Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
domingo, 31 de janeiro de 2010
O que que a Bahia tem?
Estou indo para a Bahia.
Comer uns acarajés
Ver umas tartarugas
Tomar banho de mar morno
Ficar deitado debaixo dos coqueiros
Falando com a vida
Ouvir João Gilberto ou Carlinhos Brown
Festejar Iemanjá
A rainha do mar
O Boa Voz no Momento da Rendição
Estava na praia e tocou hoje de manhã no walkman.
Moment os Surrender
Me amarrei com fios
Para os cavalos correrem livres
Brincando com fogo até que o fogo brincou comigo
A pedra era semi-preciosa
Nós estavamos semi-conscientes
Duas almas espertas demais para estar no reino da certeza
Mesmo no dia do nosso casamento
Nós nos colocamos em chamas
Ó Deus, não negue ela
Não é se eu acredito em amor
Mas se o amor acredita em mim
Oh, acredite em mim
No momento da rendição
Eu fiquei de joelhos
Não prestei atenção nos transeuntes
E eles não prestaram atenção em mim
Eu estive em todos os buracos negros
No altar da estrela negra
Meu corpo se tornou um recipiente de esmolas
Que esta implorando para voltar, implorando para voltar
Para o meu coração
Para o ritmo de minha alma
Para o ritmo da minha inconsciencia
Para o ritmo que se lembra
Para ser libertado do controle
Eu estava apertando os numeros de um caixa eletronico
Eu podia ver no reflexo
Uma face me encarando
No momento da rendição
De visão sobre visibilidade
Eu não prestei atenção nos transeuntes
E eles não prestaram atenção em mim
Eu estava correndo no metro
Pelas estações do cruzamento
Todos os olhos olhando para o outro lado
Contando para quando a dor iria parar
No momento da rendição
De visão sobre visibilidade
Eu não prestei atenção nos transeuntes
E eles não prestaram atenção em mim
sábado, 30 de janeiro de 2010
I've got the brains, you've got the looks - Let's make lots of money
Assisti esta semana, num canal Globosat, entrevista que a Marîlia Gabriela fez com ela. E ela estava com TPM e, mesmo assim, ela é tão suave, tão doce, tão, tão, tão bonita. E o sucesso dela nasceu num BBB da vida. Quem diria...
Ela é tão talentosa.
Tão tudo.
Não sei o porquê (dizem que existe sempre um porquê) lembrei de um hit antigo do primeiro disco do Pet Shop Boys que dizia mais ou menos isso: Eu tenho o cérebro, você tem a aparência, vamos fazer muito dinheiro...
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Lula Quer Renovar a Concessão da "Privataria" para Beneficiar Dilma
Lula vai renovar "privataria" para gerar benefício$ para campanha de Dilma
O tempo é o senhor da razão.
Nada como um dia após o outro. Uma das teclas que o PT gosta de martelar em relação ao governo tucano de FHC são as famosas privatarias -- a concessão de serviços públicos e atividades econômicas que podem muito melhor serem executados nas mãos da iniciativa privada do que dos aparelhos estatais.
Aliás, o art. 173 da CF de 88 é claro que a atividade econômica somente poderá ser exercida pelo estado quando se tratar de imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo. É o que está dito ali na chamada "constituição cidadã".
Não tem cabimento o estado ficar administrando empresas de telecomunicação ou do setor elétrico. O controle estatal desse serviço que continua sendo público deve existir, mas mediante regulamentação. FHC instituiu no Brasil o modelo de regulamentação dos serviços públicos e das atividades econômicas com o surgimento de agências nacionais regulamentadoras e fiscalizadoras dessas atividades exatamente para canalizar e concentrar a atuação do estado no que efetivamente importa: educação, saúde, segurança e na administração do estado, esse ente - insisto - que deve regulamentar e fiscalizar.
Certo ou errado esse é o modelo proposto, de acordo com a carta de 88, que foi muito criticado pelo Lula, quando ele gostava de fazer oposição e pelos seus companheiros de partido que volta e meia continuam a bater na tecla da privataria. As licitações ocorreram e houve competição em todas elas. O preço ofertado foi o preço licitado. Pode até ter havido, aqui e acolá, um agio para este ou aquele político, como parece ocorrer não só aqui, mas como também no mundo socialmente desenvolvido.
E vejo agora que o Lula - o "cara" se recupera de sua crise hipertensa porque que anda meio estresado --
vai renovar aquelas mesmas concessões da época de FHC, que vencem entre 2015 e 2020 que foram acusadas de privataria, mediante medida provisória, conforme matéria de capa da Folha de hoje.
Com essa medida, bem se vê que o governo do PT não quer fazer novo leilão, o que poderia fazer, mas não quer.
O que está por trás disso?
Ora bolas, a candidatura Dilma -- ela sempre foi ligada a àrea energética -- porque com a concessão ela pode receber belos dividendo$ políticos e financeiro, of course.
