Apoiadores do presidente deposto, Manuel Zelaya (acima), cantam o hino nacional hondurenho em frente à residência presidencial, em Tegucigalpa.
Os Blogs de esquerda estão eufóricos. Existe um fato novo no ar. Um golpe de estado na América Latina. Foi o que ocorreu este fim de semana em Honduras. Fazia tempo que isso não acontecia. Estamos evoluindo.
Quero deixar bem claro que a posição do redator deste Blog é contra qualquer tipo de golpe de estado. Somos, portanto, solidários ao presidente deposto, Manuel Zelaya. Não importa que ele seja alinhado com Chávez. O que importa é que ele é o presidente legítimo de Honduras e tentou realizar uma consulta popular para verificar a possibilidade de sua reeleição.
Manuel Zelaya foi eleito pelo partido liberal, mas se alinhou com Hugo Chávez, fez a Honduras se integrar à ALBA (bloco bolivariano liderado por Chávez) e, segundo a deputada Myrna Castro que rompeu com Zelaya: Estou a favor dos programas sociais, o problema é que se fez uma campanha de luta de classes entre ricos e pobres, com ataques constantes ao setor privado.
Ou seja, Manuel Zelaya, apesar de liberal, fazia um discurso mais radical, de antagonismo social, e que, evidentemente, trouxe desconfortos para as velhas oligarquias.
Mas nada disso justifica golpes e golpismos.
Um comentário:
Existe um jeito certo e um jeito errado de fazer as coisas. E neste caso, pelo pouco que li, nenhum dos lados jogou de forma honesta. O tal jeito certo foi solenemente ignorado.
Oras, o presidente tentava dar um golpe branco, usando a fórmula chavista: fazer uso de consultas populares para enterrar a constituição do país e acumular no executivo poderes absolutos. Mais um caudilhete regional para turminha do sem-vegonha da Venezuela.
Mas, vejam só, os milicos foram mais rápido e deram um contragolpe com apoio do Congresso.
Não vou ser hipócrita: não apóio golpe nenhum, nem esse, mas entre os dois fico com os milicos. Que resolvam eles seus problemas. Apesar do sr. Hugo Chavez, que detesta o intervencionismo "yakee" já estar ensaiando uma intervenção.
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