Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A(s) Bola(s) da Vez


Sanaa capital do Iémen

Sei que nunca vou ter um apartamento em Sanaa no  Iémen que fica no extremo sudoeste da península da arábia, bem abaixo da Arábia Saudita.

Hoje, o  Iémen é a  bola da  vez.

Sabem que é a bola da vez no Brasil para certa esquerda? Ora, o Boris Casoy, porque fez um comentário desastrado em off durante o telejornal da Band dizendo: "que merda dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras, os mais baixos da escala de trabalho."



Este fato é tão importante que virou capa de cabeçalho do diário gauche, com a seguinte manchete:: que merda, um jornalista amestrado... do alto de sua impostura ... o mais baixo na escala do repugnante!...

É boa essa luta de classes.


A carinha de angelical do Umar

Mas voltando ao Ièmen, desde que o jovem Umar Farouk Abdulmutallab colocou fogo na cueca no vôo Amsterdam - Detroit, o Iémen tem sido criticado por ser uma importante célula, onde o terreno é fértil para a plantação do radicalismo que alimenta o terrorismo mundial.

O problema do Iémen é que é o país mais pobre do médio oriente. E pobreza, como bem se sabe, gera um monte de mazelas (sai fora Foucault!!!), porque causa tudo que é tipo de poluição, é terreno fértil para alimentar a ignorância, a violência, o terrorismo.

Volto a mesma pergunta de sempre: A quem interessa a pobreza?

Hoje na Folha um analista iemenista chamado Abdul-Ghani Al Iryani disse que a  incapacidade das autoridades de atender às necessidades populares levou muita gente a apoiar grupos extremistas.

Diz ele textualmente:

FOLHA - De que maneira a Al Qaeda opera no território do Iêmen?

AL IRYANI - A rede mantém vários campos de treinamento no país. Alguns já foram destruídos pela ofensiva do governo nos últimos dias. O primeiro a ser atingido foi de Abyan, numa operação conjunta americano-iemenita no último dia 2. Os militantes também têm bases em áreas tribais no leste do país e nos arredores da capital, e usam madrassas [escolas religiosas] para propagar sua visão extremista do islã. O funcionamento da Al Qaeda no Iêmen se baseia no apoio de tribos locais.

FOLHA - Então a população iemenita apoia a Al Qaeda?

AL IRYANI - A empatia de parte da população com a Al Qaeda resulta do fracasso do governo em cumprir funções básicas. As autoridades não têm nenhuma legitimidade por causa da corrupção que o domina. O extremismo islâmico se aproveita disso. A Al Qaeda não será derrotada enquanto o Estado não se tornar mais eficiente e respeitado pelos cidadãos.

FOLHA - Há alguma ligação entre o fortalecimento da Al Qaeda no Iêmen e a atual geopolítica da região?


AL IRYANI - A Al Qaeda e o extremismo islâmico em geral se alimentam do sentimento de injustiça em relação aos palestinos. Enquanto a questão palestina não for resolvida, haverá extremismo radical. O que acontece no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão contribui para acirrar os ânimos, mas a questão central é a Palestina.

Resumo da ópera, a história é sempre a mesma e se repete. Onde não há Estado, onde o Estado é omisso, onde o Estado não cumpre sua função social o que reina é o radicalismo, a intolerância, o argumento simplório, a burrice e a ignorância.

A quem mesmo interessa a pobreza?

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