Então, companheiras e companheiros, uma coisa que o pessoal que defende a candidatura da Dilma não vai poder acusar o Serra, que foi ministro de FHC, de ter instituído a "priivataria",porque ela foi renovada pelo governo do PT.
Definitivamente, o tempo é o senhor da razão. E que bom que é assim, porque o debate eleitoral deve ir além desse discurso babaca da 'privataria".
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
"The Catcher In The Rye" Não Morreu
"O apanhador no campo de centeio", "The catcher in the rye", "À espera no centeio", segundo a tradução de Portugal, é um grande livro que retrata magistralmente a angústia do adolê típico.
Na época, li, reli e "trili". Eu me identificava com Holden Caulfield, que tem no livro 16 anos. Uma obra louca de tão bem escrita, sempre em primeira pessoa. Quem é ou quem foi adolê sabe muito bem que não se pode viver sem estar revoltado. Um adolê que se preze tem que ter esse tipo de angústia com os pais, os irmãos, com a escola, os colegas, as primeiras namoradas e o Holden vivenciava exatamente aquilo que os adolês sentem. E o Salinger se foi, mas o catcher (deve ser interpretado como aquele que pega a bola no beiseboll) fica.
Onde Está o Melhor do Evento?
Tipico participante do FSM. Dá para debater com quem bate palma para idéias tontas?
O Guimas, o nosso amigo Guimas está a dizer, ele sempre diz coisas do tipo: o FSM é de esquerda, esquerda não presta, o FSM não presta.
O Senna, o meu velho amigo Senna -- um dos Dantons que jamais serão vencidos-- está a dizer: "No entanto, os gaúchos apenas querem enaltecer o "mais pior" do evento."
Quero dizer ao Guimas que o mundo seria uma chatice sem a notável participação da esquerda. Que a construção da democracia, seu aprofundamento, e a necessária inclusão social dos excluído passa, necessariamente, pelo crivo da nossa esquerda. Mas qual esquerda estamos falando? O redator deste Blog se considera sim um esquerdista liberal e poderia muito bem frequentar o Fórum Social Mundial e debater idéias modernas e arejadas para um mundo melhor e possível, como por exemplo a necessária (perdoem aqui os meus amigos liberais) regulamentação dos mercados. Mas no FSM não existe nenhuma possibilidade de se debater idéias modernas e arejadas, basta ver quem participa do evento. Será possível debater regulação dos mercados com J. P. Stédile ou Lilian Celiberti ? Não é preconceito, é constatação, é fato, as pessoas que tem voz no evento estão muito mais interessadas em discutir estratégias, processo, passos para a organização das esquerdas e dos movimentos sociais do que propriamente debater alternativas razoáveis para a construção de um mundo melhor.
Quero dizer ao Senna que encontrar no FSM "o mais melhor do evento" é algo praticamente impossível, porque a porralouquice tomou conta do evento. Os carapebeus dominam os debates. E discutir com carapebeus, como bem sabemos, é perda de tempo.
Por Favor Me Expliquem o Que é Lulismo?
O presidente pop se recupera da hipertensão
Lulismo é uma nova palavra que deve ser incluída nos dicionários da lingua portuguesa. Lulismo significa as políticas -- conservadoras ou não, mas nunca revolucionárias -- implementadas pelo governo do presidente Lula do tipo Bolsa Família. Mas não apenas isso, significa também a aliança que o governo Lula faz com o conservadorismo Brasuca, mais notadamente a indicação do tucano Meirelles no Banco Central e outras do tipo. Segundo dizem, essas política implementadas transformou a vida de milhões de pessoas que pertencem à base da pirâmide social brasileira e que votaram em Lula, sobretudo na eleição de 2006, porque refratárias das discussões morais do mensalão de 2005.
Houve assim, uma mudança no perfil dos eleitores do PT que eram, inicialmente, egressos da classe média brasileira, sobretudo nas grandes cidades e na eleição de 2006, quem votou em Lula foram exatamente as famílias de baixíssima renda. A classe média, ao contrário, votou no tucano Alckmin. Esse mesmo fenômeno de captação de votos nas populações de baixa renda, ocorre na Venezuela, na Bolívia, no Equador e na Argentina. As cidades de Caracas e Buenos Aires (redutos da classe média) elegeram candidatos de oposição aos governos Chávez e Cristina K. Na eleição de 2010 no Brasil não tenham dúvidas, esse fenômeno se repetirá.
