de Portinari, o descobrimento do Brasil.



As reservas indígenas já somam 13% do território brasileiro (1.105.000 km²), onde, SUPOSTAMENTE, VIVEM 750 mil índios, 0,41% da população do país. Mas até isso é falso, porque tais números incluem os índios que já vivem nas cidades.Pois bem, vá lá... Mesmo com essa área gigantesca, correspondente a duas Franças, eles conseguiram a sua autonomia. Mesmo não vivendo mais da caça, da pesca, da agricultura primitiva, conseguem autonomia econômica? Não! Na maioria dos casos, tornaram-se Funai-dependentes. Temos 750 mil pessoas monopolizando 13% do território nacional, mas dependentes da caridade oficial. E que se note: a exploração econômica legal dessas regiões é proibida. Aquela terra sem pecados e sem competição, de que falou Ayres Britto, é má poesia indianista. Nem Gonçalves Dias caiu nesse conto. As reservas, na forma como estão hoje, não passam de um deliro de antropólogos que ainda sonham com o bom selvagem e que têm uma concepção de “povo indígena” um tanto zoológica — como se eles devessem ficar presos na jaula do preservacionismo.E eles não ficam. Nesses 13% do território brasileiro sob o domínio de reservas, a exploração ilegal de madeira e do garimpo corre solta, com índios metidos com o crime organizado. Pesquisem o caso dos cintas-largas: alguns deles são nada menos do que bandidos.Essa gente acredita que pode conter o progresso e a civilização de mercado com decisões cartoriais. É parte da loucura metódica do Brasil.

Os índios e a competição



O ministro Ayres Britto me perdoe, mas a história de que “os índios não competem entre si”, como disse em seu voto, é de amargar. É daquelas afirmações que ficariam bem, sei lá, em Cândido, de Voltaire — a título de ironia, como quase tudo o que era pensado pelo narigudo... Não só há a “competição” entre os fortes, como há a mais agressiva manifestação dela: a guerra entre nações.Os índios não-aculturados não têm é a “competição capitalista” — talvez o ministro tenha se referido a ela. Mas é esse o caso dos índios de Raposa Serra do Sol? Os grandes pecuaristas da região — índios — assim se fizeram na base da propriedade comunitária? Como Ayres Britto explica que haja índios empregados de índios na reserva?Dado o seu texto, parece que a maldita “competição” foi introduzida pelos arrozeiros. E isso é falso. Se os índios contrários à demarcação contínua, uma minoria, são influenciados por “brancos”, pelo fator exógeno, os favoráveis são parceiros do Conselho Indigenista Missionário e da Fundação Ford — que entende de competição...

Um comentário:

ZEPOVO disse...

O mundo civilizado, os europeus do primeiro mundo e mais recentemente os norte americanos sempre trataram os índios com chumbo.
No Brasil existiu uma verdadeira integração, apesar dos abusos temos muitos índios sobreviventes.
Nos EUA um dos maiores herois deles o Gal Custer foi um exterminador de índios e por isto heroi!
Agora todos querem se fazer de gente civilizada e pressionar o Brasil para fazer o que está fazendo, recompensar os índios com reservas enormes motivadas por intenções que são nebulosas até para estrategistas experientes...
Tudo isto só pode acabar mal!