Júlio César - era considerado popular ou demagogo e por isso foi morto.
O americano Michael Parenti, PHD em Yale, tem cara de marxista, é um biografo de esquerda, pois fala muito em luta de classes e critica com a exaustiva acidez os historiadores oficiais que passam por cima das revoltas populares que aconteceram na antiga Roma, ninho do direito. Ele escreveu "O Assassinato de Júlio César, uma História Popular da Roma Antiga", editado no Brasil pela Record. O livro é bem escrito e mostra a "luta de classes" que ocorria na elite da sociedade romana, dividida entre os optimates, os conservadores e os populares ou demagogos. Os primeiros queriam manter o status quo e os segundos buscavam reformas. Júlio César era tido como popular e demagogo e, por isso, foi assassinado. Antes dele, diversos líderes foram mortos pelos esquadrões da morte -- que tinham como grande defensor Marco Túlio Cícero. Foram assassinados os seguintes líderes -- e todos eles faziam parte da mesma oligarquia -- a família Graco, Tibério e Caio, Fúlvio Flaco, Livio Druso, Sulpício Rufo, Cornélio Cina, Mário Gratidiano, Apuleio Saturnino, , Gneu Sicínio, Quinto Sertório, Servílio Gláucia, Sérgio Catilina, Clódio Pulcher (que teve um caso com a segunda mulher de César, Pompéia) e Júlio César.
A antiga civilização romana tinha sim muita barbárie, se matava, se contratava esquadrões da morte a torto que é direito...
Um comentário:
Espero que nosso popular e demagogo nunca cruze o Rubicão para liquidar a República. Certamente o que virá depois não será nada parecido com um império...
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