Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Prova Cabal do Nosso Atraso


Matéria de capa da ZH de hoje divulga a descoberta de rede de extermínio comandada por traficantes de dentro das maiores prisões gaúchas escancara o descontrole sobre o uso de celulares entre apenados. Há pelos menos seis anos são discutidas fórmulas para impedir o ingresso dos aparelhos nos presídios, como instalação de bloqueadores, mas até hoje nenhuma medida mais rigorosa foi adotada.

Entre autoridades, é unânime o sentimento de que os presos estão mais ativos em suas práticas delituosas por causa dessa facilidade de comunicação com o mundo exterior. Até mesmo na cadeia mais vigiada do Rio Grande do Sul, a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).– O crime organizado é gerenciado pelos presos da Pasc – afirma o delegado Ranolfo Vieira Junior, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais.Ranolfo se refere a assaltos a bancos e carros-fortes, tráfico de drogas, extorsões e homicídios.– O celular na mão de um preso é a mesma coisa que uma arma – interpreta o promotor Gilmar Bortolotto, da comissão de fiscalização dos presídios do Ministério Público.Recente levantamento da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) revela que, nos primeiros cinco meses do ano, 1.018 aparelhos foram apreendidos – com visitantes ou nas celas. A média é de seis celulares apreendidos por dia, três vezes mais do que em 2005, por exemplo.E isso que a Lei de Execução Penal foi modificada em 2007, incluindo como falta grave a posse de celular, aumentando o tempo de pena em mais um sexto para quem for flagrado com o aparelho.Estimativas policiais indicam que, para cada celular apreendido, existam outros três em poder dos presos. .

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