Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
segunda-feira, 31 de março de 2008
"Plus ça change...' Nelson Ascher
Para SIP, Chávez nega acesso à informação
Serra na Frente no Datafolha
sábado, 29 de março de 2008
O homem que não era bicho e o cavalo que não era homem
De modo que eu vinha guiando meu carro na rua, quando vi esse homem só de bermudas conduzindo uma carroça velha. Você não vê (ou se vê, é raro) pessoas dirigindo automóveis sem camisa, entretanto é comum homens conduzirem carroças assim - é um caso aceito. Como é aceito que índios andem despidos, ou padres usem saias. O que não é aceito é que se maltratem animais nas ruas - especialmente nessa nossa época em que os bichos são protegidos por entidades constituídas para isso - e o homem chicoteava com vigor o cavalo que puxava a carroça. Era um trabalhador na luta pelo pão de cada dia, o que poderia amenizar a situação. Mas aquilo dava pena, o animal estava judiado, quase pele e osso. Andava cabisbaixo, encilhado, amarrado, chicoteado.Parei do lado da carroça, abri o vidro elétrico e com isso perdi um tanto do ar condicionado do auto. O calor que veio da rua incendiou minha alma que já queimava de indignação. Como não sou índio, eu estava completamente vestido; e como não sou padre também, não estava com uma saia arejada. Mesmo assim, repleto de bons sentimentos, protestei. "É necessário bater nele desse jeito?". E lembrando algum aprendizado remoto na vida, conciliei: "Não dá para "mostrar" o chicote apenas?" O carroceiro me olhou e sorriu: "Ah, essa égua só anda a pau."A situação piorou: o cavalo era uma guria. Uma moça. Ou ainda, uma senhora. Quem sabe não terá tido filhos, outros cavalos que andam por aí a puxar carroças e serem chicoteados. Me deu vontade de brigar com o sujeito, mas o sorriso dele, compreensivo com meu arroubo, me desconcertou. Ele que não tinha vidro elétrico nem ar condicionado. Talvez num ato alucinado, desmedido, eu pudesse fazer-lhe uma proposta pela égua: passar a cuidar dela, dar banho, comida e, mais do que tudo, carinho. Era uma idéia maluca mas corajosa, aquela. Um movimento contrário à onda implacável e cruel do nosso destino de dor e morte. Afinal: "Há sempre uma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura", como disse Nietzsche. Aliás, reza a lenda que ele terminou de enlouquecer (terminou porque ele já vinha derretendo os fusíveis há tempos) quando viu um homem açoitando um cavalo na rua. Mas eu, sem sequer me dar o direito de endoidar, desisti. Chicoteei o pedal do acelerador e com isso acionei os mais de cem cavalos do motor do meu carro e me mandei dali. Deixando a égua, o sujeito, e aquela fatia de vida miserável para trás. "Até os mais corajosos (e nem é o meu caso) raramente têm a coragem para aquilo que realmente sabem". Essa também é do bigodudo.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Viajem na Excentricidade Colorida de Darjeeling
E a Verba da Dengue Diminuiu
Lula e Chávez Arando nos Oceanos ?
