Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Sábado Sem Sacolas Plásticas
Educar para a democracia ou para o mercado?
Marco Antônio Bomfoco
Alvaro Siza e Iberê
O arquiteto português, Alvaro Siza, admirando sua nova obra, o Museu Iberê Camargo em Porto Alegre.
Fiquei sabendo ontem que Iberê morreu pintando. Estava debilitado pelo câncer que corroia seu corpo. No seu último dia de vida pediu uma caneta para rabiscar alguns detalhes. Alguém foi correndo buscar na Casa dos Desenhos, no centro de Porto Alegre, o bendito instrumento. A viúva de Iberê tem esses desenhos até hoje. Eles estarão expostos no novo Museu Iberê feito por Alvaro Siza, com z. Foi ela, Dona Maria, que escolheu o arquiteto Siza para fazer a obra. Siza é que nem Iberê, atento a todos os detalhes. Siza não conheceu Iberê, mas eles são semelhantes. São artistas, são competentes. E hoje um grupo de blogueiros da vida, estão a criticar que a obras de Iberê apareça defintivamente para a humanidade, porque um empresário do aço resolveu bancar, mediante incentivos fiscais, a boa ação de um belo museu, numa área que antes não havia nada. Se não fosse esse empresário do aço, o Museu do Iberê não existiria e sua obra ficaria restrita ás exposições privadas dos mecenas da vida. Não vamos fazer aqui chantagens emocionais, porque isso não leva a nada. Apenas recomendo que certas pessoas pensem melhor sobre seus preconceitos. Porto Alegre tem seus ares provincianos, é certo. E tem gente que insiste que Porto Alegre fique cada vez mais provinciana.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Aviso aos Navegantes
Entre o Ser e o Nada eu fico com o Museu Iberê
Esse texto de Zero Hora, abre uma matéria sobre o pintor Iberê Camargo, falecido em 1994:
“Jorge Gerdau Johannpeter, 71 anos, é dos homens mais incomuns que se conhece, um dos mais respeitados do país e um dos mais invejados, líder empresarial de sucesso e projeção internacional. Comenta-se que o presidente Lula, desde o primeiro mandato, gostaria de tê-lo como ministro”.
Se o empresário Jorge Gerdau é diabético, hoje certamente passará mal com tanto açúcar. Mas e Iberê? Ora, Iberê. Quem mandou ser gauche na vida!
O negócio é usar recursos públicos para financiar um museu com nome de um "comunista" (como diziam) para satisfazer o ego narcísico da burguesia guasca. E que ainda vampirizam a obra de um artista que sempre repudiou (como classe) aqueles que interessadamente hoje o adulam.
Falando sério: o Museu Iberê Camargo de Porto Alegre, que estará aberto à visitação pública a partir de sábado, foi totalmente construído com recursos públicos.
Me explico: mais da metade dos recursos foram investidos pela estatal Petrobras, e o restante resulta de incentivos fiscais aproveitados pela iniciativa privada para investir em arte/cultura. Ou seja, o Estado faz uma renúncia fiscal com o objetivo de estimular o pseudo-mecenato de empresários como o senhor Jorge Gerdau Johannpeter, que nos olha sorrindo da capa de ZH (fac-símile), supondo que acreditemos na sua inexcedível generosidade.
Assim, se você – ilustre leitor, amável leitora – enxergar sábado em algum canto do museu uma lista de empresas privadas fazendo parte do rol de patrocinadores do projeto da construção do prédio projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza, saiba que esses recursos de patrocínio foram impostos não-pagos e não-recolhidos pelo Tesouro federal – portanto, objeto de renúncia fiscal, repetimos – e aplicados na edificação de cada molécula do Museu Iberê Camargo – um dos maiores artistas plásticos do Brasil, nascido em Restinga Seca (RS).
Jorge Gerdau – com diabetes ou sem diabetes – hoje está pingando narcisismo glicosado e nos saudando com o chapéu de cada contribuinte deste Estado.
