Pintura ateniense de 520 AC representa a deusa Eris.
É impressionante como existe neste complicado mundo adoradores da deusa Éris.
Sim, Éris - a deusa da discórdia - filha primogênita de Nix, a noite, e mãe de inúmeros flagelos: Ponos (pena), Lete (esquecimento), Limos (fome), Algos (dor), Hisminas (disputas), Macas (batalhas), Fonos (matanças), Androctasias (massacres), Neikea (ódio), os Pseudologos (mentiras), as Anfilogias (ambiguidades), a Disnomia (a desordem) e a Ate (a Ruína e a Insensatez), todos eles companheiros inseparáveis, e a Horcos (Juramento), ele que mais problemas causa aos homems da terra cada vez que algum perjura voluntariamente. Homero, na Ilíada, refere-se a Éris como irmã do homicida Ares e, portanto, presume-se, filha de Zeus e Hera (IV, 440-443, tradução livre):
A lenda mais famosa referente a Éris relata o seu papel ao provocar a Guerra de Tróia. As deusas Hera , Atena e Afrodite haviam sido convidadas, juntamente com o restante do Olimpo, para o casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles, mas Éris fora desdenhada por conta de seu temperamento controvertido - a discórdia, naturalmente, não era bem-vinda ao casamento. Mesmo assim, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη (kallisti, ou "à mais bela"), fazendo com que as deusas discutissem entre si acerca da destinatária. O incauto Páris, príncipe de Tróia, foi designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a mais bela mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade, que foi destruída na guerra que se seguiu. Essa Helena devia ser uma mulher m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a.
A palavra "erística", em português, vem do nome da deusa grega da discórdia. Significa a arte da disputa argumentativa no debate filosófico, desenvolvida sobretudo pelos sofistas, e baseada em habilidade verbal e acuidade de raciocínio (Houaiss).
Os discordianos idolatram Éris como uma deusa.
fonte: wikipédia.
Se o leitor ou a leitora gostou dessa história e quer saber mais sobre os mitos gregos em linguagem extremamente acessível deixe, please, a preguiça de lado e vá na livraria ou na biblioteca e leia o livro do filósofo francês Luc Ferry: a sabedoria dos mitos gregos. Foi Ferry que inventou a santa idéia de proibir simbolos religiosos nas escolas públicas francesas. Bem que fez.
Um comentário:
Praticamente todos os principios que regem nossa civilização são muito mais antigos do que pensamos.
Os estudiosos realmente cultos acabam descobrindo que o homem, principalmente no aspecto moral é sempre igual em todas as épocas.
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