A grande crítica que o pessoal mais à esquerda faz é que essa política implementadas pelo "lulismo de resultados não geram uma consciência de classe, um espírito de luta social e esse fenômeno trouxe uma transformação dentro do PT. André Singer escreveu um artigo sobre o assunto, “Razões Sociais e Ideológicas do Lulismo" que está no UOL e que recomendo. Diz ele, o PT foi um partido que se construiu sobre a ideia de que a luta de classes deveria ocupar o primeiro lugar na cena política. E a luta de classes é, por definição, um conflito social, que ameaça a ordem. Então o PT, que procurou construir uma organização autônoma da classe trabalhadora, se ergueu sobre a ideia e sobre a prática, porque foi um período de greves muito intensas, de que o conflito era positivo. Esse setor do eleitorado tem dificuldade para aceder a essa compreensão até porque é um setor que não pode se organizar, por exemplo, não participa de sindicato, porque não é formalizado. Está aquém das condições de participação da luta de classes. Então, para esse setor, a manutenção da ordem é um valor. Simultaneamente a isso [à manutenção da ordem], o governo Lula promoveu uma série de programas que, no seu conjunto, fizeram com que a qualidade de vida deste setor tivesse uma mudança positiva importante. Se a gente for pegar cada programa isoladamente, ele não talvez represente essa mudança. Mas se olharmos para o conjunto do Bolsa Família, dos aumentos do salário mínimo, da redução do custo da cesta básica e de dezenas de programas focalizados, como Luz para Todos, regularização de terras de quilombolas, construção de cisternas no semi-árido... Se reunirmos esse conjunto, a gente vai observar que o governo executou um conjunto de políticas que transformou a vida de milhões de pessoas que pertencem a esse setor que depois veio a aderir ao presidente Lula.” (...)“É preciso compreender bem o que é a natureza desse conservadorismo. Ele é um conservadorismo muito "sui generis". Ele é ao mesmo tempo conservador e não conservador. Ele é conservador num aspecto: ele recusa o conflito social. Ele quer mudanças dentro da ordem, mas ele quer mudanças. Esse setor do eleitorado apoia vigorosamente a intervenção do Estado na economia, por exemplo. Se a gente entender essa dialética, há uma transformação na qualidade do voto, a partir da adesão ao presidente Lula, o centro e a direita não podem mais fazer o discurso que foi muito eficiente da eleição de 1989 até a eleição de 2002, a de que Lula e o PT representam desordem. Esse tipo de eixo foi quebrado.” (...)“Acho que há uma repolitização em bases novas. O professor Francisco de Oliveira tem razão ao assinalar que há um fenômeno novo. Por que é novo? Por que o lulismo mistura elementos de esquerda e de direita. Nesse sentido ele reembaralha as cartas ideológicas de uma maneira nova, e obriga tanto o centro quanto a esquerda e a direita a se reposicionarem diante de uma articulação ideológica e social diferente. Com relação à questão do subperonismo, acho que estamos numa fase de transição, em que não sabemos em que forma política essa força social vai se cristalizar. Eu diria que existe uma possibilidade de que ela cristalize no próprio PT. Acho que ainda é cedo para a gente falar em modelos antigos. (...) “O fenômeno do lulismo, se a minha hipótese estiver correta, é que as pessoas que mudaram de condição de vida e identificaram essa mudança com um projeto político encabeçado pelo presidente Lula devem se manter leais a esse projeto. Essa seria uma possibilidade, mas é claro que a história vai se construindo de uma maneira inesperada.”
“Do mesmo modo como Marx, ao tentar explicar a ascensão do Luís Bonaparte - ninguém esperava que Luís Bonaparte ganhasse as eleições de 2 de dezembro de 1848. Ganhou para surpresa de todos analistas. Essa é a meu ver a genialidade do Marx, ter percebido que ele recebeu os votos de uma parcela enorme da população francesa que tinha dificuldades estruturais para se organizar. Hoje eles estão organizados, naquele momento era muito difícil. Eu fiquei pensando nesses trabalhadores que vivem na informalidade no Brasil, que vivem no setor de serviços, ora estão empregados, ora desempregados, muito em empregos domésticos, que têm muita dificuldade em se expressar. Eles têm de expressar suas aspirações a partir de cima, de alguém que venha de cima. E num certo sentido eles recusam essa organização eleitoralmente, ao não votar no Lula e no PT até 2002. Até eles terem a certeza da ordem.”Weber viu isso com clareza quase cem anos atrás: em democracias presidencialistas, uma liderança carismática, como é o caso do presidente Lula, que tem muita expressão eleitoral, ela se torna uma força enorme dentro do partido que tem vocação eleitoral. O partido fica observando qual é a direção que essa liderança vai dar. Esse é um fenômeno que não tem novidade em relação a isso, sobretudo nas democracias presidencialistas. O presidente Lula tem um peso enorme dentro do PT.”
O Choro Mais Novo da Nossa Gauche: O Presidente Pop Não é Soberano
Leio no Diário Gauche que comenta a decisão do Banco Central de manter os juros básicos, Taxa Selic, em 8,75% a.a.
"O presidente Lula, o presidente mais pop da história brasileira, perdeu um pouco mais a sua soberania.
É pop, mas não é soberano.
De que vale toda essa popularidade?
