Se o Haiti é o país mais pobre das Américas, o Chile, ao contrário, se coloca hoje no contexo americano como a grande novidade das últimas décadas. E o Chile foi governado, por duas décadas, pela centro esquerda que largou de mão o ranço ideológico e adotou políticas inovadoras e de abertura econômica. Se o Chile está onde está não foi por acaso, foi por que adotou um pacto social, a famosa concertación que, paradoxalmente perdeu as eleições para direita chilena liderada pelo milionário -- dizem que o cabra é o Berlusconi chileno - Sebastian Piñera.
E não foi só a esquerda chilena que amaduresceu, a direita também. Os temas que marcaram a recente eleição foram tipicamente de país socialmente desenvolvido: direitos de minorias, como os homossexuais, casamentos gays, questão do aborto, meio ambiente etc.
Se eu fosse chileno eu não saberia em quem votar: Frei ou Piñera. Mas deu Piñera, apesar da grande popularidade da atual presidente Michele Bachelet. O fato está a demonstrar que a grande popularidade de um presidente não significa necessariamente a eleição de seu sucessor. Abre o olho, Dilma, que a batalha não está ganha.
E no jogo da idelogia sul americana a nova direita, preocupada com temas mais atuais, já encontrou seu espaço no tabuleiro de xadrez.
2 comentários:
Só uma coisa. Piñera não é conservador. É um liberal. Faz muita diferença.
Concordo, Pablo.
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