Dilma Quer Mudar o "Lulismo de Resultados"

Idéias de Dilma dão dor de cabeça a Lula

Uma coisa parece ser certa o Programa Nacional de Direitos Humanos é idéia da Dilma, é ela a encarregada pela revisão final do documento. O governo FHC fez plano idêntico, mas sem as alternativas bolivarianas que constam no PNDH de Lula.

Lula recuou, talvez, no único ponto que não deveria recuar: a questão do  aborto, a pedido da igreja católica.

O mundo está interessado no assunto. O Brasil não é o Iémen. O El Pais espanhol lançou um editorial, que não li, mas é comentado no Terra.

3º PNDH pode colocar País no 'eixo bolivariano', diz jornal

O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), que entre suas propostas prevê a possibilidade de revisão da Lei de Anistia de 1979, é tema de um editorial do jornal espanhol El País, no qual o periódico cita a crise gerada pela medida e a ameaça de demissão de membros das Forças Armadas e de ministros do governo. O plano levanta dúvidas sobre o futuro do País, em virtude da semelhança com medidas adotadas por países do "eixo bolivariano".

O jornal cita as críticas da oposição, de entidades ruralistas e da imprensa, que qualificam a medida como "disfarce de um governo bolivariano", "golpe branco" e "volta ao passado".
Para o El País, o texto é quase uma cópia do que a ala esquerdista do Partido dos Trabalhadores propôs à Lula como base de seu programa nas eleições de 2002. Na ocasião, Lula publicou a Carta aos Brasileiros, na qual se comprometia a manter a política econômica de Fernando Henrique Cardoso, oferecia garantias jurídicas e políticas para a propriedade privada, liberdade de expressão e defesa de instituições democráticas. O programa esquerdista oferecido a Lula teria sido elaborado pelo prefeito de Santo André, Celso Daniel, morto em 2002. Ele seria o responsável pela campanha de Lula. Em seu lugar, assumiu Antonio Palocci, o idealizador da carta.
A possibilidade de "democratização da propriedade", segundo o jornal, alarmou a classe média que viu no texto um eco da "propriedade social" do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

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