Sanaa capital do Iémen
Hoje, o Iémen é a bola da vez.
Sabem que é a bola da vez no Brasil para certa esquerda? Ora, o Boris Casoy, porque fez um comentário desastrado em off durante o telejornal da Band dizendo: "que merda dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras, os mais baixos da escala de trabalho."
Este fato é tão importante que virou capa de cabeçalho do diário gauche, com a seguinte manchete:: que merda, um jornalista amestrado... do alto de sua impostura ... o mais baixo na escala do repugnante!...
É boa essa luta de classes.
A carinha de angelical do Umar
O problema do Iémen é que é o país mais pobre do médio oriente. E pobreza, como bem se sabe, gera um monte de mazelas (sai fora Foucault!!!), porque causa tudo que é tipo de poluição, é terreno fértil para alimentar a ignorância, a violência, o terrorismo.
Volto a mesma pergunta de sempre: A quem interessa a pobreza?
Hoje na Folha um analista iemenista chamado Abdul-Ghani Al Iryani disse que a incapacidade das autoridades de atender às necessidades populares levou muita gente a apoiar grupos extremistas.
Diz ele textualmente:
FOLHA - De que maneira a Al Qaeda opera no território do Iêmen?
AL IRYANI - A rede mantém vários campos de treinamento no país. Alguns já foram destruídos pela ofensiva do governo nos últimos dias. O primeiro a ser atingido foi de Abyan, numa operação conjunta americano-iemenita no último dia 2. Os militantes também têm bases em áreas tribais no leste do país e nos arredores da capital, e usam madrassas [escolas religiosas] para propagar sua visão extremista do islã. O funcionamento da Al Qaeda no Iêmen se baseia no apoio de tribos locais.
FOLHA - Então a população iemenita apoia a Al Qaeda?
AL IRYANI - A empatia de parte da população com a Al Qaeda resulta do fracasso do governo em cumprir funções básicas. As autoridades não têm nenhuma legitimidade por causa da corrupção que o domina. O extremismo islâmico se aproveita disso. A Al Qaeda não será derrotada enquanto o Estado não se tornar mais eficiente e respeitado pelos cidadãos.
FOLHA - Há alguma ligação entre o fortalecimento da Al Qaeda no Iêmen e a atual geopolítica da região?
AL IRYANI - A Al Qaeda e o extremismo islâmico em geral se alimentam do sentimento de injustiça em relação aos palestinos. Enquanto a questão palestina não for resolvida, haverá extremismo radical. O que acontece no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão contribui para acirrar os ânimos, mas a questão central é a Palestina.
Resumo da ópera, a história é sempre a mesma e se repete. Onde não há Estado, onde o Estado é omisso, onde o Estado não cumpre sua função social o que reina é o radicalismo, a intolerância, o argumento simplório, a burrice e a ignorância.
A quem mesmo interessa a pobreza?
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