Dessa vez parece que os números das pesquisas não se equivocaram. Deu tudo como previsto. Fogaça ganhou de Rosário em Porto Alegre. Fetter ganhou de Marronim em Pelotas. Em Canoas, Jairo Jorge ganhou de Jurandir Maciel. Assisti agora o discurso de Jairo Jorge do PT que fez uma grande coalisão com diversos partidos, inclusive o PP e o PPS. Estavam ali o Paim, o Tarso Genro e o Mano Changes. Sim, o popstar Mano Changes que foi vice do Onix do Demo em Porto Alegre. Se o PT no RS quer mesmo ganhar alguma eleição tem que se espelhar no PT de Canoas que faz alianças, que é mais arejado do que o velho PT gaúcho que gosta mesmo é de uma boa divisão.
A derrota de Rosário ou a vitória de Fogaça é significativa: quase 59 a 41% dos votos. Na verdade, houve uma comparação entre gestões. O PT governou Porto Alegre por 16 anos e o Fogaça por 4. Rosário, em seu pronunciamento, disse força e luta para a militância, deu parabéns para o Fogaça e pediu para os eleitores que têm preconceito contra o PT, os antipt, que revisem seus dogmas.
No centro sul do Brasil a rejeição ao PT é realmente muito grande. Por que será?
E nos blogs da nossa gauche já estão culpando a mídia pelas derrotas do PT em diversas cidades.
A TV Com mostra cenas do helicóptero da RBS no final da tarde de domingo. A cidade está tranquila. É isso o que quer Porto Alegre: tranquilidade.
Um comentário:
O que eu vi aqui em Pelotas foi uma demonstração de anti-petismo. Dos que conheço que votaram em Fetter, o fizeram para cortar o PT. Incluo-me neste grande grupo. Fetter é, na melhor das hipóteses, irrelevante. Não fede nem cheira, como dizem. Na verdade, os dois candidatos pouco diferem, econômica ou politicamente falando. Aquela social democracia feijão com arroz que é só o que se tem no Brasil. A única diferença visível eu percebi no discurso, com Marroni encarnando o típico populista latino-americano, e o Fetter mais reservado e com ares mais “intelectuais”.
Mas enfim, o PT arrasta uma carga ideológica mais pesada. MST, neurose anti-americana, o repúdio ao capitalismo “neoliberal”, assistencialismo barato, redistribuição de renda... Pelo menos minha cidade parece um pouco farta disto.
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