Para entregar a rapadura aos banqueiros? Para fortalecer o direitista ministro Jobim junto aos milicos com interesses econômicos? Para barganhar com a dignidade humana no que diz respeito à política nacional de Direitos Humanos? Para sentar sobre os novos índices nacionais de produtividade no campo, por puro medo do agronegócio parasita? Para que a CTNBio paralise as pesquisas sobre os malefícios do consumo de alimentos que contém transgênicos? Para anistiar de forma vergonhosa os devastadores e incendiários da Amazônia?
De que vale mesmo toda essa popularidade do presidente Lula?
Apenas para alimentar a sua legítima vaidade pessoal?"
Ah, Esses Juízes
A juíza da suprema corte americana, Ruth Bader Ginsburg (esq.), cochila durante discurso do presidente Barack Obama, que durou mais de uma hora, no Congresso em Washington. Obama prometeu estimular a criação de empregos e impor novas regulações a Wall Street.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A Tribo Toda em Dia de Festa
Em cima da pedra existem dois companheiros bebendo.
Em que década estamos?
Woodstock é aqui
Esses não podiam faltar: o pessoal das bandeirinhas vermelhas.
A "lindinha" parece que ama o regime de Cuba
O preto Zé, ora bolas!
O comandante do barco turístico em busca da clientela. Onde ela está?
Os militantes da grife Guevara e o adesivo Fora Yeda.
Olha o Vinicius tremulando entre o Zumbi e o Che!
Borguethinho, alinhado com a direita, segundo os Blog da nossa gauche, toca a sanfona!
Banca de DVD's Cult Pirateados. Tinha até o Discreto Charme da Burguesia de Buñuel. Super chic.
O pessoal do Candomblé estava lá. Saravá, meu pai.
Que Fauna!
Segunda-feira, fim de tarde muito bonito, com direito ao por do sol do Guaíba, cartão postal da cidade, ali na Usina do Gasômetro. Curioso, quis dar uma olhada nas tribos do Fórum Social Mundial, o FSM. Fui lá correndo e levei minha olympicus style, adquirida num free shop da vida. Suado - percorri aquele movimentado recanto. Sou metido sim a fotógrafo e capturei algumas cenas do que estava acontecendo. Apenas algumas imagens. Nada mais do que imagens.... Voltei para casa e tomei um banho.
A Futilidade que Mata
Por que motivos uma jornalista de 27 anos, mãe de um filho de 6 anos, magra - quase esquálida - resolve fazer cirurgia de lipoaspiração?
E na cirurgia realizada em clínica particular deu zebra. O médico parece perfurou além da conta causando hemorragia. Resultado, Lanusse Martins, reporter da Tv Justiça e da Tv Globo de Brasília morreu.
O que faz uma moça magra se submeter a uma cirurgia de lipo? Perfeição total? Ela se achava feia, horrorosa, não podia conviver com um pneuzinho quase que imperceptível?
Esse é mais um fato que mostra como a nossa sociedade se preocupa com detalhes tolos, fúteis, risíveis.
Como se diz aqui no sul: pura frescura.
Quero ir para Machupicchu
Uma das viagens mais surpreendente e inesquecível que fiz foi para Cuzco e Machupicchu no Peru. Recomendo.
Enganam-se aqueles que acham que Machupicchu é uma cidade. Não é. É um sítio arqueológico localizado em cima das montanhas. Não existem casas, moradias, comércio nada por ali. Apenas ruinas e a energia do peso da história da América pré-colombiana. Aquela região já faz parte da floresta amazônica. Na parte de baixo da montanha, não muito perto dali, fica a pequena cidade de Aguas Calientes, ponto final do trem que vem de Cuzco, onde se pega as vans para subir até Machupicchu. O acesso àquela região, porta de entrada (ou saída) do vale sagrado (e fértil) dos Incas, é extremamente precário. Conheço uma brasileira que foi com a filha para Machupicchu e talvez esteja por ali, trancada em Aguas Calientes -- uma localidade pequena e com pouca infraestrutura. Hoje, por causa do grande volume de chuva, o único acesso para aquele local é de helicóptero. Centenas ou milhares de turistas aguardam o resgate. Se eu tivesse lá eu não teria dúvida, percorreria a famosa trilha Inca e atravessaria as "sagradas" montanhas que cercam o vale sagrado dos Incas em direção a Cuzco.
Turistas aguardam resgate em Aguas Calientes no Peru.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
A deusa Éris
Pintura ateniense de 520 AC representa a deusa Eris.
É impressionante como existe neste complicado mundo adoradores da deusa Éris.
