George Bush tenta com as lideranças do Congresso retomar as negociações para aprovar o pacote que interessa a todos.
O eleitor americano está de olho. Lá o deputado é distrital. E o distrito controla e controla bem os passos do deputado. O pensamento simplista -- que também existe por lá -- é no sentido de que é um absurdo liberar dinheiro público para salvar bancos. O pensamento médio americano é liberal. Entendem eles que o mercado deve circular livremente, mas na hora em que uma instituição vai mal das pernas, que ela se dane. O deputado distrital que votar a favor do pacote corre o grande risco de não conseguir se reeleger.
São 700 bilhões de dólares em jogo. E dinheiro público.
E lá nos EUA, o impopular Bush não pode contar com medidas provisórias.
A encrenca, como se vê, é muito grande.
2 comentários:
Pois então, a questão é bem mais complicada do que parece. Mas lá, como aqui, medidas de caráter provisório podem muito bem se tornar a regra, e esse assistencialismo ao avesso pode se tornar uma constante.
Não creio que o ônus de entidades falidas deva ser transferido ao cidadão. Mas isto é uma questão de posicionamento político/ideológico. Um socialista, ao contrário, deve acreditar que sim, que quem deve pagar pela ingerência de entidades públicas ou não é o pobre contribuinte.
E concordo quando dizes que o americano médio é liberal, acreditando "que o mercado deve circular livremente, mas na hora em que uma instituição vai mal das pernas, que ela se dane"; é um posicionamento coerente com o liberalismo.
E faz sentido. Quando uma instituição não se financia, não gera divisas que possibilitem a continuidade de sua existência natural, então está dando prejuízos. E, neste caso, deve sim desaparecer, caso não consiga se adequar.
Os EUA não se tornaram uma potência econômica sem razão. Nem os países liberais e capitalistas do mundo estão na vanguarda de graça, ao contrário do que ocorre com a retaguarda socialista...
Apesar de postar como anônimo, me chamo Carlos, encontrei teu link no blog Pobre Pampa e gostei da tua page.
Abraço!
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