Ignacio Ramonet - Um 'Intelectual' que Não é Sincero
FOLHA - Como vê o futuro de Cuba pós-Fidel Castro?
FOLHA - Pode haver uma mudança radical no sistema?
FOLHA - O senhor falou sobre como certas notícias "sérias" são muito aborrecidas. O "Granma" (jornal oficial do Partido Comunista cubano) não é extremamente chato? RAMONET - O "Juventude Rebelde" (jornal do movimento juvenil cubano) já está mudando bastante. Cuba está formando milhões de profissionais de informática, os cubanos no futuro, creio, terão acesso amplo à internet.
FOLHA - Em entrevista recente, o escritor paquistanês Tariq Ali disse que Lula não pertence ao "Eixo do Bem" em que estão Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Corrêa (Equador).
Além de Troglodita Ele é Desonesto....
Essas Imagens - Símbolo da Intifada - São Falsas
E Assim Caminha a Grande Mídia -Vendendo e Vendendo Bem
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Sándor Márai
O Desejo de Reparação do Caçador de Pipas
The Dumbest Generation - A Geração Mais Estúpida
O Cachê de Chávez
terça-feira, 27 de maio de 2008
Querem Derrubar Yeda
A Ideologia da Esquerda Latino-Americana
O Foro de São Paulo foi criado em 1990 como uma resposta de grupos de esquerda latino-americanos ao fim do comunismo – e agora, ao que tudo indica, está querendo ver seu renascimento. O tema da XIV edição do foro, que começou na quinta-feira, dia 22, e vai até domingo, dia 25, em Montevidéu, no Uruguai, é “A esquerda de América Latina e Caribe no Novo Tempo – A riqueza e a diversidade”. A cúpula do foro está convencida de que a esquerda da região venceu uma etapa – a de encontrar um lugar no mundo depois da derrocada da União Soviética.
Por isso, no documento de convocação para o evento em Montevidéu (que pode ser encontrado no site do PT) fala-se no “relançamento do foro”. O texto diz o seguinte: “Que as organizações integrantes do FSP que estão no governo em nível nacional ou regional façam um esforço para conceituar suas conquistas, coordenar suas ações em diferentes níveis, buscar objetivos comuns e transmitir em diferentes e permanentes formas suas experiências aos que lutam para ascender a funções governamentais.”
Essa diretriz fica mais clara quando se observa o sentimento geral que prevalece nas rodinhas de conversa nos corredores do encontro em Montevidéu. Os participantes estão extasiados com o fato de que as organizações políticas de que fazem parte estão no governo de quase metade dos países da América Latina. O objetivo para eles, agora, é dominar o resto. O assustador nesta meta é o tipo de esquerda que a cúpula do foro prefere ver no poder: a ênfase não está em administrações responsáveis como a da presidente chilena Michelle Bachelet (cujo partido também participa do evento), mas em regimes populistas e estatizantes como o de Evo Morales, na Bolívia, e Rafael Correa, no Equador.
Bastante revelador foi o discurso do secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, na cerimônia de abertura do Foro de São Paulo, na noite de ontem, dia 23. Alguns trechos:
“O neoliberalismo perdeu espaço. Nós avançamos, estamos em outro patamar. O PT quer reafirmar seu compromisso com esse foro. Temos a mais absoluta clareza que nossos adversários tentarão nos desunir. Temos a mais absoluta clareza que nossos adversários ideológicos e políticos tentarão nos desintegrar, porque sabem a força do momento que estamos vivendo. Queremos reafirmar: eles não conseguirão nos desunir. Permaneceremos unidos, combatendo o neoliberalismo.”
“É preciso apoiar o governo Evo Morales, na Bolívia. Esse governo tem pela frente uma difícil jornada no referendo convocatório. E nós temos que estar juntos, lutando pela defesa desse governo. Toda solidariedade e todo apoio ao governo [do paraguaio Fernando] Lugo.”