Sim, Éris - a deusa da discórdia - filha primogênita de Nix, a noite, e mãe de inúmeros flagelos: Ponos (pena), Lete (esquecimento), Limos (fome), Algos (dor), Hisminas (disputas), Macas (batalhas), Fonos (matanças), Androctasias (massacres), Neikea (ódio), os Pseudologos (mentiras), as Anfilogias (ambiguidades), a Disnomia (a desordem) e a Ate (a Ruína e a Insensatez), todos eles companheiros inseparáveis, e a Horcos (Juramento), ele que mais problemas causa aos homems da terra cada vez que algum perjura voluntariamente. Homero, na Ilíada, refere-se a Éris como irmã do homicida Ares e, portanto, presume-se, filha de Zeus e Hera (IV, 440-443, tradução livre):
A lenda mais famosa referente a Éris relata o seu papel ao provocar a Guerra de Tróia. As deusas Hera , Atena e Afrodite haviam sido convidadas, juntamente com o restante do Olimpo, para o casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles, mas Éris fora desdenhada por conta de seu temperamento controvertido - a discórdia, naturalmente, não era bem-vinda ao casamento. Mesmo assim, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη (kallisti, ou "à mais bela"), fazendo com que as deusas discutissem entre si acerca da destinatária. O incauto Páris, príncipe de Tróia, foi designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a mais bela mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade, que foi destruída na guerra que se seguiu. Essa Helena devia ser uma mulher m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a.
A palavra "erística", em português, vem do nome da deusa grega da discórdia. Significa a arte da disputa argumentativa no debate filosófico, desenvolvida sobretudo pelos sofistas, e baseada em habilidade verbal e acuidade de raciocínio (Houaiss).
Os discordianos idolatram Éris como uma deusa.
fonte: wikipédia.
Se o leitor ou a leitora gostou dessa história e quer saber mais sobre os mitos gregos em linguagem extremamente acessível deixe, please, a preguiça de lado e vá na livraria ou na biblioteca e leia o livro do filósofo francês Luc Ferry: a sabedoria dos mitos gregos. Foi Ferry que inventou a santa idéia de proibir simbolos religiosos nas escolas públicas francesas. Bem que fez.
FSM Pode se Tornar um "Partido Mundial"
Participantes do FSM em Porto Alegre ontem.
O El Pais, em seu site disponível para o Brasil pelo UOL, diz que Fórum Social Mundial de Porto Alegre busca a si mesmo.
Afinal, que identidade deve ter o FSN, questiona o diário espanhol: deve continuar sendo um movimento puro, sem deixar que os partidos tenham voz e voto nas decisões, como foi até agora, ou se os deixa participar mais ativamente. O fórum está dividido nesse aspecto, já que uma parte se abre para novos horizontes e outra afirma que acabou a hora dos partidos como representação política da sociedade, para dar lugar à democracia direta, na qual o povo toma decisões através de plebiscitos.
Será discutida no fórum até a possibilidade de ele mesmo se transformar em um partido mundial, uma espécie de Quinta Internacional Socialista, na qual poderiam entrar os partidos de esquerda.
O Cara é uma Fábrica de Manipulação
Não existe saída razoável para o MST enquanto ele for dirigido, administrado e manipulado por sujeitos como Stédile.
Ontem no FSM em Porto Alegre ele disse que o MST vai fazer campanha contra Serra e que a vitória do tucano representarial a volta do neoliberalismo clássico ao Brasil.
Quando o Brasil adotou o neoliberalismo clássico, cara pálida?
E Serra pode ser tudo até comunista, mas uma coisa ele não é: nem liberal ou neoliberal.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
A Sociedade de Idiotas e os Bobalhões do Antagonismo
Existem Blogs que eu leio, mas não comento. No passado recente comentava e participava de certos Blogs da nossa complicada esquerda. Hoje não comento porque sou censurado, não posso falar o que penso, sob pena de não ser publicado. Coisas de bobalhão. Mas confesso que perambulo por eles e pesco coisas interessantes, como essa do Diário Gauche sobre a idiotização das pessoas. O DG continua ortodoxo em suas teses: a luta de classes (eu concordo que ela existe) é caminho para a modernização e evolução da sociedade e, portanto, é importantíssimo fomentar o antagonismo social. Quem ousar criticar ou se contrapor a esse processo já determinado pela história não é apenas um "alienado", mas um medíocre, um idiota, um ser que se contenta com os simples "gadgets" da vida, aquele que cai na armadilha do "fetiche da mercadoria". E por isso o DG continua a fazer o seu controle ideológico, uma espécie de superego dos nossos resvalos pelos fascismos do dia a dia, como diria o Foucault, o pai da ditadura do politicamente correto. A vítima da vez é o Milan Kundera que sentiu na pele e no osso que a questão da luta social não se resolve alimentando antagonismos. Não discordo totalmente do que o DG diz neste post. Acho sim que o mundo caminha por um processo de idiotização. O Brasil, o povo brasileiro, caminha neste processo de banalização do medíocre, como se constata, por exemplo, pelos programas de tv aberta dos domingos de tarde. Mas penso diferente do DG e minha conclusão é outra. Acho que a história não está determinada, ela se constroi aos poucos, passo a passo, com nossos avanços e retrocessos. Concordo que a luta de classes movimenta as contradições do motor da dialética da nossa existência, mas existem formas razoaveis e sensatas de resolver essa luta. Fomentar o antagonismo social é processo que leva, inevitavelmente, a uma situação de violência e desestabilização social, sobretudo numa sociedade complexa e difusa como a nossa. A forma razoável, crível, ponderada de resolver a questão da luta de classes é exatamente a linguagem do desenvolvimento social. Existem caminhos -- que não são mediocres e nem banais -- para alcançarmos a necessária inclusão social dos excluídos. Basta segui-los, mas não com a receita sugerida pelo Diário Gauche, o post, na íntegra está abaixo.
