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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 5 de agosto de 2008

E a Bolívia Continua Sendo uma Republiqueta


Leio no RS Urgente o seguinte post, em vermelho bem avermelhado. Eu comento depois.


Raul Zibechi analisa, no La Jornada, a importância, para a América Latina, do referendo revogatório que será realizado no próximo domingo (10), na Bolívia (a tradução do artigo está na Carta Maior):"O referendo revogatório de 10 de agosto pode consagrar uma decisiva vitória política do governo de Evo Morales e produzir assim uma virada que permita com que passe à ofensiva diante da direita do departamento de Santa Cruz. Neste dia, os bolivianos decidirão se confirmam ou revogam o mandato do presidente e seu vice, Álvaro García Linera, e de oito dos nove prefeitos departamentais. Com segurança, o governo conseguirá mais votos do que os obtidos nas eleições de dezembro de 2005, quando alcançou 53% . A oposição teme que vários dos prefeitos que apóiam a direita autonomista tenham seu mandato revogado pelos eleitores. O referendo foi convocado para frear a ofensiva dos autonomistas, que este ano promoveram vários plebiscitos nos departamentos da chamada “media luna”, que lhes deram vitórias com até 80% dos votos". Clique AQUI para ler mais.

Absurdo fazer um referendo desse tipo num país como a Bolívia, que é campeã de golpes de Estado. Isso não existe na Alemanha, nem na França, nem na Inglaterra e em nenhum país socialmente desenvolvido, mas na Bolívia existe. Francamente. Um governo sofre impopularidades tendo em vista medidas impopulares que as vezes os governantes têm que dar, como por exemplo, uma reforma previdenciária, trabalhista, administrativa ou que modifique o status quo de certas pessoas e fazer um referendo para revogar mandato no meio de uma gestão não é demonstração de progresso democrático, mas de demagogia. A Bolívia continua sendo, infelizmente, uma republiqueta.

6 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Seu Maia! Dá licença, vi que seu depósito tem mercadoria da boa, ganhei 15 minutos de leitura, e vi que um antigo Blog meu consta de sua Blogosfera - (Brasil Esperança).
Hoje estou lincando o seu como um dos meus.
Um grande abraço do Airton.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Legal, FErra Mula, vamos, então, trocar figurinhas.

José Elesbán disse...

Republiqueta é forte, não?
Bem ou mal, quando foi o último golpe de estado na Bolívia? Acho que foi antes de Paz Estensoro assumir na década de 1980. Em 85 ele lançou aquele plano aint-inflacionário que acabou com a inflação e quase acabou com a Bolívia junto, mas o país resistiu. De lá para cá tivemos rebeliões, levantes, renúncias, mas golpes, golpes mesmo, com prisão do presidente, militares invadindo palácios, acho que faz algum tempo que não acontecem. Talvez a democracia deles tenha mais tempo que a nossa.
Um referendo revogatório pode ser melhor que uma guerra civil, ou uma revolução sangrenta.
França não tem referendo revogatório, mas quando a maré anda ruim, o presidente exonera o gabinete.Na Alemanha idem.
Que tal a Tailândia, com seus periódicos golpes? Golpes de verdade, com prisão ou exílio do primeiro-ministro. Ah, lá não dá para chamar de "republiqueta", porque, afinal, é uma monarquia. Monarquieta? Mas é uma sociedade secular...
Ou o Paquistão, com seus governos taxados de corruptos, e seus militares golpistas? Cento e tantos milhões de habitantes. Republiqueta? Talvez uma republicazoneta?
Deixa os bolivianos fazerem a sociedade deles!

Carlos Eduardo da Maia disse...

A democracia boliviana não é mais forte que a nossa, sob hipótese alguma, Zé Alfredo. Eu sou daqueles que pensa que uma boa gestão está além e acima da ideologia. Existem linguagens de desenvolvimento e é só segui-las. Evidentemente que cada país tem suas características. E para alcançar desenvolvimentos econômico e social é nessário, fundamental realizar determinadas reformas. Muitas delas são impopulares, como a que o governo do PT fez na previdência (quando o PT era oposição era contra). Fazer plebiscito revogatório em sistema presidencialista em pleno mandato é uma forma de desestabilizar governos. Alemanha, Inglaterra, Itália são regimes parlamentares e a situação é diferente, o gabinete cai e novo governo assume, mas essas mudanças não geram - a priori - desestabilidade. Faz parte do regime. Por isso eu sou parlamentarista. Mas em regime presidencialista onde tudo é centralizado no poder executivo acho um imenso equívoco e uma grande demagogia falar em plebiscito revogatório. Saudações pluralistas.

Anônimo disse...

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