Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quem te Viu e Quem te Vê....


Emocionado, Mercadante faz a defesa de ...Sarney no Senado ontem.

"Não há governabilidade sem aliança do PMDB.
PSDB e DEM nunca nos deram espaço e é verdade que também nunca demos a eles, mas queremos ter aliança e queremos que ela continue"

(...)

"Disse publicamente e quero repetir da tribuna: não me parece uma boa atitude a que estamos assistindo, por exemplo, a atitude da bancada do DEM [de pedir afastamento de Sarney]. Estiveram na Primeira Secretaria durante todo o período em que estive nesta Casa. Como simplesmente se retirar neste momento e dizer que a responsabilidade da crise é exclusivamente do presidente? Isso não ajuda".

Senador Aloisio Mercadante, PT/SP ontem no Senado.

Se eu fosse um "belo adormecido" e acordasse ontem na hora do discurso do Mercadante no Senado eu não acreditaria.

Quem diria, o velho PT de guerra, defensor da boa moral e da melhor ética está agora defendendo com unhas e dentes o velho Sarney, imagem típica do Brasil feudal.

Em nome da governabilidade se faz tudo, inclusive manter as alianças com a banda podre do Congresso Nacional. Assim fez o governo FHC e assim faz o governo Lula.

A política é mesmo a arte da hipocrisia.

7 comentários:

charlie disse...

O Brasil produz políticos de primeira qualidade. O que falta em retórica, em sofisticação cultural, sobra em hipocrisia, carisma e cara-de-pau.

Carlos Arruda disse...

Mas e o postdo Diário Gauche, Maia, o grampo? Vives elogiando o Mendes como jurista. Ele estava certo ao fazer um escândalo sem nem indícios consistentes? (já não digo provas). Ele fez vários juízos antecipados sobre caso, e públicos, como é do seu feitio, acusou pessoas, pressionou as instituições que diz preservar, etc.
Certamente seu objetivo não era cumprir a lei, e se não era fazer política, então qual era?
Como fica essa desmoralização? (sic - ele já não tinha moral nenhuma)

É bom ver os discursinhos de quem diz que leu Sandor Marai, mas certamente não entendeu, darem lugar a tentativas de ironia pobre. Pobre Marai, tomara que saia de moda logo, pra ser lido por quem o entende.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Ironia pobre, Carlos Arruda? O PT -- que sempre defendeu a boa moral -- defendendo o Sarney que é o resumo de tudo aquilo que há de mais podre na política nacional?

Sándor Márai sentiu de perto a hipocrisia do discurso de certa esquerda que se diz democrática, mas adora respirar os ares da intolerância. Márai teve de sair de seu pais natal, a Hungria, para se exilar nos EUA, tendo em vista a invasão daquele país pelo exército soviético. Infelizmente, Márai se suicidou pouco tempo antes da queda do muro de Berlim. Márai foi um gênio.

Carlos Arruda disse...

Certamente quem critica o comunismo mas apóia stalinistas como Marisa Abreu pode falar em hipocrisia.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não sei sobre a militância do passado de Marisa Abreu. O que eu sei é que o ensino público no RS e no Brasil anda calamitoso. E para mudar é necessário que o gestor tenha o pleno poder de administração. O CPERS não quer que isso ocorra, pois defende, com unhas e dentes, um PCS do ano de 1974 que engessa qualquer tipo de gestão. Acho que Marisa Abreu faz bem e levar adiante um projeto de mudança estrutural, é disso o que o serviço público necessita para se tornar eficiente a quem efetivamente precisa> a população de baixa renda.

Carlos Arruda disse...

Realmente "a população de baixa renda" precisa de enturmação, escolas de lata, achatamento salarial dos docentes, último lugar entre todos os estados em investimentos em educação. Tudo isso é coisa de "PCS do ano de 1974 que engessa qualquer tipo de gestão". Neoliberalismo já, capitaneado por uma stalinista para ter um requinte maior de crueldade.

Carlos Eduardo da Maia disse...

A população de baixa renda precisa de serviço público que funcione. Os números do ENEM estão a mostrar a grande barreira que existe entre o ensino público e privado... no Brasil inteiro. É fundamental que essa diferença diminua, que o ensino público seja razoável, seja bom e que forme cidadãos e prepare para o mercado de trabalho. O governo Yeda, apesar de todos os seus graves equívocos, pelo menos é o único que está se preocupando em modificar as antigas estruturas. Falam em enturmação, mas o contingente de turmas enturmadas (um absurdo, por exemplo, turmas de 5 alunos!) é muito pequeno. E acho que não tem que despejar dinheiro público para o ralo de uma estrutura que sabidamente não funciona. Tem, em primeiro lugar, que modificar essa estrutura para depois investir e aportar os recursos necessários, mas tem gente que se preocupa apenas em manter o status quo, esses são os verdadeiros conservadores.