Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 12 de agosto de 2008

Cabeça do Brasileiro: Não Confia em Político, Cobra Benefícios Pessoais e Pede Voto Facultativo


Os políticos estão mesmo em baixa neste Brasilsão. Mas eu pergunto, existe algum lugar do mundo onde os políticos estão em alta? Recente pesquisa da Vox Populi divulgada hoje na Folha on Line está a indicar o óbvio: a maioria dos eleitores considera que os políticos não cumprem as promessas que fazem, usam a política em benefício próprio e também afirmam que as eleições no Brasil não são feitas de maneira limpa.

Essa pesquisa foi encomendada a pedido da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).

Apesar desse descrédito, 51% disseram que iriam votar e 11% afirmaram que provavelmente votariam mesmo que o voto não fosse obrigatório. Outros 30% afirmavam que não votariam se não fossem obrigados.

Portanto, senhoras e senhores, voto facultativo já!!!!

Quando o tema é corrupção, a maioria dos entrevistados, 69%, afirmou desconhecer casos de compra e de votos. Eu, esse ingênuo ser, também nunca viu compra de votos. Mas deve existir por ai.

E os partidos políticos patinam neste Brasilsão:

A pesquisa também mostra que o partido político tem pouco peso na escolha do eleitor. Apenas 10% dos eleitores afirmaram que escolherão os candidatos nas próximas eleições mais pelo partido, enquanto 76% levarão em conta "mais a pessoa".
Na escolha do candidato, o critério considerado mais importante foi a proposta de trabalho, seguido pelos benefícios para a sua comunidade e a experiência do político. Esses três critérios são considerados importantes ou muito importantes para cerca de 90% dos entrevistados.
Já o partido político tem importância apenas para 54% dos eleitores.

E essa pesquisa também corrobora aquilo que o livro Cabeça do Brasileiro, do sociólogo Alberto Carlos Almeida já enfatizava. Existe sim uma tendência dos eleitores de quererem obter benefícios pessoais junto aos políticos eleitos:

Cerca de 95% dos entrevistados disseram considerar como obrigações dos vereadores discutir e aprovar leis e fiscalizar as contas das prefeituras.
Mais de 80% também listaram como obrigações, no entanto, ajudar a resolver problemas com órgão públicos e pagar despesas de hospital e enterro para pessoas necessitadas.
Em relação aos prefeitos, essas questões sobre assistencialismo são destacadas por cerca de 85% dos entrevistados.
O levantamento foi realizado entre os dias 27 de junho e 6 de julho, com 1.502 pessoas em todo o país. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.

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