Ao menos 175 ex-militares já ingressaram na Justiça Federal em Brasília com ações contra a União pedindo indenização por danos morais, físicos e psicológicos sofridos durante o combate à guerrilha do Araguaia, na primeira metade dos anos 70, informa neste domingo reportagem de Sergio Torres, publicada pela Folha (a reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).
Alegam que, por ordem superior, tiveram que participar da captura, guarda e morte de guerrilheiros do PC do B. Outros 425 ex-militares estão prestes a entrar com ações indenizatórias idênticas. Em média, cada um pede R$ 500 mil de ressarcimento, o que soma quase R$ 300 milhões.
Eles afirmam que, passados 33 anos do extermínio dos guerrilheiros, ainda apresentam seqüelas psicológicas originadas do trabalho realizado na Amazônia, segundo eles sem treinamento prévio, sem orientação adequada e em condições insalubres.
A Advocacia Geral da União não reconhece o direito dos ex-militares de pedir indenização. Para a AGU, os episódios do Araguaia prescreveram cinco anos após os enfrentamentos, e os ex-militares não conseguem comprovar os danos. A contra-argumentação da defesa é de que a prescrição deveria valer a partir da divulgação de documentos oficiais sobre a guerrilha.
Alegam que, por ordem superior, tiveram que participar da captura, guarda e morte de guerrilheiros do PC do B. Outros 425 ex-militares estão prestes a entrar com ações indenizatórias idênticas. Em média, cada um pede R$ 500 mil de ressarcimento, o que soma quase R$ 300 milhões.
Eles afirmam que, passados 33 anos do extermínio dos guerrilheiros, ainda apresentam seqüelas psicológicas originadas do trabalho realizado na Amazônia, segundo eles sem treinamento prévio, sem orientação adequada e em condições insalubres.
A Advocacia Geral da União não reconhece o direito dos ex-militares de pedir indenização. Para a AGU, os episódios do Araguaia prescreveram cinco anos após os enfrentamentos, e os ex-militares não conseguem comprovar os danos. A contra-argumentação da defesa é de que a prescrição deveria valer a partir da divulgação de documentos oficiais sobre a guerrilha.
A guerrilha do Araguaia foi um movimento armado organizado pelo PC do B, na região do rio Araguaia, entre 1966 e 1974 contra o regime militar. O movimento visava tomar o poder a partir de uma revolução camponesa que iniciaria na região conhecida como Bico do Papagaio.
Pelo menos 80 militantes do PC do B participaram da guerrilha --entre eles, o deputado José Genoíno (PT-SP), que foi preso pelo Exército em 1972.
O Exército descobriu o núcleo guerrilheiro em 1971 e fez três investidas contra os rebeldes. A guerrilha propriamente dita começou em 1972. O movimento só foi vencido em março de 1974.
Estima-se que 16 soldados tenham morrido nas operações. O balanço oficial é de sete guerrilheiros mortos. Em seu último balanço, o Ministério da Justiça contabiliza 61 desaparecidos.
Segundo testemunhos, a maioria dos guerrilheiros foi torturada antes de ser assassinada e seus corpos foram escondidos numa "operação limpeza" feita por militares em 1975
Em 1982, parentes de vítimas da repressão à guerrilha do Araguaia entraram com processo na Justiça contra a União. Eles reivindicavam que o Exército apresentasse documentos para que pudessem obter atestados de óbitos dos parentes mortos.
No entanto, até hoje os arquivos da guerrilha não foram abertos e não se sabe com clareza o número de mortos e o local onde estariam os corpos de desaparecidos.
Leia a matéria completa na Folha.
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