Pois é, no empreguismo e na corrupção que sempre ocorreram nas nossas estatais, também pode ser pá e bola.
E a politização desse debate, segundo o senador petista pode atrapalhar o país:
"Vejo isso (politização) com preocupação. É necessário mudar a legislação em vigor, mas isso tem que ser bem estudado, analisar alternativas e modelos disponíveis para verificar o que melhor para a realidade brasileira. Precisamos aprofundar o assunto".
Também acho que o debate deve ser aprofundado. Os conceitos de soberania mudaram. Não se pode aplicar - aqui e agora - velhos e surrados conceitos. Soberania para quem? Para os donos do poder? Para os de sempre? Para os novos companheiros? O assunto não é apenas geopolítico. Há interesses ocultos como sempre ocorreu na história deste país. E os interessados estão em diversas frentes.
Investimentos em educação e saúde podem ser feitos com a receita da venda do petróleo. Chávez faz isso. Mas ele vai além da conta. Utiliza esses valores para outros fins, como alimentar os políticos, companheiros e guerrilheiros de sua frente de pensamento. Quando o governo - por si só - detém o monopólio da fonte de renda, ele se acha no poder supremo de fazer tudo o que vem a mente, inclusive calar pontos de vista. A gente sabe.
Então, como dizem os paulistas, essa, também, não é apenas uma decisão política e ideológica, mas também econômica.
A pergunta fica no ar: vale a pena ao Brasil e aos brasileiros abrir mais uma nova estatal, totalmente estatal, para explorar o pré-sal?
5 comentários:
É uma ótima pergunta. Mas vi em algum outro blog por aí que a ministra Dilma defende um modelo semelhante ao norueguês, que tem sim, duas estatais.
E não estou dizendo que isso deva ser feito aqui.
Na escala de corrupção mundial, a Noruega está entre as primeiras - as que não têm, ou tem pouca, corrupção. Poderíamos importar esta formula deles...
Na verdade, a tecnologia de exploração profunda é da Petrobrás - lider mundial neste campo. Esta nova estatal contrataria a Petrobrás para este serviço?
Ainda: a tal estatal norueguesa tem apenas 60 funcionários. A Petrosauro teria este número, também????
Eu duvido que uma nova estatal para isso tenha apenas 60 funcionários. E não sei se existe tecnologia para exploração em níveis comerciais de petróleo em tamanha profundidade.
Mas os modelos estão sendo examinados.
Então, vamos aguardar, mas devemos estar sempre alertas e vigilantes. Né mesmo?
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