L. tem 16 anos e já matou 12
Medo de Raio - David Coimbra
Estava instalado atrás da minha mesa na redação do Jornal da Manhã, em Criciúma, pensando nas sutilezas do ponto-e-vírgula, quando aquele casal de gordos entrou pela porta. Antes que alguma ONG protetora dos gordos se ourice, esclareço que estou apenas descrevendo os dois. Podia ser um casal de baixinhos, ou de alemães muito brancos, ou de magricelas. Não era. Era de gordos. Não lembro da roupa do gordo, faz tempo isso, mas a gorda usava um vestido floreado. Tinha muitas flores no vestido da gorda, flores amarelas e tudo mais. Pararam defronte à mesa. O gordo me estendeu uma mão gorda, apresentou-se como jornalista e disse que queria trabalhar. Coincidentemente, havia uma vaga de repórter, então combinei com o gordo de fazer um teste com ele durante alguns dias. A primeira pauta que lhe dei foi sobre raios. Por algum motivo, caía um monte de raios em Criciúma, atingindo algumas pessoas, inclusive. O gordo saiu para fazer a matéria e, no fim da tarde, voltou chateado.- Gostaria que essa matéria não saísse - miou.Perguntei qual o motivo daquela estranha reivindicação, e ele respondeu que a mulher dele, a gorda, tinha muito medo de raio e, pelo que havia apurado, o bairro no qual moravam era justamente o mais atingido pelas descargas.- Se ela ler essa matéria, vai querer sair de lá - alegou.Olhei para ele por um momento e depois disse:- Cara, faz a @%$¨&¨% da matéria.Na manhã seguinte, cheguei ao jornal e a gorda estava lá, braba dentro do vestido floreado.- Essa matéria dos raios! - ralhou.Não dei bola. Fui trabalhar. Mais tarde, passei pela sala onde o gordo devia estar e vi a gorda sentada diante da máquina, escrevendinho. Chamei o gordo:- Que que a tua mulher está fazendo?- Está escrevendo a matéria.Mal acreditei:- Tu é quem tem que fazer a matéria!Ele acedeu. Mas, no outro dia, entrei na redação e quem encontro sentada à máquina, batendo furiosamente nas teclas com seus dedos roliços? A gorda de vestido floreado. Levei o gordo para um canto:- Meu, não pode isso de a tua mulher trabalhar por ti!Ele concordou. Só que, um dia depois, lá estava a gorda com aquele vestido, escrevendo a matéria do gordo. Irritei-me. Peguei o gordo e:- Por que é que tu não manda a tua mulher pra casa???Ele torceu as mãos e ciciou:- Porque lá cai raio...Tive que dispensar o gordo. Nunca mais o vi, mas sempre lembro dele, quando saem os índices de desemprego no país. Porque hoje o problema do Brasil não é o desemprego. É a falta de qualificação dos candidatos a emprego. Existem vagas, para quem está preparado, mas grande parte da população brasileira é composta por analfabetos funcionais, por gente que lê, mas não entende, por ignorantes de todos os quilates, que não sabem em que mundo vivem. O velho problema: a Educação. Ou a falta de. Foi difícil preencher aquela vaguinha no Jornal da Manhã, não aparecia ninguém muito melhor do que o gordo. Deveria mesmo era ter contratado aquela mulher dele.
quinta-feira, 27 de março de 2008
O Panelaço Argentino
O Fracasso do Leilão da CESP
Aniversários - Kenneth Maxwell
quarta-feira, 26 de março de 2008
Blog Potro Salvaje
Parece que no les gustó el alboroto contagioso que lanzamos con nuestros posts. Sin embargo, todo lo que han hecho ha sido en vano. La manada ya está en estampida. Tendrán que cerrar el acceso a Internet en todas partes, declarar zona de silencio a esta Isla y cortar cada cable, cada tendedera que nos sirva para transmitir ideas. Tendrán que quemar los teclados en la Plaza, tirar los monitores desde el muro del Malecón y prohibir a los cubanos que se acerque a un ordenador. Necesitarán detectar los Cds, los USBs Flash y hasta los obsoletos disquetes, para evitar que el galopar se extienda.
Por lo pronto, estamos llamando a todos los hackers, informáticos, cibernautas y hasta ingenuos navegantes con pocos conocimientos pero con buenas intenciones, a que nos digan que deben hacer los cubanos para sacarle está presilla de encima al Potro Salvaje.
- La cola para acceder a un PC puede demorar más de dos horas.
- No hay ninguna privacidad mientras se escribe.
- Hay que dar el nombre y el número de carné de identidad.
- El software instalado en las computadoras tiene muchas limitaciones gráficas.
- No hay acceso a ningún servicio suplementario como chats, bancos o descarga de programas.