“Temos que combater com muito rigor as iniciativas criminosas de privatização do petróleo no México. (...) O petróleo é dos mexicanos!”
“A solidariedade a Cuba, meus companheiros, é mais importante do que nunca. Não podemos perder a referência histórica e simbólica que representa Cuba para todos nós.”
O discurso de Cardozo, em sintonia com os dos outros oradores da noite, revela alguns dos principais elementos que definem o foro:
A obsessão com o neoliberalismo – Segundo os participantes do foro, a América Latina é o que é hoje – pobre e irrelevante para o resto do mundo – por culpa das políticas de privatizações e de responsabilidade fiscal implementadas na década de 90 e pela ingerência americana nos assuntos internos dos países da região (leia abaixo). O ódio ao neoliberalismo é um recurso cômodo para os ideólogos do foro porque serve para qualquer coisa, mas não vai no cerne da questão. Este seria, na visão do historiador peruano Álvaro Vargas Llosa, o seguinte: as reformas liberais fracassaram na América Latina simplesmente porque foram incompletas, não por estarem equivocadas a priori. Segundo Vargas Llosa, em alguns países, por exemplo, as privatizações foram mal feitas e apenas substituíram o monopólio estatal pelo privado.
O antiamericanismo – Para a cúpula do foro, seus verdadeiros adversários não são os partidos de direita, mas os Estados Unidos. A tese é de que, se não fosse pelo desinteresse político que os americanos demonstraram pela região após a queda da União Soviética, a esquerda jamais teria chegado ao poder em muitos países latino-americanos. Os participantes do foro também estão convencidos de que os Estados Unidos continuam sendo uma ameaça e que por isso a esquerda precisa se unir. Disse Carlos Gaviria, ex-candidato à presidência colombiana, em seu discurso na cerimônia de abertura: “Estamos diante do império mais poderoso que a humanidade conheceu”. Na entrevista a VEJA, na quinta-feira, o secretário-executivo do foro Valter Pomar disse que, para fazer frente a esse império, é preciso “integrar a região latino-americana entre si”, em vez de aliar-se (leia-se: assinar tratados comerciais) com os americanos. No documento de convocação, a falecida Alca (Área de Livre Comércio das Américas) é apresentada como uma “nova forma de colonização e predomínio estadunidense de norte a sul do continente”. Por todo o documento há referências críticas aos Estados Unidos. Alguns exemplos: “a extrema periculosidade do Plano Colômbia, que é parte do orçamento federal dos Estados Unidos”, “a agressão de Colômbia a Equador, efetuada com premeditação e aleivosia mediante elementos de alta tecnologia fornecidos pelos Estados Unidos” e “persistentes agressões imperialistas”.
A solidariedade à ditadura comunista cubana – O discurso de encerramento da cerimônia de abertura – e o mais longo, também – foi feito por Fernando Ramírez, secretário de relações internacionais do Partido Comunista cubano. Sua fala foi permeada por gritinhos entusiasmados vindos da platéia e terminou, sob aplausos, com um retumbante “Viva la revolución! Viva el socialismo! Hacia la vitória, siempre!”.
O foro é um espaço de influência do PT na América Latina – O que o PT tem a ver com as privatizações no México, mesmo? Fundador do Foro de São Paulo, o partido brasileiro desde o início o utilizou para ganhar projeção e influência regional. A estrutura do Grupo de Trabalho (uma espécie de cúpula ideológica do foro) reflete isso. Com a palavra, Valter Pomar: “O Foro de São Paulo não é um conjunto orgânico. Como o próprio nome diz, é um foro que se reúne uma vez ao ano. Temos um Grupo de Trabalho composto por partidos de dezesseis países – basicamente aqueles em que, ao longo dos últimos dezoito anos, a esquerda se consolidou mais ou já tinha alguma força antes. A instituição permanente do Foro de São Paulo, portanto, é o Grupo de Trabalho. Os partidos que o compõem mudaram ao longo dos anos, mas o PT e o Partido Comunista cubano sempre fizeram parte. O Grupo de Trabalho se reúne uma vez a cada quatro ou cinco meses. O Grupo de Trabalho, no segundo ou terceiro foro, não me lembro bem, resolveu constituir uma secretaria-executiva, que é ocupada desde o inicio pelo PT. E o PT convencionou que a função deve ficar a cargo do secretário de relações internacionais do partido.”
