Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 24 de março de 2008

A Direita e o Lulismo - Fernando Barros e Silva


A direita e o lulismo


A chegada de Lula ao poder seguida da ruína moral do petismo serviu de trampolim para impulsionar uma nova direita no país. É um fenômeno de expressão midiática, mais do que propriamente político. Está disseminado em jornais, sites, blogs, na revista. E deve sua difusão aos falcões do colunismo que se orgulha de parecer assim, estupidamente reacionário.Mesmo que a autopropaganda seja enganosa e oculte que até ontem o conservador empedernido de hoje comia no prato da esquerda, que é só um "parvenu", um espertalhão adaptado aos tempos -ainda assim, temos aqui uma novidade.Essa direita emergente já formou patota. Citam uns aos outros, promovem entrevistas entre si, trocam elogios despudorados. Praticam o mais desabrido compadrio, mas proclamam a meritocracia e as virtudes da impessoalidade; são boçais, mas adoram arrotar cultura.É uma direita ruidosa e cínica, festiva e catastrofista. Serve para entreter e consolar uma elite que se diz "classe média" e vê o país como estorvo à realização de seu infinito potencial. Seus privilégios estão sempre sob ameaça e agora a clientela de Lula veio azedar de vez suas fantasias de exclusivismo social.Invertemos a fórmula de Umberto Eco: enquanto a direita anuncia o apocalipse, os integrados, sob as asas do lulismo, são testemunhas vivas do fiasco do pensamento de esquerda neste país. Não me lembro de ter visto antes a mídia estampar com tanta clareza os passos da regressão social de que participa.Do lado oficial, há um ambiente paragetulista de cooptação e intimidação difusas, se não avesso, certamente hostil às liberdades de expressão e de informação.Na outra ponta, um articulismo de oposição francamente antinordestino e preconceituoso, coalhado de racismo e misoginia, que faz do insulto seu método e tem na truculência verbal sua marca. Deve-se a ele o retorno da cultura da sarjeta e do lixo retórico, vício da imprensa nativa que remonta ao Império, mas que havia caído em desuso.

3 comentários:

Anônimo disse...

A nova direita seria quem? Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi e Olavo de Carvalho? Midia sem máscara? Você é quem deveria ter pudor de abrir sua boca omissa e conivente com o Foro de São Paulo. Gente como você há 20 anos domina o jornalismo e é um dos culpados pela morte de 50 mil brasileiros. Se prostitutos do jornalismo como você ao longo de 16 anos tivessem denunciado o Foro de São Paulo a situação do país seria outra. Você é um vigarista, mentiroso e por que não dizer criminoso. Duvido que publique isso. Vá lamber as FARC, vá lamber sabão.
Celina.

Anônimo disse...

impressionante como até os miquinhos da direita são escrotos.

Luis disse...

hahaha! Eis a nova direita aí acima, tal como descrita no bom artigo de Fernando Barros. Essa gente é tão caricata!