Chávez vem ao Brasil de Cozinheiro e Cães-de-Guarda
O Espectro do Blog Ronda o Comunismo - Elio Gaspari
Brasil e os Viajantes do Futuro
terça-feira, 25 de março de 2008
Os Saudosos do Radicalismo Petista
O Direito de Aprender - Marie Pierre Poirier
Artigo de Maria Pierre Porier publicado na Folha de hoje. Poirier tem 47 anos, graduada em relações internacionais pela Sorbonne e mestre em economia pela Universidade de Paris 2, é representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil.
*foto de Salvador Cordaro.
Um Depoimento Insosso
segunda-feira, 24 de março de 2008
Generación Y - Desde Cuba
De regaños y paginas “presilladas”
Así que los anónimos censores de nuestro famélico ciberespacio, han querido encerrarme en el cuarto, apagarme la luz y no dejar entrar a los amigos. Eso, convertido al lenguaje de la red, quiere decir bloquearme el sitio, filtrar mi página, en fin, “pinchar” el Blog para que mis compatriotas no puedan leerlo. Desde hace un par de días Generación Y es sólo un mensaje de error en la pantalla de muchas computadoras cubanas. Otro sitio bloqueado para los “monitoreados” internautas de la Isla.
Mis textos, los de los otros bloggers y periodistas digitales, han hecho que la presilla de los inquisidores haga su ridículo papel. Con estas ínfulas de adolescentes rebeldes, nos hemos ganado el manotazo, el severo guiño y el regaño. Sin embargo, la reprimenda es tan inútil que da pena y tan fácil de burlar que se trueca en incentivo.
Cuba Censura Blog da Yoani
"Então, os censores anônimos do nosso famélico ciberespaço tentaram me trancar em um quarto, apagar a luz e não deixar meus amigos entrarem", escreveu ela em seu blog na segunda-feira. Sánchez diz que não consegue acessar seu blog diretamente de Cuba, o que impede novas atualizações. Mas ela descobriu uma maneira de driblar os censores comunistas, por meio de uma rota diferente.
Aos 32 anos e graduada em linguística, ela conquistou um número considerável de leitores ao escrever sobre seu dia-a-dia em Cuba e descrever as dificuldades econômicas e restrições políticas que enfrenta. Ela critica as "vagas" promessas de mudança do novo líder, Raúl Castro, que assumiu o poder formalmente no mês passado, depois da renúncia do irmão Fidel. Segundo ela, ele deu passos mínimos para melhorar o padrão de vida dos cubanos.
"Quem é o próximo na fila para ganhar uma torradeira?" era o título de um blog que satirizava a derrubada das restrições à venda no varejo de computadores, aparelhos de DVD e outros utensílios que os cubanos desejavam. Apesar da mudança, as torradeiras não serão vendidas livremente até 2010.
Em um país controlado pelo Estado, sem mídia independente, Sánchez e outros blogueiros que vivem em Cuba encontraram na internet um meio de expressar-se sem amarras. "Esta rajada de ar fresco despenteou os burocratas e os censores", disse a blogueira em uma entrevista por telefone. Ela prometeu continuar com o blog. "Qualquer um com um mínimo de prática com computador sabe como contornar isso", disse ela.
O objetivo dos censores do governo é bloquear a leitura em Cuba, onde as pessoas têm acesso restrito à Internet, disse ela. "Eles assumem que não existe pensamento alternativo em Cuba, mas as pessoas vão continuar nos lendo de algum jeito", disse ela. "Nenhuma censura poderá deter as pessoas determinadas a acessar a Internet", afirma
Repórteres Sem Fronteiras
Três Tigresas e Uma Arrogância
O que o jornal Zero Hora fez com as três candidatas – nominalmente de esquerda – à prefeitura de Porto Alegre não se faz nem com cães sarnosos. Esvaziou-as ainda mais dos seus ralos conteúdos políticos e preencheu-as com a palha seca da frivolidade e do decadentismo de espetáculo.