Sobreviverão ao próprio planeta
Há um visível recrudescimento na idiotização das pessoas. A mídia é a principal usina de produção em série de idiotas e tolos de todos os calibres. O nivelamento por baixo e o achatamento geral do imaginário médio é a principal contribuição dos modernos meios de comunicação de massas. Hoje, é muito fácil encontrar o que eu chamo de idiota triunfante, aqueles sujeitos que se orgulham da própria ignorância e pobreza de espírito. O tolinho jactancioso tira prazer onanista da sua condição, e se basta.
O espírito de nossa época - o Zeitgeist, como diz apropriadamente o alemão - flutua numa emulsão formada por dois elementos: a ciência (as tecnologias) e a idiotice. Os idiotas de nosso tempo se projetam nos gadgets que encontram pelo caminho. Observem: todo o tolo que se preza porta pelo menos um artefato mecânico ou eletrônico. Não vive sem essas muletas. É a sua forma de se referenciar com o mundo, de comunicar a sua estupidez relativa ("afinal, estou conectado ao futuro!").
Mas o fenômeno não é original. Gustave Flaubert, o corrosivo crítico da burguesia, ainda no século 19 já havia detectado o fenômeno da tolice social. Para tanto, começou a colecionar os ditos correntes do senso comum e reuniu-os no famoso Dictionnaire des idées reçues ("Dicionário das ideias feitas", numa tradução livre). O escritor francês comentou - e publicou nesta pequena obra de pouco mais de cem páginas - todas as bobagens ditas pelas pessoas que queriam parecer inteligentes e atualizadas. Aliás, Flaubert seria o descobridor da tolice. Quem garante é Milan Kundera, para quem a tolice é a maior descoberta de um século - o 19 - tão orgulhoso de sua razão científica. Antes de Flaubert não se duvidava da existência da tolice, embora esta fosse compreendida de um modo diferente. A tolice era considerada como uma simples falha do conhecimento, um vazio provisório, passível de ser preenchido pela instrução. Mas Flaubert insiste, e praticamente sustenta a sua obra baseada no tema da tolice e da idiotia. Ema Bovary é uma tola que aspirava ser amada por todos os homens. Bouvard e Pécuchet são dois pequenos idiotas que aspiram conhecimentos enciclopédicos acerca de tudo. Leio agora na Wikipédia que Barthes considerou "Bouvard e Pécuchet" como "uma obra de vanguarda". A considerar a idiotia galopante de nossos dias, pode ser.
Kundera brinca afirmando que "a descoberta flaubertiana é mais importante para o futuro da humanidade que as ideias mais perturbadoras de Marx ou de Freud". Pois podemos imaginar o futuro do mundo - prossegue Kundera - sem a luta de classes ou sem a psicanálise, mas não a invasão irresistível das ideias feitas, estandardizadas, pasteurizadas, que, "inscritas nos computadores, propagadas pela mídia, ameaçam tornar-se em breve uma força que esmagará todo o pensamento original e individual e sufocará assim a própria essência da cultura européia dos Tempos Modernos".
O mais chocante - constatado pelos geniais romances de Flaubert - é que a tolice não se apaga diante da ciência, das altas tecnologias, da pósmodernidade (seja lá o que isso signifique). Milan Kundera ousa afirmar que "ao contrário, com o progresso, ela também progride!"
Arrisco a dizer que os bobalhões e as baratas sobreviverão ao próprio planeta.
"Coisas da vida" - como diria Kurt Vonnegut, outro escritor especialista em tolos e idiotas.
RCTV - A Luta Continua
Empregados da Radio Caracas Televisión Internacional (RCTVI) protestam em frente à sede da emissora, em Caracas, contra a suspensão da transmissão por suposto descumprimento da legislação. O canal a cabo foi criado a partir da Radio Caracas Televisión. No sábado, Hugo Chávez ordenou a veiculação de um discurso seu em "cadeia nacional", o que não foi feito pela RCTVI.
E o professor Boaventura vem dizer que a América Latina está sendo governada por presidentes progressistas. Da onde, cara pálida?
Contestando Boaventura
Este senhor de óculos e camisa vermelha é o professor Boaventura.
Ideologia, eu quero uma para viver
O sociólogo português Boaventura de Souza Santos me causou boa impressão, há 10 anos, na realização do 1º Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, quando disse mais ou menos isso: não interessa hoje a discussão entre explorados e exploradores, pois é ultrapassada, o que efetivamente importa é a inclusão social dos excluídos. Bati palma para esse pronunciamento.
