Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Madame Durona


Os cabelos rebeldes de Cristina K.


Certa esquerda está a dizer que a Cristina Kirshner -- que tem a metade da popularidade de Lula -- está fazendo muito mais pela "soberania" de seu país do que o "filho do Brasil". Pois madame K. parece gostar de alimentar os antagonismos sociais, porque está batendo de frente com  a grande mídia -- representada pelo grupo Clarin -- , com os militares, com o Banco Central  e com os grandes empresários.

Em outras palavras, Cristina está fazendo o que certa esquerda adora: semeando o terreno fértil da luta de classes e suas árvores frondosas.

Duas medidas recentes tomadas por Cristina traduzem bem esse estilo -- tão aplaudido pela patota da nossa gauche: a abertura dos arquivos da ditadura  e a quebra da autonomia do Banco Central.

Ontem ela ingnorou a lei, porque ela não tem esse poder que é privativo do legislativo ( e Cristina não tem a maioria necessária)   e demitiu o presidente do Banco Central, Martín Redrado, porque este se recusou a pagar dívida com reservas da instituição.

Trata-se de um decreto de necessidade e urgência (o equivalente à medida provisória brasileira), publicado no último dia 15, que determina a criação de um fundo de US$ 6,5 bilhões com reservas do Banco Central, para o pagamento da dívida pública argentina.


Redrado discorda da medida. Diante da resistência dele em cumpri-la, Cristina pediu anteontem sua renúncia. Ele se negou a deixar o cargo; seu mandato iria até setembro.Segundo a Folha.

O debate é interessante do ponto de vista político e jurídico. Tem, afinal, o executivo poder para ingressar no terreno técnico das finanças públicas? Se o presidente do Banco Central, que deve se pautar pelos critérios técnicos, é contra a criação de um fundo para pagamento de dívida, tem o executivo poder para demitir o presidente do Bacen e implantar a medida política que entender mais conveniente?

6 comentários:

charlie disse...

Não é difícil perceber o espírito totalitário, é? Eu o percebo na maioria dos petistas. Basta ver quando aplaudem a teocraria iraniana, quando sorriem para o regime bolivariano, quando demonstram simpatia por Cuba. É bem evidente, só não vê quem não quer.

A propósito, que talo "Programa Nacional de Direitos Humanos", assinado pelo Lula agora na virada do ano? Gostei bastante da proposta para lidar com invasão de terra e da comissão para vigiar o bom comportamento da mídia....

Fábio Mayer disse...

Dona Cristina e seu marido são bom exemplo de intolerância ideológica, incapacidade administrativa e descaso institucional.

Ela e o marido falam demais nos mais pobres mas é público e notório que enriquecem de modo fantástico enquanto estão à frente do país.

E pretendem governar sozinhos, ignorando a Constituição, lição aprendida com o ladrão Hugo Chaves, que financiou suas campanhas.

O azar deles é que a Argentina ainda mantém instituições democráticas mínimas...

Fábio Mayer disse...

Mas sobre ela...não se pode negar que é uma bela mulher!

Terráqueo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Terráqueo disse...

Desculpe Fabio, mas não vejo um traço belo na insandecida Cristina. Ela é apenas arrumada. Até a despirocada é mais bonita. O que você vê de belo na rapariga do cabelo vermelho?

PoPa disse...

Lembro de uma entrevista com um roqueiro, no qual perguntaram sobre algumas mulheres públicas e ele falava as bobagens de sempre. Quando perguntaram sobre Cristina, ele pensou, pensou e disse: depois de uns oito whiskies, vai!