Havia um projeto de parceria entre Brasil e Estados Unidos para utilização da Base de Alcântara no Maranhão para o lançamento de foguetes. Era um investimento pesado que geraria ao Brasil conhecimento, know how e aquela região seria utilizada como importante pólo de Atividade Espaciais. Isso na época do governo FHC. Certa esquerda chiou, colocou a boca no trombone, encheu o saco e disse que seria uma ameaça a nossa soberania, que seria um absurdo os gringos americanos utilizarem o fértil sólo brasileiro para desenvolver suas tecnologias etc. Resumo da ópera: o governo do PT tomou conta do Planalto e mandou o projeto para as núvens.
De lá para cá, a Base de Alcântara entrou em processo de grande decadência.
Em 2003 houve um acidente no Veículo Lançador de Satélite, VLS que matou 21 pessoas. Parece que somos competentes na incompetência.
Leio hoje na Folha que a base de Alcântara está tomada por ervas daninhas e capim. Ou seja, a base está em completo abandono. As verbas destinadas pelo Pnae (Programa Nacional de Atividades Espaciais) para a manutenção da base não chegaram, nenhum centavo foi desebolsado.
Segundo a Folha de hoje:
O presidente da AEB, Carlos Ganem, há cinco meses no cargo, disse à Folha que uma das razões para a baixa execução orçamentária é o fato de "não ter espaço para ser maior".Segundo ele, a questão pode ser vista como a relação "entre o ovo e a galinha. "A baixa execução pode estar ligada à inexistência de um mercado forte para atividade espacial", disse .
Por que não tem mercado, cara pálida? Porque a burrice ideológica tomou conta da cabeça das pessoas neste Brasilsão.
Continua a Folha:
O Pnae nem chegou a ser incluído entre os 101 programas prioritários do governo para 2008, segundo lista anexada à Lei de Diretrizes Orçamentárias elaborada no ano passado e que serviu de parâmetro para o Orçamento deste ano.As únicas ações do governo relativas a investimentos em Alcântara no Orçamento deste ano foram referentes a reservas de recursos -os chamados empenhos. Até o início de agosto, R$ 20,1 milhões haviam sido reservados, mas ainda estavam pendentes de execução.Desse dinheiro, R$ 20 milhões foram empenhados em julho, referente a "Estudos para a implantação do Centro Espacial de Alcântara". O valor, no entanto, permanece nos cofres do governo federal.Essa ação não constava da lei orçamentária anual e só foi criada no mês passado, juntamente com a abertura de um crédito extraordinário de R$ 40 milhões. A medida veio após contestações do TCU (Tribunal de Contas da União).A equipe técnica do tribunal detectou, no ano passado, um sobrepreço de R$ 122 milhões no edital de licitação para as obras do Centro Espacial de Alcântara, inicialmente orçadas em mais de R$ 600 milhões.Em março deste ano, apesar de os técnicos terem pedido a anulação do edital, o TCU decidiu manter a concorrência, sob a condição de a AEB reformular uma série de pontos no edital. No entanto, no dia 6 de junho, a própria agência espacial decidiu revogar a licitação e reformular o projeto.Até a primeira quinzena de agosto, o R$ 1,4 milhão gasto pelo governo em sete ações ligadas a Alcântara se referiam a despesas correntes, como pagamento de diárias e compra de material de consumo.No ano passado, os investimentos do governo em ações ligadas ao desenvolvimento da estrutura de Alcântara chegaram a R$ 39,3 milhões, segundo dados do Orçamento.
Blablablablablablablablabla, a mesma burrocracia de sempre.
3 comentários:
Isto lembra muito a reserva de mercado da informática, que nos manteve no atraso por tanto tempo. Tecnologia hoje é globalizada, gostem ou não! Não temos condições, realmente, de fazer pesquisa nesta e em muitas outras áreas. Mas temos condições excelentes de fazer parcerias que nos colocariam neste mercado... Ideologia não rima com tecnologia.
Em outro blog, Pampa, um pessoal está defendendo a nacionalizaçaõ de toda a indústria de base brasileira, em homenagem a nossa soberania!!! francamente, essa esquerda caolha tem o quê na cabeça?
Amerikanen passar know-how de fuguetes pra nois?! Nem morta santa! Assim como não passaram como se faz um processador, solda fria em placas mães e softwares de última geração. Convenhamos, seriam muito burros se passassem, não é? O máximo que foi concedido foi espetar placas e piratear os programas deles! Peguei parte do teu texto e cravei no search do google. Um dos achados:
http://hytha.multiply.com/journal/item/6/6
Salute
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