Mas o cabra parece que retrocedeu. Ficou idiota em 10 anos. Em artigo publicado na Folha de hoje ele exalta exatamente o caráter essencialmente esquerdista, com todos os seus ranços, do Fórum Social Mundial. Fala, inclusive, em realizar uma nova internacional socialista, sonho de Hugo Chávez -- que adora reduzir as livres opções.
O impacto do movimento do FSM foi muito superior ao que se imagina.
Será mesmo, professor?
Acho que o FSM retrocedeu, não se fala nele como se falava no ano 2000, como uma nova novidade, um necessário contraponto. Tudo isso foi para o espaço, porque o FSM nunca teve um caráter propositivo, convergente, sempre foi refém do pensamento radical esquerdista.
Continua Boaventura exaltando agora a ascensão ao poder dos presidentes progressistas da América Latina não se pode entender sem o fermento de consciência continental por parte dos movimentos sociais gerado no FSM ou potenciado por ele.
Meu deus do céu. Vimos essa semana um desses presidentes progressistas fechar tv a cabo porque elas não transmitiram seu discurso populista.
A luta travada com êxito contra a Alca e os tratados de livre-comércio foi gerada no FSM.
A Alca era apenas uma formatação de um livre comércio das américas que nunca saiu so papel exatamente porque nunca se debateu com maior profundidade, além do ranço ideológico e do preconceito em relação aos EUA.
Acima de tudo, o FSM deu credibilidade à ideia de que a democracia pode ser apropriada pelas classes populares e que os seus movimentos e organizações são tão legítimos quanto os partidos na luta pelo aprofundamento da democracia.
Discordo com D maiúsculo. Ninguém tem de se apropriar da democracia e dos valores democráticos. Os movimentos sociais não tem mais legitimidade do que partidos políticos, porque eles não representam a coletividade como um todo. O MST, por exemplo, representa quantos brasileiros? Não chega a 1%. E exatamente por isso não pode ter essa representatividade pretendida. Esses movimentos sociais, que querem controlar a mídia, são, na verdade, minorias participativas e querem lutar para o aprofundamento de sua própria democracia, uma democracia que vai ser sempre parcial e nunca universal.
O FSM tem de mundializar-se. O FSM da última década foi sobretudo latino-americano. Foi nesse continente que a ideia do FSM cativou verdadeiramente a imaginação dos movimentos sociais e se transformou numa fonte autônoma de energia contra a opressão. Essa fertilização do inconformismo teve repercussões nos processos políticos que tiveram lugar em muitos países do continente. Para ser sustentável, o FSM tem de fazer um esforço enorme no sentido de densificar a sua presença nos outros continentes.
O FSM não "pegou" em outras partes do mundo. Não cativou corações e mentes dos países desenvolvidos e nem mesmo subdesenvolvidos. Hoje, na India ninguém fala em FSM, que já foi realizado em Bombaim. O FSM que hoje começa em Porto Alegre está em processo de franca decadência, é fragmentado, não é propositivo, é lugar onde o radicalismo de idéias prepondera.
Está a emergir uma consciência continental que, embora difusa, tem como ideias centrais a recusa militante da concepção imperial da América Latina como quintal dos EUA e a reivindicação de formas de cooperação econômica e política que se pautam por princípios de solidariedade e reciprocidade, alternativos aos que subjazem aos tratados de livre-comércio.
Bla, bla, bla antiimperialista completamente absurdo. O que é melhor para a América Latina, cara pálida, a Venezuela chavista ou os EUA de Obama?
O FSM vai ter de apoiar ações coletivas e novas internacionais. O capitalismo tem uma capacidade enorme de regeneração. Os mais furiosos adeptos do neoliberalismo nem sequer pestanejaram para aceitar a mão do Estado na resolução da crise, o que por vezes envolveu nacionalizações, a palavra maldita dos últimos 30 anos. Por isso, o ativismo global do FSM vai aprofundar as suas agendas tendo em mente esse realismo, na base do qual podem construir novas lutas pela justiça social.
Têm vindo a surgir várias propostas no sentido de tornar o movimento da globalização alternativa mais afirmativo e vinculativo em termos de iniciativas mundiais. É o caso da proposta recentemente feita pelo vice-presidente da Bolívia de criar a Internacional dos Movimentos Sociais ou da proposta do presidente da Venezuela de criar a Quinta Internacional, congregando os partidos de esquerda em nível mundial. A primeira proposta é inspirada no FSM, e a segunda, talvez numa crítica ao FSM. Para ambas o fórum é relevante.
Eis aqui o evidente retrocesso do professor Boaventura. A criação de uma internacional onde a eterna meia dúzia que "admira museus de velhas novidades", como dizia Cazuza, se reune para discutir: "ideologia eu quero uma para viver."
Unesco Diz que Educação no Brasil Piorou e Eu já Sabia
Sempre discordei daqueles que dizem que a educação no Brasil está melhorando. Tudo bem, conseguimos conquistas importantes como a universalização com o necessário acesso das crianças mais pobres aos bancos escolares. Mas isso, apenas, não basta. É necessário melhorar a qualidade do ensino público, porque o povo brasileiro anda -- sim -- muito mal educado. É só sair para a rua para constatar isso.