Transformou-as em três tigresas tristes de papel. Nivelou três vidas dedicadas à luta política ao denominador comum do caderno feminil Donna – que edita o olhar feminino canalizado para o consumo de moda, comésticos e mundanidades da hora. Na mesma linha mercadológica do concurso de beleza juvenil promovido pela RBS Eventos chamado “Garota Verão”, onde meninas são objeto de apreciação espetacularizada dos seus dotes físicos, e veículos privilegiados da venda de mercadorias e formação retrô de imaginários romantizados e fantasiosos do papel social da mulher.
Rosário (PT), Luciana (PSOL) e Manuela (PCdoB), hoje, estão sendo rebaixadas no diário da RBS: de mulher-sujeito que cada uma é, ficam irremediavelmente reduzidas a mulher-objeto, submetidas a um processo de pasteurização e liofilização que visa apresentar-lhes como produtos exóticos (mulheres-que-fazem-política-e-de-esquerda), mas inofensivos à ordem passiva da classe média guasca.
“Luciana e Rosário não se aventuraram pelas mais de 2,5 mil páginas de ‘O Capital’, de Marx. Manuela tentou, mas confessa que não entendeu.” - tranqüiliza o jornal.
Agora, as três receberam o carimbo da inspeção RBS de qualidade: estão aprovadas para concorrer às eleições de outubro, não abalarão nenhuma estrutura e nenhum pilar da sociedade branca e classe média de Porto Alegre. Obtiveram o selo de confiança do PIG local.
Surpreende é que essas filhas ou netas de Simone de Beauvoir e do movimento social das mulheres da segunda metade do século 20 (o mais bem sucedido movimento social do século passado) sejam fisgadas de forma tão simplória por componentes narcísicos que ainda não conseguem dominar racionalmente. A RBS lhes acenou a cenourinha skinneriana dos três V’s (vaidade, visibilidade e voto) e elas caíram no truque, abrindo mão de conquistas coletivas ao qual não estavam autorizadas a fazê-lo.
Coisas da vida.
A Prisão de Cacciola
A Direita e o Lulismo - Fernando Barros e Silva
A chegada de Lula ao poder seguida da ruína moral do petismo serviu de trampolim para impulsionar uma nova direita no país. É um fenômeno de expressão midiática, mais do que propriamente político. Está disseminado em jornais, sites, blogs, na revista. E deve sua difusão aos falcões do colunismo que se orgulha de parecer assim, estupidamente reacionário.Mesmo que a autopropaganda seja enganosa e oculte que até ontem o conservador empedernido de hoje comia no prato da esquerda, que é só um "parvenu", um espertalhão adaptado aos tempos -ainda assim, temos aqui uma novidade.Essa direita emergente já formou patota. Citam uns aos outros, promovem entrevistas entre si, trocam elogios despudorados. Praticam o mais desabrido compadrio, mas proclamam a meritocracia e as virtudes da impessoalidade; são boçais, mas adoram arrotar cultura.É uma direita ruidosa e cínica, festiva e catastrofista. Serve para entreter e consolar uma elite que se diz "classe média" e vê o país como estorvo à realização de seu infinito potencial. Seus privilégios estão sempre sob ameaça e agora a clientela de Lula veio azedar de vez suas fantasias de exclusivismo social.Invertemos a fórmula de Umberto Eco: enquanto a direita anuncia o apocalipse, os integrados, sob as asas do lulismo, são testemunhas vivas do fiasco do pensamento de esquerda neste país. Não me lembro de ter visto antes a mídia estampar com tanta clareza os passos da regressão social de que participa.Do lado oficial, há um ambiente paragetulista de cooptação e intimidação difusas, se não avesso, certamente hostil às liberdades de expressão e de informação.Na outra ponta, um articulismo de oposição francamente antinordestino e preconceituoso, coalhado de racismo e misoginia, que faz do insulto seu método e tem na truculência verbal sua marca. Deve-se a ele o retorno da cultura da sarjeta e do lixo retórico, vício da imprensa nativa que remonta ao Império, mas que havia caído em desuso.
domingo, 23 de março de 2008
O Moderno e o Pré-moderno - Antônio Cícero
sexta-feira, 21 de março de 2008
Orquestra Imperial - Fita Amarela
Orquestra Imperial é DEZ.
