Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O Paradoxo Boliviano


Os Filhos de Pindorama. Cannibalism in Brazil in 1557 as described by Hans Staden (b. around 1525 – Wolfhagen, 1579).


Existe uma linguagem de desenvolvimento que os índios nunca estiveram interessados em aprender. A cultura indígena americana é exatamente a que está na imagem ai de cima. Praticamente todas as civilizações pré colombianas eram canibais, inclusive os 'evoluídos' incas, aztecas e maias. Comia-se os inimigos para adquirir sua força, seu poder, seus hábitos. E a Bolívia é um país indígena que continua, ainda, patinando na linguagem do desenvolvimento econômico e social. Não é a toa que a área indígena boliviana, é a mais pobre, menos evoluída, com menos educação, mais insalubre, com mais problemas sociais. É, sobretudo, essa população de índios que apoia o Evo. Se eu fosse aymará eu também apoiaria Evo. Mas existe um discurso, um chavão barato, simplório e hipócrita que corre por ai que diz o seguinte: os índios são explorados e pobres porque sempre foram explorados por uma elite branca entreguista. Essa é uma meia verdade. Como, também, não existe uma 'verdade absoluta', essa afirmação deve ser melhor analisada. Há questões culturais, sociológicas, de linguagem, de aprendizado, de educação, de vontade, de valores que são intrínsecas às questões indígenas. Os compromissos, a linguagem, os valores, a cultura do mundo ocidental não são bem absorvidas pelos índios. Grande parte deles não está minimamente interessada em seguir e aprender a linguagem de desenvolvimento do homem branco, do capitalismo, do desenvolvimento social e é uma violência fazer com que esses índios aprendam essa linguagem. E essa é a verdadeira causa da divisão boliviana. Uns querem seguir uma linguagem de desenvolvimento econômico e social que deu certo em outros países e outros não estão minimamente interessados em seguir esse tipo de linguagem.

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