Os índices oficiais, governamentais, vêm mostrando uma melhoria na educação no Brasil. Dizem que avançamos etc... Juro que não sei onde está essa melhora.
A Unesco, recentemente, divultou um ranking da educação no mundo e o Brasil retrocedeu. Pulamos da gloriosa posição de 76º para 88º. Esse ranking, segundo editorial da Folha de hoje: se baseia em dados referentes a 2007 e num índice composto de quatro subindicadores: atendimento no ensino fundamental, taxa de alfabetização de adultos, igualdade entre meninos e meninas no acesso à escola e proporção de alunos que completam a quarta série -a "taxa de sobrevivência".
Foi este quarto componente o principal fator a fazer o Brasil cair 12 posições. Segundo a Unesco, a "taxa de sobrevivência" teria baixado de 80,5% para 75,6%. Considerado só este subindicador, a posição do país seria ainda mais baixa (103ª). Uma nota explicativa minúscula na página 362 do relatório revela, porém, que o dado é de 2004.
Em comunicado, o Ministério da Educação (MEC) ressalvou a boa performance do país nos primeiros três indicadores, mas não abordou diretamente a "taxa de sobrevivência". Limitou-se a assinalar que mudanças no censo educacional eliminaram a dupla contagem de alunos, o que resultou numa queda artificial de matrículas de 2006 a 2007, e que a PNAD indica aumento contínuo da taxa de frequência líquida na faixa de 7 a 10 anos -que alcançou 94,6% em 2008.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do MEC, foi de 3,8 (2005) para 4,2 (2007), ultrapassando a meta oficial de chegar a 3,9.
O contraste entre os números indica que talvez seja prudente confiar mais nos indicadores nacionais para avaliar a evolução da educação no Brasil. Sejam quais forem os dados, no entanto, os avanços no ensino fundamental já não são suficientes para responder às necessidades imediatas do país.
Pesquisa do Ipea divulgada na semana passada indicava que, em 2007, apenas metade dos 10,2 milhões de jovens de 15 a 17 anos cursava o ensino médio ou já havia concluído essa fase de estudos. O restante ainda frequentava as séries do ensino fundamental ou já havia abandonado a escola. Sem descuidar das conquistas nos primeiros anos de estudo, é aí que devem se concentrar agora as atenções da sociedade e do governo.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Quero Voltar para Berlim
Nosso amigo Terraqueo perambula em Berlim. A foto acima foi tirada por ele da nova sensação, o Neus Museum Berlin. Mas Berlim não é só museus de velhas, novas e eternas novidades.
Que saudades tenho de Berlim. Morei 5 meses em 1985 e nunca mais voltei. Morava perto do Castelo de Charlotemburg, alugava um quarto da Frau Erika. Era vizinho da Nefertiti, que estava (está?) no Museu Egípcio naquela região. Tinha de levantar cedo para tomar o U bahn que me levava até a Kudam, onde ficava o Goethe Institut. Na Kantstrasse ficava o Abraxas que tocava boa música. Gostava de frequentar Kreuzberg e Neukoln. De vez em quando atravessava o muro no Checkpoint Charlie e perambulava pela cinzenta Ost Berlin. Vale a pena dar uma volta nos subúrbios de Berlim. Berlim tem "Style".
Grande Cena
Não sou crítico, sou cinéfilo e, pois, respondo:
Talvez seja aquela dos Incompreendidos do Truffaut, filme de 1959, quando o garoto Jean Pierre Léaud corre em direção ao mar, buscando a sua (a nossa) liberdade.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Limitando Opções
Maradona é um daqueles que gosta de Chávez
O bom da tv a cabo é que o vivente pode clicar em outro canal quando o presidente do PT do B tem o sagrado direito de falar ao povo brasileiro. Mas na Venezuela, de agora em diante, não é mais assim. Chávez -- que acredita que os americanos estão movendo placas tectônicas para dizimar os haitis da vida -- resolveu fazer mais uma das suas: as tvs por assinatura serão obrigadas a mostrar os discursos do troglodita.
Juro que Chávez não me preocupa, o que é preocupante é saber que tem gente que gosta de Chávez e bate palma.
Depois da Catástrofe
Mulher dá à luz a bordo do navio-hospital americano Comfort, em Porto Príncipe. A menina Esther é o primeiro bebê a nascer na embarcação.
Policial bate em mulher suspeita de saque em Porto Príncipe
Fonte: Terra Galeria 24 horas.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Como é que esse Cabra faz isso?
Muito legal essa invenção do alemão Johan Lorbeer. Mas, pera lá!, como é que ele consegue fazer isso, invertendo a lógica da lei da gravidade? Como ele consegue apoiar todo o corpo apenas com um braço?
Velhos e Cafonas
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