Reportagem de Fabiano Maisonnave de Caracas, publicada na Folha de hoje.
Olhem que interessante, a toda poderosa PDVSA de Chávez aumentou sua dívida em 2007 de Us$ 3 bilhões para US$ 16 bilhões. E é uma empresa estatal utilizada pelo caudilho que não tem nenhuma transparência. É por isso que aviões alugados pela PDVSA são detidos no aeroporto de Ezeiza em Buenos Aires com malinhas de 800 mil dólares, na véspera da eleição de Cristina Kirschner. Isso sem falar nos dólares das FARC....
Mas a matéria é a seguinte:
Já virou rotina: a cada três meses, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez se reúnem com a expectativa de fechar um acordo definitivo sobre a refinaria de Pernambuco e depois se vêem obrigados a adiar o anúncio por falta de entendimento entre PDVSA e Petrobras. Hoje, o provável é que a parceria eventualmente se concretize, porém, as dificuldades jogam ainda mais dúvidas sobre projetos de integração mais complexos, como o Gasoduto do Sul.Ao negociar com os venezuelanos, a Petrobras enfrenta o mesmo dilema que outras multinacionais. Associar-se com a PDVSA é fazer parceria com uma empresa politizada, pouco transparente, de produção e lucros declinantes e uma dívida explosiva -só no ano passado, aumentou de US$ 3 bilhões para US$ 16 bilhões, apesar de todo o "boom" petroleiro.Por outro lado, as reservas de petróleo venezuelanas estão entre as maiores do mundo e sobreviverão mesmo que Chávez cumpra o desejo de ser presidente vitalício. Envolver a PDVSA em parcerias pode ser estratégico para o Brasil no longo prazo.Com o hiato entre o que Chávez e Lula dizem e o que se consegue fazer, projetos como a empresa Petrosul e o gasoduto da Venezuela à Argentina, correm o risco de serem enterrados no arquivo de projetos integracionistas fracassados, onde jaz a "imperialista" Alca.
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