Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 13 de julho de 2009

O RS da Galhofa


Presidente do CPERS protocola pedido de impeachment contra governadora Yeda (PSDB-RS).

Muito bom o artigo do advogado Carlos Dirnei Fogaça Maidana publicado na ZH de ontem.

Salário do magistério. Mas que salário?

Trata-se de uma galhofa a discussão travada entre o Cpers e o governo do Estado, através da SEC, sobre a média salarial do magistério.De um lado, temos o Cpers, uma entidade de classe incompetente na sua função, apenas com a representatividade legal da classe, já que hoje não possui mais liderança; por isso não consegue discutir com objetividade os demais problemas da educação, restringindo-se a questões de ordem salarial. De outro, um governo de Estado fracassado e frágil capitulando para os segmentos com maior poder de pressão; contudo, empedernido para com os desprovidos de uma representação efetiva, no caso, os professores.Carente de uma postura adequada, o Cpers não discute e não procura desenvolver o processo ensino-aprendizagem, comprometendo, dessa forma, a ação basilar do aperfeiçoamento integral do aluno, o que diminui, sobremaneira, a capacidade do educando de aprender a conviver em sociedade, ser civilizado, polido e cortês.

É possível, nesta linha de raciocínio, imaginar a omissão dos educadores e governantes como a causa do aumento da criminalidade.Tanto o Cpers quanto o governo do Estado se mostram incompetentes, também, por não conseguirem implementar, no sistema educacional, efetivamente, a educação inclusiva, razão pela qual não se diminui o distanciamento entre as políticas públicas de inclusão e as práticas de educação formal.A educação, como processo do ensinar e do aprender, é uma realidade em constante evolução; então, a prática educativa formal deve ser motivo de debates e aprimoramentos permanentes. O Cpers, entretanto, não discute educação. Discute salários e vantagens pessoais. O governo do Estado, por sua vez, não é diferente. Pensa na arrecadação, porém para investimentos em áreas de menor importância social, desconsiderando que aplicação em educação não é gasto e sim poderoso recurso de prevenção, formador de cidadãos produtivos, críticos, conscientes. Investir na educação é garantir o retorno para uma sociedade mais justa e equilibrada.

O governo Yeda, engessado por uma estrutura de poder putrefato, com ameaças de investigação, com denúncias não esclarecidas de uso do poder para autoproteção, bem como com suspeita de colaboradores envolvidos em práticas não recomendáveis para quem exerce cargo público, é inábil para administrar um Estado que exige um governante corajoso, empreendedor e competente, comprometido com a ética e a seriedade.
A governadora Yeda está perdendo a grande oportunidade de presentear o povo gaúcho com uma gestão austera e objetiva, com determinação para remover os entulhos administrativos que comprometem a estrutura de poder e prejudicam todos, mas, de maneira especial, os necessitados de remédios, de hospitais, de escolas, de segurança.
É incompetente o governante que conhece a realidade da sua administração e dos seus liderados e, por submissão, nada faz para resolver os problemas sociais, transigindo em nome daquilo que não é do interesse público, mas sim de grupos de interesses.A governadora deveria estar discutindo a diminuição do teto salarial, que é de R$ 22.111,25, ao invés de fomentar uma polêmica inócua sobre a média salarial do magistério, se é mais ou menos do que R$ 1 mil. Deveria, da mesma forma, questionar, no STF, a constitucionalidade da lei das incorporações de funções gratificadas, que, vergonhosamente, permite que o governo do Estado remunere uma função gratificada por inúmeras vezes, contrariando o bom senso, a probidade administrativa e a legalidade dos atos administrativos.Se considerarmos a remuneração dos servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul, podemos afirmar, com segurança, que o professor recebe uma espórtula e não um salário, motivo por que é preciso rever e resolver tal situação vexatória em nome da cidadania e da dignidade humana, valorizando o educador com um salário decente, que lhe dê tranquilidade para exercer suas tarefas docentes de forma qualificada.

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