Os representantes do PT no foro não se preocupam em defender os interesses brasileiros no exterior – A referência a Evo Morales e a Fernando Lugo são claras. Ambos têm como bandeira o nacionalismo energético, contra os interesses brasileiros. O documento de convocação do foro vai além: “A oligarquia de Santa Cruz [na Bolívia] e outros departamentos limítrofes organizam febrilmente um referendo ilegal, de caráter abertamente separatista, que aponta à divisão do país e à perda de sua unidade territorial com o propósito de manter em suas mãos a riqueza em hidrocarbonetos e gás e a grande propriedade latifundiária.” Primeiro, há nesse trecho uma distorção da realidade. O referendo de Santa Cruz, em que ganhou o “sim”, pedia para o departamento uma autonomia administrativa semelhante à que os estados têm no Brasil. Não tem nada a ver com separatismo. Segundo, o texto demonstra o desprezo do foro pelos bem-sucedidos produtores rurais de Santa Cruz, a esmagadora maioria deles brasileiros.
A reunião é um saco de gatos – A preocupação de Cardozo com a desunião dos membros do foro faz sentido: além do ódio irracional ao neoliberalismo, do antiamericanismo e da solidariedade à ditadura cubana, não há muitas outras idéias que unam os participantes do encontro. Há, por exemplo, o caso do Chile, que tem no foro um partido que está no comando do país e outro que lhe faz oposição. O secretário-executivo do Foro de São Paulo, o petista Valter Pomar, chamou a isso de “pluralidade” na entrevista que concedeu a VEJA, no primeiro dia do evento: “Se você me perguntar: o Foro de São Paulo é socialista? Vou dizer: não. O Foro inclui partidos de esquerda, com certeza, e muitos deles são socialistas. Outros são progressistas, que não escrevem o socialismo como tal em sua sigla. A idéia é de nos agruparmos com muita pluralidade, com uma crítica muito forte do neoliberalismo e na busca por uma alternativa.”
Valter Pomar Manda Tirar Jornalista da Veja do Foro S.Paulo
Curiosamente, a abordagem aconteceu poucos segundos depois de Valter Pomar, secretário de relações internacionais do PT e secretário-geral do Foro de São Paulo, avistar o jornalista de VEJA na platéia. Em seguida, ele saiu da sala, provavelmente para avisar ao segurança. A justificativa é que a imprensa não poderia participar daquela oficina.
A regra, pelo visto, só valia para VEJA: nos corredores do Foro, a reportagem conversou depois com quatro jornalistas uruguaios e um mexicano e todos garantiram que entravam e saíam livremente das reuniões, sem serem importunados. Em algumas salas, equipes de TV da Telesur e de um canal local registravam os debates livremente. Os seguranças foram orientados a manter a reportagem de VEJA longe das salas em que ocorriam as oficinas. O Foro de São Paulo vai até domingo, dia 25, e reúne cerca de 500 representantes de organizações e partidos de esquerda da América Latina.
Beto Brant e José Padilha no Fronteiras
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Toma-Lá-Dá-Cá
Guerrilheiros Não Morrem de Velhice - Clóvis Rossi
A Alegria do Cirque du Soleil
O Tempo e o Lugar
sexta-feira, 23 de maio de 2008
O Facão Indígena e as ONG´s Internacionais
Instituto Socioambiental (ISA), Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, International Rivers - Brasil, WWF, FASE, Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), Rainforest Foundation, Fundação Heinrich Boell, Survival International, Rainforest Concern, Indigenous People's Cultural Support Trust, Environmental Defense Fund, Suzuki Foundation.