Em tempos difíceis as pessoas têm idéias inusitadas. Um amigo que era servidor público de uma estatal que foi privatizada e que ganhou uma boa graninha no Plano de Demissão Voluntária (PDV) não conseguiu se dar bem na iniciativa privada. Hoje ele está desempregado e está pensando em montar um negócio. Ele me disse que topa tudo. Outro dia ele estava no cemitério, no crematório acompanhando um velório e teve -- diz ele -- uma idéia genial. Foi um verdadeiro 'insight', ele me disse. Cara, olha só, certamente o crematório não queima o caixão. Ele queima só o corpo, mas é necessário o caixão para o velório. Aí eu pensei assim, vou fazer uma empresa que aluga caixão para o velório. E depois do velório, o crematório me devolve o caixão. A família do defunto vai pagar menos pelo caixão, porque não vai comprar, mas vai alugar. E o negócio pode dar certo. Ele me convidou para ser sócio do empreendimento. Basta comprar dois ou três caixões, nada mais que isso. Se o negócio melhorar e der certo, se compra mais. Não falei mais com a criatura, não sei se ele levou adiante essa idéia. Fiquei pensando no aviso luminoso, aberto 24 horas, alugam-se caixões.
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