Caça Rafale, uma Ferrari, segundo dizem, a ser adquirido pelo Brasil da França por motivos geopolíticos.
O Brasil deve fechar mesmo a compra dos caças franceses Rafale, porque o objetivo do governo Lula é aproximar as relações políticas e comerciais com a França. Trata-se de estratégica geopolítica que pode ser resumida da seguinte forma: o Brasil de Lula evita se alinhar com os EUA de Obama.
O nosso complicado chanceler Celso Amorim disse hoje na Folha que essa decisão não é puramente militar, A decisão final é sempre política, pois é tomada por órgãos políticos".
A compra desses 36 caças é negócio estimado em R$ 10 bi. Os militares querem a substituição de 120 aviões.
Como disse a Folha hoje:
A decisão é soberana do presidente, já que é um assunto de segurança nacional. Mas o fato de a FAB ter colocado o preferido do governo em terceiro lugar, atrás do Gripen e do americano Boeing F-18, cria um incômodo político -não menos porque as Forças Armadas estão melindradas com a ideia do governo de levar ao banco dos réus os crimes cometidos apenas pelo lado dos militares durante a ditadura.
6 comentários:
O problema está, justamente, na ausência de decisão.
O presidente quer o Rafale mas não tem coragem (e sade Deus por que, vez que qualquer decisão que tomar não lhe causará cosquinhas na popularidade) de decidir a partir disso fica postergando a decisão.
Não adianta pedir relatórios para a FAB se a decisão do presidente já existe mas ainda não foi sacramentada. Ainda mais quando já se sabe que a força não agradará em seu relatório.
Se Lula (e mesmo FHC que esteve na mesma situação) tivesse simplesmente entendido que sendo presidente teria que decidir e ponto final, esta novela estúpida e vergonhosa já teria acabado... mas não, o Brasil elege presidentes que não presidentam!
Estranho, eu entendo investir tanto dinheiro em uma aliança com um país de situação complicada mas importante. Mas achei que nossas relações com a França já fossem muito boas...
Na verdade, esta não é uma decisão política, mas econômica. e não tem nada a ver com economia! Vai faltar meia para esta grana...
Apesar de não gostar de Celso Amorim e ter algumas ressalvas à política externa do Itamaraty, concordo com a compra do avião francês. A decisão jamais poderia ser apenas "técnica". Uma aproximação com a França é preferível, Sarkozy está bem empenhado na defesa do Brasil. Obama venderia os aviões, levaria nosso dinheiro e diria hasta la vista, baby. Não sou anti-americano, mas não vejo o porquê da necessidade de um alinhamento com o Império (a própria Newsweek assim caracterizou os EUA).
"Império"
Até consigo imaginar Imperial March tocando ao fundo e a figura sombria de Darth Vader respirando pesado enquanto nos seduz com seus caças...
Por várias razões, o melhor caminho é "fechar" com a França.
Se bem que o meu nobre amigo Pablo, editor do site "FALAI", seja contra.
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