Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Os Grupos Criminosos do Estatismo


Tem gente que gosta de afagar vampiros
Leio no Diário Gauche de hoje, mais uma crítica à imprensa malvada da Província de São Pedro. Comento depois.

Que grupos criminosos se apoderaram do Detran?

Eis a questão.Quando um jornal não quer informar, faz como Zero Hora. Vejam a matéria intitulada “Uma autarquia do barulho”, na edição de hoje do diário da RBS. Além de se tratar de um texto escrito com o dedão do pé, parece alguma coisa sobre bloco de sujo do carnaval. O Detran é do “barulho”, para o jornal ZH. Que meiguice.É uma “missão espinhosa” para o Palácio Piratini (o sujeito da oração é o Palácio, pasmem) manter alguém à frente do Detran.“As conclusões da Operação Rodin indicaram uma fragilidade estrutural, que ajuda a explicar por que os presidentes do Detran não duram muito tempo no cargo”. Fragilidade estrutural? Os caras roubam quase 50 milhões de reais e o jornal (desinformativo) chama de “fragilidade estrutural”. Só falta constatar que há um feitiço no Detran, e por esse motivo – plenamente justificado, à luz da razão e de métodos científicos avançados –, os presidentes da autarquia são ejetados de suas cadeiras institucionais. “Especulações mais ousadas apontam que pode tratar-se da existência de pregos na cadeira da presidência do departamento encarregado do trânsito” - poderia ser uma linha de trabalho do jornal ZH, emprestando um ar misterioso à edição de hoje.Mais adiante, o texto fica mais atrevido: “Pela tese dos agentes federais, grupos criminosos se apoderaram de determinados contratos...”.Que coisa! Sério, agentes federais constroem teses? Grupos criminosos se apoderam de contratos? Tudo muito estranho. Que grupos criminosos seriam esses? Seriam gangues de “bebês japonêses”? Seriam quadrilhas de “bêbados de porta de bar”? Ou talvez “comunistas infiltrados”, os mesmos que teriam provocado a morte de Marcelo Cavalcante, segundo o primeiro-ex-marido, Carlos Crusius? Pode tratar-se, também, de “perseguidores macarthistas”? Ou os “inimigos do déficit zero”? Ou a temível máfia dos “montadores de frágeis palanques” que há semanas cometeram um atentado covarde contra a governadora? Quem sabe as "torturadoras de criancinhas"?Muito bem. Nós fizemos a nossa parte. Apontamos diversos suspeitos de terem se apoderado de “determinados contratos” do Detran.Que tal, agora, os editores do jornal ZH reunirem dois ou três dos seus consagrados repórteres investigativos e mandá-los a campo para que nos revelem a verdade límpida e fria sobre o Detran/RS?Mal podemos esperar.


Minha chapuletada:


O Detran sofre dos mesmos males de qualquer estatal. E tem gente, vejam, que acredita, como objetivo de vida e de fé, um Brasil - melhor e possível - completamente estatal. O problema do Detran e das estatais é a administração política. E alguns cara pálidas não enxergam isso. O ex secretário Busatto, na conversa gravada pelo vice governador Feijó, tocou na casca da ferida. Hoje um governante para se eleger e poder governar necessita (e esse é o grande problema da política nacional) lotear a administração pública aos políticos aliados. Na administração da Yeda, ao PP coube o Detran, ao PMDB o Banrisul e assim vai. E o governo do PT faz a mesma coisa no plano nacional. Os correios para o PTB, a Petrobrás para o PT. E assim caminha o Brasil na direção do engessamento estatal patrocinado pelos políticos (de todos os partidos) e tem gente que quer manter essa mesma estrutura, aumentando, ainda mais, o estatismo no Brasil. São interesses de grupos privados que sempre caminham e gravitam nas sombras do poder. E a picaretagem política toma conta: É Diógenes de Oliveira, é Lair Ferst, é o filho do Sarney, é o Daniel Dantas... O Brasil precisa, com urgência, modificar as estruturas da administração pública. Tem que fazer uma revolução no Estado brasileiro para que ele funcione, com relativa eficiência, para a população de baixa renda. A quem interessa a exclusão social? Incluir o povo brasileiro no padrão de qualidade de vida é interesse convergente. O problema do Brasil não é de babaquice simplória ideológica, mas de gestão que deve ser técnica e não política.

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