Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 19 de março de 2008

Juno


A menina de 16 anos fica grávida. O que fazer? Esse é um grande dilema que atinge mais e mais mulheres. Talvez seja esse um dos grandes problemas do Brasil de nossos dias. As estatísticas demonstram que o número de mães adolescentes anda aumentando em doses geométricas. A menina moça que por ingenuidade se descuida e, pronto, fica grávida. Muitas escolhem ter a criança. Abre-se mão dos bons momentos da juventude, da adolescência, da mocidade para criar o filho que exige toda a atenção do mundo. Mas a realidade não funciona dessa forma. Muitas vezes essas crianças são criadas em lares sem estrutura econômica, emocional e de conforto e o destino é a própria sorte. Outra alternativa é fazer o aborto que é criminalizado neste Brasil que tem seus ranços feudais. Outra opção é ter o filho e entregar para a adoção.



Juno é uma menina de 16 anos da classe média baixa americana. Ela fica grávida de seu coleguinha de escola. Primeiro ela tenta fazer o aborto, mas desiste. Ela vai ter o filho e escolhe um casal para adotar, um casal de classe média alta, uns yuppies. E as estações do ano passam, a barriga aumenta, ela divide sua vida de adolescente porra louca com os cuidados da gravidez. Tudo parece dar certo e ela, apesar de tudo, está contente por deixar seu filho aos cuidados de um casal que parece saudável. Mas nem tudo é perfeito no mundo que aparenta ser. Existe sempre a pequena grande imperfeição. As pessoas são complicadas, egocêntricas, egoístas e infantis. Tem gente que não quer amadurescer e os problemas aparecem. A imagem do toque afetivo da futura mãe adotiva na barriga da mãe natural é a chave de tudo. É este -- sempre apesar de tudo -- o caminho da felicidade. E o filme termina com uma simpática canção de verão, a trilha sonora do filme. Enfim, a adolescência segue seu curso.


O roteiro é da surpreendente Diablo Cody que fez uma festinha a parte quando recebeu o Oscar de melhor roteiro original deste ano. Os diálogos são simples e ótimos. E a menina Ellen Page, a Juno, que fez aquele cult Menina Má (Hard Candy de 2005) sobre pedofilia está magnífica. Sabem de uma coisa? Eu recomendo este filme, mas tem gente que não gostou.

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