Oi, Negrinho
quinta-feira, 20 de março de 2008
As Desculpas (Esfarrapadas) de PHA
O Tolo na Colina - Kenneth Maxwell
Os economistas conservadores que há muito defendem a idéia do "risco moral" estão vivendo uma semana de negação. Um exemplo seria David Malpass. Ele ocupou posições econômicas nos governos Reagan e Bush (pai). Em abril de 2007, escreveu na "Forbes.com" que "governos causam recessões, não o setor privado". Também argumentou que "uma desaceleração no setor de habitação (...) poderia ser facilmente absorvida por meio do crescimento de outras áreas da economia". Ele é (ou era) economista-chefe do Bear Stearns, o banco de investimento norte-americano resgatado no final de semana pelo banco central dos Estados Unidos, que abriu uma linha de crédito de US$ 30 bilhões para que o JPMorgan Chase pudesse adquirir a instituição ao preço ínfimo de US$ 2 por ação -e na prática assumiu a responsabilidade pelas carteiras de investimentos sem valor administradas pelo banco. Eis como Malpass definiu "risco moral" em um artigo: "[O risco moral] representa as conseqüências negativas de proteger demais as pessoas contra prejuízos (...) no setor financeiro, isso acontece quando os bancos centrais oferecem liquidez adicional durante e depois de uma crise financeira, estabilizando o sistema financeiro, mas recompensando as pessoas que tenham assumido riscos superdimensionados". Bem... Sim! George W. Bush também sempre defendeu os mercados desregulamentados até que o mercado desabe, claro. Mas governos falidos vêm praticando esse velho truque desde que surgiram os governos organizados. Antigamente, o processo era conhecido como "degradação da moeda". A casa da moeda secretamente reduzia o teor de metais preciosos nas moedas que produzia; e posteriormente ficava tentando imaginar por que o valor da moeda despencava. Agora os bancos centrais imprimem dinheiro para resgatar especuladores, e os governos permitem que as moedas percam valor. Mas, para o patrimônio do cidadão comum, esses resgates e remendos produzirão os mesmos ruinosos resultados que sempre produziram: uma queda no patrimônio líquido das famílias médias, causada pela queda dos ativos pessoais, poupança e fundos de pensão e pela necessidade de enfrentar uma alta na inflação. Assim, por que George W. Bush está feliz a ponto de dançar nos degraus da Casa Branca? Talvez ele tenha se lembrado da melodia e da letra de "Fool on the Hill", o velho clássico dos Beatles: "Dia após dia, sozinho na colina/ O homem do sorriso tolo se mantém completamente imóvel/ Mas ninguém quer conhecê-lo/ Vêem que ele não passa de um tolo."
Artigo de Kenneth Maxwell publicado na Folha de hoje.
Cinqüentão começa corrida de Paris a Pequim
Fuchs já tem no seu currículo façanhas como os percursos Paris-Barcelona e Paris-Atenas. Com essas experiências, ele afirma que não teme o cansaço. "Isso pode parecer surpreendente, mas o esforço que terei de fazer não será tão intenso como vocês imaginam. Se vocês pensarem no que fazia um mineiro ou um agricultor há um século e meio, antes da mecanização do trabalho, eles tinham que se esforçar muito mais do que nós", declarou Fuchs à agência Reuters antes de sua partida, em Paris, na sexta-feira passada (foto).
"Tenho uma passada bem curta, perto do chão, muito econômica e uma grande facilidade de recuperação", acrescentou.
Patrocinado pela Dassault Systémes, o desafio a ser enfrentado por Fuchs servirá também para estudos científicos. Seu pé será acompanhado em três dmensões e serão observadas as conseqüências da fadiga e das contrações físicas durante uma corrida de longa distância.
A análise dos resultados poderá ajudar a melhorar a concepção de próteses, o desenvolvimento de novos modelos de sapatos esportivos ou a elaboração de programas de treinamento para esportistas de alto nível.