Manifestação pró Mousavi em Teerã hoje.
Recebo do Pedro Dória, ali na minha lista de Blogs, a notícia de que o Irã está bombando. Os eleitores do Mousavi estão nas ruas protestando contra a fraude eleitoral.
13h50 – Nate Silver, o mestre estatístico, revê seu comentário inicial e quebra em miúdos os números da eleição iraniana para concluir em dois posts que, histórica e demograficamente, eles não fazem qualquer sentido.
13h35 – A conta de quantos ainda não está fechada mas, mesmo sem autorização do governo, dezenas de milhares de iranianos (quiçá centenas de milhares) foram às ruas de Teerã e de todas as principais cidades do país. (Mousavi diz que não teve tempo de avisar a todos que não ocorreria. Certo, certo.)
Os gritos: “Sem medo! Sem medo! Estamos todos juntos!”
Mousavi finalmente apareceu e, do topo de um carro, anunciou que estava pronto a encarar uma nova eleição. Ao seu lado, o também candidato derrotado Mehdi Karroubi deu apoio. E o ex-presidente Mohammad Khatami pediu que Khamenei anule a eleição.
Os batalhões de choque, diferentemente do que ocorrera no sábado e domingo, desta vez não partiram para cima da incrível multidão. Mantiveram a distância.
11h25 – Nos comentários, Bruno Mota faz a análise dos números das eleições recentes do Irã:
Os resultados da eleição implicam que a fração dos eleitores que votou em um candidato conservador mais do que dobrou em relação ao padrão histórico (16-24% anteriormente, 53% agora), e que a fração dos eleitores que apoia Ahmadinejad cresceu 49% entre 2005 e 2009.
Em suma, devemos acreditar que, apesar do seu entusiasmo aparente, os reformistas decidiram ficar em casa ou mudaram de lado, enquanto os conservadores recrutaram com sucesso a juventude do pais e compareceram em massa pela primeira vez desde 1997.
11h10 – O Daily Telegraph, um dos bastiões da imprensa britânica, informa que circulam no Irã números que põem Mousavi com 19,1 milhões de votos, Mehdi Karroubi com 13,4 milhões e Ahmadinejad com 5,7 milhões. O jornal diz que não conseguiu ainda confirmar tais números, embora eles estejam se dissipando pela blogosfera do país. dica do Saladino
Mir Hossein Mousavi pediu a suspensão das passeatas em seu nome de hoje à tarde. Segundo o Telegraph e vários outros sites jornalísticos, o medo é de que a polícia estivesse armada com munição de verdade.
Segundo a cobertura do site Tehran Bureau, no entanto, as multidões estão indo às ruas.
9h25 – A oposição a Ahmadinejad está convencida de que o medo do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, é que por trás da eleição dos reformistas se esconde uma ‘Revolução Verde’, à moda das Revoluções Rosa (Geórgia), Laranja (Ucrânia) e Tulipa (Quirguistão). Não seria uma eleição, portanto, mas uma mudança de regime.
Na carta ao povo iraniano divulgada ontem, Mir Hossein Mousavi pedia ao povo que fosse às ruas pacificamente abraçar o regime, enquanto dizia não a Ahmadinejad. Hoje, na grande manifestação que toma conta de Teerã, ele pediu que todos levassem imensos retratos do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica.
13h35 – A conta de quantos ainda não está fechada mas, mesmo sem autorização do governo, dezenas de milhares de iranianos (quiçá centenas de milhares) foram às ruas de Teerã e de todas as principais cidades do país. (Mousavi diz que não teve tempo de avisar a todos que não ocorreria. Certo, certo.)
Os gritos: “Sem medo! Sem medo! Estamos todos juntos!”
Mousavi finalmente apareceu e, do topo de um carro, anunciou que estava pronto a encarar uma nova eleição. Ao seu lado, o também candidato derrotado Mehdi Karroubi deu apoio. E o ex-presidente Mohammad Khatami pediu que Khamenei anule a eleição.
Os batalhões de choque, diferentemente do que ocorrera no sábado e domingo, desta vez não partiram para cima da incrível multidão. Mantiveram a distância.
11h25 – Nos comentários, Bruno Mota faz a análise dos números das eleições recentes do Irã:
Os resultados da eleição implicam que a fração dos eleitores que votou em um candidato conservador mais do que dobrou em relação ao padrão histórico (16-24% anteriormente, 53% agora), e que a fração dos eleitores que apoia Ahmadinejad cresceu 49% entre 2005 e 2009.
Em suma, devemos acreditar que, apesar do seu entusiasmo aparente, os reformistas decidiram ficar em casa ou mudaram de lado, enquanto os conservadores recrutaram com sucesso a juventude do pais e compareceram em massa pela primeira vez desde 1997.
11h10 – O Daily Telegraph, um dos bastiões da imprensa britânica, informa que circulam no Irã números que põem Mousavi com 19,1 milhões de votos, Mehdi Karroubi com 13,4 milhões e Ahmadinejad com 5,7 milhões. O jornal diz que não conseguiu ainda confirmar tais números, embora eles estejam se dissipando pela blogosfera do país. dica do Saladino
Mir Hossein Mousavi pediu a suspensão das passeatas em seu nome de hoje à tarde. Segundo o Telegraph e vários outros sites jornalísticos, o medo é de que a polícia estivesse armada com munição de verdade.
Segundo a cobertura do site Tehran Bureau, no entanto, as multidões estão indo às ruas.
9h25 – A oposição a Ahmadinejad está convencida de que o medo do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, é que por trás da eleição dos reformistas se esconde uma ‘Revolução Verde’, à moda das Revoluções Rosa (Geórgia), Laranja (Ucrânia) e Tulipa (Quirguistão). Não seria uma eleição, portanto, mas uma mudança de regime.
Na carta ao povo iraniano divulgada ontem, Mir Hossein Mousavi pedia ao povo que fosse às ruas pacificamente abraçar o regime, enquanto dizia não a Ahmadinejad. Hoje, na grande manifestação que toma conta de Teerã, ele pediu que todos levassem imensos retratos do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica.
Enquanto isso em Genebra, na Suiça:
Lula discursa em Genebra.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Genebra que "não há provas" de que tenha havido fraude nas eleições iranianas e afirmou que pretende definir uma data para visitar o país no ano que vem.
"Veja, o presidente (iraniano Mahmoud Ahmadinejad) teve uma votaçao de 61, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude", disse Lula em entrevista.
"Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos", afirmou o presidente.
Lula afirmou ainda que a polêmica em torno da reeleição de Ahmadinejad não muda os planos de visitas entre representantes dos dois países. Ahmadinejad cancelou uma visita ao Brasil marcada para maio deste ano, afirmando que queria esperar o fim do processo eleitoral no seu país.
"Ele viria, pediu para esperar o processo eleitoral, mas pode vir na hora que quiser, eu recebo do mesmo jeito", disse Lula.
3 comentários:
Num gesto imoral e inconstitucional, Lula opina a respeito das eleições no Iran. É claro que houve alguma fraude, mas se houver outra eleição, este mentecápto irá ganhar novamente. O que não pode é nosso Presidente ficar intromentendo nos assuntos internos do Iran, pois isso é proibido por nossa Constituição, querendo aparecer como o grande presidente do Planeta Terra.
O mundo está caminhando para traz e cada vez mais imcapacitados alcançam o poder e isso muitas vezes graças à democracia. Então, se o povo quer o retrocesso, que o provemos. Talvez assim, abreviaremos o fim da humanidade, ou quem sabe, sairemos dessa fase e atingiremos um grau mais elevado de dissernimento a respeito dos reais valores que um lider deve possuir e praticar.
Maia,
Por favor, divulgue o anti-blog da Petrobrás
http://petrobrasdadosefatos.wordpress.com/
Prezado Fernando, ontem assisti os jornais da noite. Todos os chefes de estados foram cautelosos. O único que foi diferente foi o Lula. Conheço o Blog da Petrobrás e repito o que venho dizendo: pode a direção de uma estatal fazer um Blog oficial para defender seus interesses particulares e partidários?
um abraço
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